Amílcar Cabral foi recordado na conferência promovida por um grupo de alunas de várias nacionalidades, um evento que contou com a presença do pintor Nelson Neves (à dta.) |
O dia 5 de Julho é uma data que não
passa despercebida a nenhum cabo-verdiano, esteja ele dentro ou fora do
país. No dia em que se assinalou o 38º aniversário da independência de
Cabo Verde, seis alunas da École Privée Fieldgen juntaram o útil ao
agradável e escolheram este tema para o projecto de fim de ano. Dança,
música e uma conferência sobre Amílcar Cabral marcaram o dia.
O evento teve lugar no Centro Cultural da Gare e contou com a
presença de Clara Delgado, encarregada de negócios de Cabo Verde no
Luxemburgo, Jean Marc Heyert, presidente da associação cabo-verdiana de
Fameck, Nelson Neves, pintor, e do Comité Spencer, a associação de
jovens cabo-verdianos no Luxemburgo.
Clara Delgado abriu a sessão lembrando o papel fundamental dos emigrantes na construção da nação cabo-verdiana.
Na conferência, Jean Marc Heyert recordou a vida e obra de Amílcar Cabral e sublinhou que o herói cabo-verdiano "fez aquilo que os portugueses nunca conseguiram: unir os povos" e levá-los, através da auto-confiança e da procura de conhecimento, "a lutar pela independência".
Para o presidente da associação cabo-verdiana de Fameck, os cabo-verdianos devem ter orgulho no seu país, sublinhando o facto de Cabo Verde ocupar o segundo lugar no ranking do melhor país africano para viver, alcançando 68 pontos em 100, com base em critérios como a estabilidade política, liberdade de expressão, taxas de mortalidade e esperança média de vida.
"Cabral conseguiu atrair a atenção do mundo inteiro para a sua causa", disse Heyert, explicando que, após inúmeras tentativas falhadas de Salazar e do General Spínola para capturar Amilcar Cabral, Portugal mudou de estratégia e decidiu fazer "uma lavagem cerebral aos combatentes guineenses".
O general português plantou a semente da discórdia, dizendo aos
combatentes guineenses que as causas de Cabo Verde e da Guiné eram
diferentes, e que, como o PAIGC fora criado por cabo-verdianos (Amílcar
Cabral, Luis Cabral, Pedro Pires, Arestides Pereira), só iria defender
os interesses dos cabo-verdianos.
Nelson Neves, pintor cabo-verdiano residente no Grão-Ducado, apelou à valorização da história e cultura cabo-verdianas e elogiou a iniciativa das jovens organizadoras.
Para as jovens finalistas do 12º ano, foi um desafio descobrir a história do país, e a pesquisa que efectuaram ensinou-lhes muitos factos que desconheciam.
"Apesar de frequentar a comunidade cabo-verdiana, havia muita coisa da história do país que desconhecia completamente e que com certeza muitos outros jovens não conhecem", salientou um dos membros do grupo, composto por seis elementos: as portuguesas Stéphanie Dias e Kelly Gomes, a luxemburguesa Suzanne Kohl, a cabo-verdiana Maryline Monteiro e Kim Vo, vietnamita.
Apesar de reunir várias nacionalidades, o grupo, que adoptou o nome Insular, não teve dificuldades em unir-se para a mesma causa.
"Éramos um grupo muito unido. Todos sabíamos o que tínhamos a fazer e com o apoio do comité Spencer foi tudo mais fácil", disseram ao CONTACTO.
O grupo tem planos para organizar uma viagem a Cabo Verde no último ano do liceu.
A festa da independência contou ainda com grupos de dança e com as cantoras Letícia e Jamila.
Fonte: CONTACTO/Aleida Vieira - texto e fotos
Clara Delgado abriu a sessão lembrando o papel fundamental dos emigrantes na construção da nação cabo-verdiana.
Na conferência, Jean Marc Heyert recordou a vida e obra de Amílcar Cabral e sublinhou que o herói cabo-verdiano "fez aquilo que os portugueses nunca conseguiram: unir os povos" e levá-los, através da auto-confiança e da procura de conhecimento, "a lutar pela independência".
Para o presidente da associação cabo-verdiana de Fameck, os cabo-verdianos devem ter orgulho no seu país, sublinhando o facto de Cabo Verde ocupar o segundo lugar no ranking do melhor país africano para viver, alcançando 68 pontos em 100, com base em critérios como a estabilidade política, liberdade de expressão, taxas de mortalidade e esperança média de vida.
"Cabral conseguiu atrair a atenção do mundo inteiro para a sua causa", disse Heyert, explicando que, após inúmeras tentativas falhadas de Salazar e do General Spínola para capturar Amilcar Cabral, Portugal mudou de estratégia e decidiu fazer "uma lavagem cerebral aos combatentes guineenses".
Nelson Neves, pintor cabo-verdiano residente no Grão-Ducado, apelou à valorização da história e cultura cabo-verdianas e elogiou a iniciativa das jovens organizadoras.
Para as jovens finalistas do 12º ano, foi um desafio descobrir a história do país, e a pesquisa que efectuaram ensinou-lhes muitos factos que desconheciam.
"Apesar de frequentar a comunidade cabo-verdiana, havia muita coisa da história do país que desconhecia completamente e que com certeza muitos outros jovens não conhecem", salientou um dos membros do grupo, composto por seis elementos: as portuguesas Stéphanie Dias e Kelly Gomes, a luxemburguesa Suzanne Kohl, a cabo-verdiana Maryline Monteiro e Kim Vo, vietnamita.
Apesar de reunir várias nacionalidades, o grupo, que adoptou o nome Insular, não teve dificuldades em unir-se para a mesma causa.
"Éramos um grupo muito unido. Todos sabíamos o que tínhamos a fazer e com o apoio do comité Spencer foi tudo mais fácil", disseram ao CONTACTO.
O grupo tem planos para organizar uma viagem a Cabo Verde no último ano do liceu.
A festa da independência contou ainda com grupos de dança e com as cantoras Letícia e Jamila.
Fonte: CONTACTO/Aleida Vieira - texto e fotos
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