27/07/2011

Pedro Pires nega envolvimento no assassinato de Amílcar Cabral

O Presidente cabo-verdiano, Pedro Pires, pediu hoje (quarta-feira) "calma" aos candidatos à sua sucessão na eleições de 07 de Agosto e admitiu que trazer a debate o assassínio de Amílcar Cabral, ocorrido em 1973, "não é aconselhável", negando ainda qualquer envolvimento.

Pedro Pires respondia aos jornalistas no final de uma visita de despedida a uma instituição local, em que afirmou que as declarações do líder do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), José Maria Neves, também Primeiro-ministro, não o atingem.

"Entendo que Cabral devia estar fora disso, que não se devia trazer a sua memória para estes momentos, porque não dão a possibilidade de tratamento devido a qualquer facto histórico ou político, pelo que a tendência é sobrevoar o facto. De modo que não é aconselhável trazer para o debate essa questão", salientou Pedro Pires.

"Pessoalmente, tenho procurado estar fora do debate eleitoral, mantendo um certo distanciamento. Como entendem, não tenho interesse especial nesse debate, deixando que os actores principais da campanha façam o debate, discutam entre eles e apresentem os seus projectos. Mas serei um observador atento e interessado", frisou.

Na sexta-feira, num comício de apoio a Manuel Inocêncio Sousa, candidato apoiado pelo PAICV, Neves disse que era preciso ter cuidado com os "intriguistas", sublinhando que Cabral, fundador do então movimento de libertação (criado em 1956) foi assassinado por dirigentes do PAIGC devido a intrigas de poder e à falta de respeito pelos valores.

A alusão, para a imprensa cabo-verdiana, é óbvia, dirigindo as "graves acusações", em última instância, a Pedro Pires, apontado como apoiante da candidatura de Aristides Lima, arrastando, consigo a "velha guarda" do PAICV para fazer frente à ala de José Maria Neves.

"Não acredito (que me visem). De toda a maneira, ouvi na televisão o que foi registado e tomei boa nota disso. Não entendo que queiram atingir-me, até porque seria a última pessoa a ser atingida, porque eu, nessa altura, encontrava-me a 400 ou 500 quilómetros do sítio (Conakry, onde Cabral foi morto). Não faz sentido que se queira trazer-me para essa questão", acrescentou.

"Mas, de toda a forma, o que aconselho às pessoas é que tenham calma. Prometo, depois de deixar a Presidência da República, trazer essa questão à discussão, se julgarem que tem algum interesse e que há necessidade do seu esclarecimento. Mas, neste momento, prefiro não entrar na polémica. Não faz sentido, até porque não sou um dos actores principais da campanha", observou.

Pedro Pires escusou-se também a responder a uma questão sobre se as palavras do Primeiro-ministro foram oportunas, sobretudo por ocorrerem em vésperas das presidenciais.

"Não vou nessa direcção. Não vou julgar quem quer que seja nessa matéria. Como já disse, mantenho-me fora do debate eleitoral em relação às presidenciais. Estou de fora, não participo, nem comento, nem valorizo", concluiu.

Fonte: Angop

22/07/2011

Cabo Verde assina acordo de cooperação com o Luxemburgo no valor de 60 ME

Cabo Verde e Luxemburgo assinaram um acordo de cooperação para o quinquénio 2011/15, que prevê que o Grão-Ducado disponibilize 60 milhões de euros para projetos nas áreas da formação profissional, água, saneamento e ajuda alimentar.

Em declarações à imprensa, após a assinatura do acordo, quarta-feira, pelas delegações dos dois países, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano adiantou que a "boa gestão financeira" das ajudas por parte do governo de Cabo Verde justifica a atitude das autoridades luxemburguesas para com o arquipélago.

"A boa gestão financeira do governo das ajudas de cooperação e a seriedade com que implementamos os programas foram fatores que levaram o Luxemburgo a abrir esta exceção para Cabo Verde", assegurou José Luís Rocha, no final da 12.ª Reunião da Parceria Cabo Verde/Luxemburgo.

O governante cabo-verdiano lembrou que, durante o Programa Indicativo de Cooperação (PIC) anterior (2006/10), o Luxemburgo reembolsou 58 milhões de euros, o que corresponde a cerca de 130 % da soma prevista no programa.

Perante esse quadro, a comissão de parceria focalizou a agenda de trabalho em quatro grandes pontos - no quadro do reforço da cooperação bilateral, na parceria para a mobilidade, na parceria especial com a União Europeia e no apoio que o Luxemburgo pode dar ao «dossier» Cabo Verde enquanto país de rendimento médio.

"Neste momento, a nossa cooperação está a inovar, porque estamos a ultrapassar o conceito de programa. A inovação vai ao encontro da modalidade da cooperação, uma vez que o Governo luxemburguês abriu uma exceção na sua política face a Cabo Verde em matéria de ajuda orçamental", acrescentou.

Por seu lado, a ministra da Cooperação e Acção Humanitária do Luxemburgo, Marie-Joseé Jacobs, indicou que os resultados dos investimentos têm levado o Luxemburgo a aumentar a sua cooperação com Cabo Verde.

Prova disso é o investimento feito na Escola de Hotelaria e Turismo, em funcionamento há cerca de três meses, financiado pela Lux-Development em 12,4 milhões de euros, tendo Cabo Verde comparticipado com mais 1,3 milhões de euros.

Atualmente, a escola conta com 123 alunos distribuídos pelos quatro cursos em funcionamento -- restaurante e bar, cozinha e pastelaria, agência de viagens e receção hoteleira. Quando funcionar em pleno, a escola terá capacidade para albergar 300 alunos por ano em formação inicial e 450 em formação contínua.

A cooperação entre Cabo Verde e o Luxemburgo data dos anos 80 do século XX, tendo o primeiro acordo sido assinado em 1993.

Fonte: Lusa
Texto sob o novo acordo ortográfico

19/07/2011

Ministra da Cooperação e da Acção Humanitária do Luxemburgo visita Cabo Verde

A ministra da Cooperação e da Acção Humanitária do Luxemburgo, Marie-Josée Jacobs, encontra-se desde hoje numa visita de dois dias a Cabo Verde, no quadro das relações de cooperação e de diálogo político entre os dois países.

O ponto alto desta visita será a realização da Reunião da XII Comissão de Parceria Cabo Verde - Luxemburgo, co-presidida pela ministra da Cooperação e de Acção Humanitária e pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde.

Nesse encontro, segundo nota do Ministério das Relações Exteriores de Cabo Verde, vão ser abordados temas de actualidade nacional, regional e internacional, e far-se-á, igualmente, a apreciação global das relações de cooperação bilateral, assim como, as perspectivas de implementação do III PIC (Programa Indicativo de Cooperação).

Durante a sua estada em Cabo Verde, Marie-Josée Jacobs vai rubricar alguns instrumentos jurídicos, nomeadamente o Acordo Bilateral relativo à execução da ajuda orçamental direccionada para o sector da formação profissional relativo a 2011-2015 e um Acordo de Serviços Aéreos.

A governante luxemburguesa visitará, ainda, a ilha do Sal onde vai inteirar-se dos projectos financiados no âmbito dos fundos de contrapartida resultantes da comercialização da ajuda alimentar do Luxemburgo.

Do programa da visita de Marie-Josée Jacobs constam, ainda, a inauguração da Escola de Hotelaria e de Turismo de Cabo Verde (EHTCV), e do mercado de Tarrafal de Santiago, projectos financiados pela cooperação luxemburguesa.

O Grão-Ducado do Luxemburgo é um dos principais parceiros de Cabo Verde e tem vindo, ao longo dos anos, a financiar importantes projectos de desenvolvimento em diversos domínios, com uma forte intervenção na área de infra-estrutura, educação, saúde e água.

Fonte: Inforpress/Fim

13/07/2011

MpD: Jorge Carlos Fonseca tem “projecto presidencial autónomo”

Jorge Santos, vice-presidente do MpD
O vice-presidente do Movimento para a Democracia (MpD), Jorge Santos, esteve esta sexta-feira no Luxemburgo no âmbito de um périplo pela Europa para preparar a campanha presidencial de Jorge Carlos Fonseca, candidato apoiado pelo MpD.

Em representação de Jorge Carlos Fonseca, que por motivos de agenda acabou por cancelar a viagem, Jorge Santos reuniu-se com o núcleo do MpD-Luxemburgo, simpatizantes e a comunidade em geral na sede da associação Grupo Amizade Cabo-verdiana, na capital.

“Estamos a iniciar um programa de contactos nesta fase de pré-campanha eleitoral no sentido de estruturar a campanha aqui no Luxemburgo e em toda a diáspora cabo-verdiana. No Luxemburgo ganhamos recentemente as legislativas (6 de Fevereiro) e estou em crer que estas presidências vão ser ganhas pelo candidato Jorge Carlos Fonseca, que tem um projecto presidencial autónomo, de verdadeira cidadania e com o apoio do MpD.”

Jorge Carlos Fonseca
Para tal desiderato, Jorge Santos enuncia três pilares distintivos de JCF: “Em primeiro lugar, a defesa da legalidade e da Constituição da República, e defesa dos direitos fundamentais dos cabo-verdianos.” A “construção do estado social” é outra bandeira de JCF que inclui, por exemplo, “a introdução do salário mínimo, mas também políticas activas para o emprego e crescimento económico.” Um terceiro pilar “é garantir o funcionamento de todas as instituições ligadas à segurança nacional. Haverá um compromisso sem tréguas na luta contra todos os tipos tráficos ilegais”, garante Jorge Santos.

Tendo em conta que a emigração é responsável por um terço do PIB cabo-verdiano, Jorge Santos augura que JCF será “o provedor e representante da diáspora a nível nacional, para criar condições de integração plena dos emigrantes na vida cultural, económica e social do país, com vista a aumentar o equilíbrio e promoção da economia.”

Exercer uma diplomacia de influência positiva junto dos Estados que acolhem a diáspora cabo-verdiana pode ser outra aposta de JFC, para potenciar melhores condições de vida à diáspora, como é o caso do Luxemburgo, dando sequência às boas relações entre o Grão-Ducado e Cabo Verde.

Jorge Carlos Fonseca foi professor de Direito na Faculdade de Direito de Lisboa, Ministro dos Negócios Estrangeiros entre 1991 e 1993, candidato a Presidente da República nas eleições de 2001 e actualmente preside o Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais de Cabo Verde.

O MpD-Luxemburgo, liderado por Mateus Domingos, promete dar a conhecer brevemente os nomes do mandatário da campanha de JCF, director de campanha, mandatário para a juventude e para a mulher.

A campanha arranca oficialmente a 21 de Julho para as eleições de 7 de Agosto.

HB

Grund pintado com cores cabo-verdianas nas celebrações da Independência de Cabo Verde

Da esq. para a dr.: Marie-Josée Jacobs, Clara Delgado e Paul Helminger
O 36º aniversário da independência de Cabo Verde foi celebrado na quarta-feira passada com “o melhor que o país tem”: a sua cultura. Organizada pela Embaixada de Cabo Verde e com a mediação do estilista cabo-verdiano Tony Rocha, a Abadia de Neumunster, na capital, recebeu a vernissage da exposição “Cap-Vert, l’Art Insulaire”, dos pintores Kiki Lima e Alex da Silva.

Numa mensagem à comunidade cabo-verdiana, Clara Delgado, Encarregada de Negócios da Embaixada de Cabo Verde, disse que “o momento é de união e a comunidade deve estar unida. Que saibam levar mais acima a imagem de Cabo Verde, pois queremos que cada cidadão seja um grande embaixador do país. Estamos também em festa no Luxemburgo e desejo à comunidade um feliz dia nacional.”
Kiki Lima

Kiki Lima, artista cabo-verdiano de renome, e que já expôs no Parlamento Europeu, voltou agora ao Luxemburgo com uma colecção pintada exclusivamente para esta festa, de onde se destaca a emigração feminina: uma sequência de telas de vida que apontam para o regresso à terra natal da mulher cabo-verdiana, e as condições não muito favoráveis para juntar dinheiro para esse regresso, “que é sempre o objectivo do emigrante”, salienta Kiki, mas também a alegria da chegada a Cabo Verde, “algo que supera todas as dificuldades passadas.”

O dia-a-dia da vivência cabo-verdiana - a pesca, o trapiche, a venda na rua, etc. - foi algo que muitos cabo-verdianos ali presentes puderam também revisitar.

Para Kiki Lima, a celebração da independência “é uma boa ocasião para se fazer eventos deste género porque, como dizia Cabral, a nossa elevação cultural é uma forma de luta de libertação. Uma oportunidade para mostrar o que temos de melhor: a nossa cultura, a nossa forma de ser.”

Alex da Silva

O irreverente e não menos lúcido Alex da Silva, nesta sua primeira exposição no Grão-Ducado, revela “uma dura reflexão da condição humana”.
Atraído por contrastes e contradições, diz-se “inspirado por ser frustrado, por não haver um equilíbrio neste mundo, por todo este sistema com diferenças entre: branco, preto; rico, pobre; poder, miséria...”

Depois de encontrar a sua liberdade na arte, Alex da Silva, quer manter viva “a responsabilidade de focar certos aspectos para se poder criar a lucidez”, pois “se os políticos tentam manipular, são os artistas que devem determinar o parâmetro que a sociedade tem de seguir. É um dever e o artista tem de ter essa consciência”, desabafa o ex-biólogo marítimo.

O evento contou ainda com as presenças da ministra da Família, Marie-Josée Jacobs, e do burgomestre da comuna de Luxemburgo, Paul Helminger, entre outras individualidades políticas e culturais.

HB

“Sabura” musical aquece noite cabo-verdiana no Grund


Na sequência das celebrações da independência de Cabo Verde e integrado no OMNI Festival, os artistas cabo-verdianos Beto Dias e Suzanna Lubrano animaram o resto da noite cabo-verdiana no Grund, na quarta-feira passada.

O palco foi montado no espaço central da Abadia de Neumunster e, apesar da ameaça de chuva, o público, heterogéneo, seguiu fiel até ao fim do concerto, quando já era meia-noite.

Depois da actuação do grupo nigeriano Dele Sosimi Afrobeat Orchestral, Suzanna Lubrano subiu ao palco acompanhada pela sua banda holandesa para aquecer a noite com os ritmos zouk de músicas como “Quentura tropical”, “Reservan un lugar”, entre outros sucessos.

A praiense radicada na Holanda mostrou-se uma verdadeira artista, não só pelos dotes vocais, mas também pela forma como interagia e puxava pelo público.

Mais tarde foi acompanhada no palco por Beto Dias, convidado especial, para alguns duetos.
Foram muitos os pedidos dirigidos a Beto Dias, mas nem todos correspondidos, pois como referiu o cantor ao CONTACTO no final do concerto:
"Compreendo os fãs quando me pediam para cantar certas músicas, mas eu vim como convidado especial e a banda era da Suzana. Por essa razão não pude cantar algumas daquelas músicas que me pediam, aqueles funanás, mas agradeço a força que me deram."

Também praiense, Beto Dias encontra-se nesta fase com concertos, mas ao mesmo tempo está a preparar o seu novo trabalho.
“Vim hoje [6 de Julho] dos Estados Unidos e amanhã já vou para Cabo Verde, mas estou a preparar também o meu novo álbum, com um DVD-live em Cabo Verde.”

Para a comunidade cabo-verdiana e os seus fãs no Luxemburgo deixou uma palavra de “harmonia e unidade” e sobre a independência diz: “actuei ontem em Boston nos festejos da independência e penso que não devemos esquecer a nossa terra. É uma terra de paz desde a independência e espero que continuemos a respeitar este nosso dia."

Suzanna Lubrano tem passado muitas vezes pelo Grão-Ducado, mas "infelizmente ainda não conheço muito da comunidade cabo-verdiana aqui, porque quando cá venho é sempre por um dia, mas, mesmo não a conhecendo bem, é algo especial quando o público canta e vibra. Isso é importante porque como músicos tentamos mandar uma mensagem positiva e é bom ver o público feliz."

Depois do Luxemburgo, Suzanna Lubrano actuou ainda este fim-de-semana em Bruxelas, preparando-se para rumar a Angola. O seu novo álbum vai sair este ano e conta com doze músicas de puro estilo zouk.
HB

11/07/2011

Mindelense, campeão de Cabo Verde

Luxemburgo no projeto de controlo de fluxos migratórios em Cabo Verde

Cabo Verde vai reforçar os mecanismos de resposta aos fluxos migratórios graças a um projeto avaliado em dois milhões de euros financiado pela Comissão Europeia no quadro da Parceria para a Mobilidade com o arquipélago.

A implementação do Projeto de Reforço das Capacidades de Gestão dos Fluxos Migratórios, que arrancou na semana passada na Praia, é liderada globalmente por Portugal, cabendo a França, à Holanda e ao Luxemburgo a coordenação de cada uma das suas três valências.

Sugundo o diretor nacional adjunto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de Portugal, Francisco Marques Alves, uma primeira vertente tem a ver com o apoio ao retorno e à reintegração de imigrantes cabo-verdianos noutros países da União Europeia.

Uma segunda vertente tem a ver com o apoio das autoridades cabo-verdianas no reforço dos procedimentos e das normas legais e de todas as questões relacionadas com a prevenção e a luta contra a imigração irregular.

A terceira vertente está relacionada com a melhoria da recolha de dados estatísticos relacionados, quer com a imigração cabo-verdiana, quer com a emigração para Cabo Verde.

Na óptica do governo cabo-verdiano, este é um projeto que tem um interesse particular para Cabo Verde, uma vez que surge como um complemento ao processo de construção da Parceria para a Mobilidade com a União Europeia.

De acordo com o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, José Luís Rocha, as ações previstas vêm reforçar a implementação das políticas nacionais em matéria de migrações, no âmbito das quais muito trabalho tem estado a ser feito com resultados palpáveis.

Nas negociações com a União Europeia, Cabo Verde tem defendido uma posição firme em relação à questão da readmissão de cidadãos de países terceiros provenientes do arquipélago em situação ilegal na Europa.

De acordo com o governante, não basta que os imigrantes nessas condições declarem ter vínculos com Cabo Verde para serem readmitidos no território nacional.

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros adiantou que, nas negociações em curso, as posições de Cabo Verde e da União Europeia têm vindo a aproximar-se neste tema, pelo que se mostrou confiante no alcance, o mais rapidamente possível, dum entendimento que sirva as duas partes.

Fonte: Africa21

08/07/2011

07/07/2011

Jorge Carlos Fonseca de visita ao Luxemburgo, esta sexta-feira

O candidato presidencial cabo-verdiano apoiado pelo MpD (Movimento para a Democracia), Jorge Carlos Fonseca, está de visita ao Luxemburgo, esta sexta-feira.

A sua passagem pelo Grão-Ducado insere-se num périplo por alguns países da Europa, como Holanda e Itália.

 Acompanhado pelo vice-presidente do partido, Jorge Santos, o candidato vai se encontrar com a comunidade cabo-verdiana residente no Luxemburgo para tentar capitalizar alguns votos, tendo em conta as presidenciais cabo-verdianas marcadas para 7 de Agosto, nesta que é sua primeira visita ao país.

Às 16h a comitiva estará no norte do país, mais precisamente na comuna de Ettelbruck, e às 18h30 um novo encontro terá lugar na sede da associação Grupo Amizade Cabo-verdiana, rue Michel Welter, nº 19, na capital.

HB

Fernanda Fernandes visita cabo-verdianos nas roças de S. Tomé

 Foto: PNN. Fernanda Fernandes em S. Tomé
A ministra das Comunidades de Cabo Verde, Fernanda Fernandes (ex-cônsul no Luxemburgo), visitou as roças de Água Izé e Boa Entrada, em São Tomé e Príncipe, e depois almoçou com a sua comunidade na Ké Morabeza.

A governante cabo-verdiana, anunciou aos cabo-verdianos a parceria entre Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e o Luxemburgo, no sentido de encontrar uma solução para as pessoas que saíram de Cabo Verde e foram trabalhar nas roças de São Tomé e Príncipe na era colonial e que agora estão na terceira idade sozinhos e desamparados.

«Vamos agora apostar num acordo com São Tomé e Príncipe e o Luxemburgo, para resolver e mudar a vida dos cabo-verdianos da terceira idade, neste arquipélago. O Governo de Cabo Verde decidiu aumentar o subsídio de assistência social em mais dez euros, como prometeu o primeiro-ministro José Maria Neves», afirmou Fernanda Fernandes.

É a primeira visita da ministra das Comunidades ao estrangeiro e São Tomé e Príncipe foi o país escolhido. Fernanda Fernandes acompanhou a partida de futebol no Estádio Nacional12 de Julho, junto do comandante do Exército. Procedeu ainda à entrega da taça à equipa de descendentes de cabo-verdianos Ké Morabeza.

Fonte: PNN Portuguese News Network

06/07/2011

Cabeleireiro Tony Rocha quer abrir academia de beleza em Cabo Verde

O cabeleireiro cabo-luxemburguês, Tony Rocha, conhecido no Luxemburgo e internacionalmente por pentear famosos em Cannes, ou ainda por ter feito cabelo da família grã-ducal, esteve recentemente em Cabo Verde para fazer um estudo de mercado e estabelecer contactos para a abertura de uma academia de beleza.

“Vi imenso talento em Cabo Verde, mas falta uma oportunidade para ajudar esses talentos a brilhar. A ideia é ajudar a desenvolver os seus sonhos, assim como eu tive a oportunidade de desenvolver o meu aqui no Luxemburgo. Por isso pensei numa formação, onde possam trabalhar e responder a todas as perguntas da área, pois ser cabeleireiro não é só pentear e desfrisar. Há que saber dos problemas da pele e uma série de outros factores”, refere o cabeleireiro.

Para superar essa falta de formação, Tony Rocha conta com o apoio do Ministério das Comunidades Cabo-verdianas (liderado pela ex-cônsul no Luxemburgo, Fernanda Fernandes), da Encarregada dos Negócios da Embaixada de Cabo Verde no Luxemburgo, Clara Delgado, da Agência de Desenvolvimento do Luxemburgo em Cabo Verde, esperando-se ainda a confirmação do Ministério da Educação de Cabo Verde, mas, relembra, para já “estamos na fase administrativa e esperamos desenvolver toda uma estrutura para poder depois abrir uma academia pública.”

Este projecto pretende também ser “um meio de troca de experiência, com estágios escolares, e o meu papel vai ser ajudar a desenvolver o nível de cabeleireiro no país e é uma forma de dar mais trabalho ao nosso povo, sem esquecer que temos turistas que irão encontrar bons profissionais e falar bem do país”, algo que também puxa pela economia de Cabo Verde.
“Se cada pessoa na sua área fizer um pouco do que estou a fazer, creio que o nosso país crescerá mais”, desafia a comunidade.

Nascido em Janela, ilha de Santo Antão, Tony Rocha revela que “desde pequeno pensava entrar neste mundo e tive a sorte da família ter vindo para a Europa, onde tive a possibilidade de prosseguir os meus estudos e de entrar nesta área.”
Com 15 anos decidiu ser cabeleireiro. Fez o CATP e mais tarde outra formação em Lyon (superior ao que havia no Luxemburgo), algo que lhe ajudou a “abrir portas”, mas reconhece também “a sorte de ter entrado numa grande casa francesa”, onde continuou a aperfeiçoar o seu trabalho.

Como pessoa que “não para”, avançou nos estudos e fez um mestrado na área. Hoje em dia dá formação, tem um espaço em Kirschberg com o seu nome, com 10 profissionais, mas até chegar aqui recorda que o difícil percurso inicial: “Éramos poucos cabo-verdianos a trabalhar na área e tive de fazê-los acreditar que um cabo-verdiano podia trabalhar o cabelo de um europeu sem qualquer problema.”

Outro desafio superado foi o lançamento da sua primeira revista de edição internacional – Rocha - onde expõe anualmente o resultado do seu trabalho, tendo recebido o feedback positivo de viagens a Nova Iorque, Miami, Paris e outras cidades.
“É uma satisfação ganhar um espaço e trazer até Luxemburgo o que se passa internacionalmente”, acrescenta.

Em Setembro serão expostas, num salão de exposição, fotografias de famosos com penteados Tony Rocha.

HB

03/07/2011

Festa da Independência Nacional celebrada a 6 de Julho, na Abadia de Neumunster

A Embaixada de Cabo Verde no Luxemburgo vai assinalar o 36º aniversário da Independência Nacional já nesta quarta-feira. O evento será abrilhantado com a participação de artistas nacionais, numa festa que promete ser de grande folia, na Abadia de Neumunster.

Os festejos do 5 de Julho (terça-feira) no Grão-ducado, serão este ano celebrados a meio da semana, quarta-feira dia 6 de Julho.

A festa terá lugar no Centro Cultural Abadia de Neumunster e aí pode ser vista uma exposição dos artistas plásticos Kiki Lima e Alex Andrade. Já mais tarde sobem ao palco os músicos Beto Dias e Suzana Lubrano, que completam o programa cultural.
HB