30/11/2010

Escola Lusófona no Luxemburgo, novamente o debate

A 18 de Novembro o Governo luxemburguês aprovou uma verba de 160 milhões de euros para financiar uma escola francesa. Esta decisão veio reacender a discussão da criação de uma escola lusófona no Grão-Ducado.
( http://bomdia.news352.lu/edito-9057-estado-luxemburgues-recusa-escola-portuguesa-e-da-160-milhoes-para-liceu-privado-frances.html )

Como reacção, a Confederação da Comunidade Portuguesa no Luxemburgo (CCPL) organizou já ontem uma reunião para debater esta questão. Esperamos mais tarde obter alguma reacção por parte dos dirigentes da CCPL sobre esta matéria, bem como por parte dos serviços consulares cabo-verdianos, dado que a nossa comunidade cabo-verdiana não pode ignorar a lusofonia.

No entanto, já foi criado um espaço social no facebook , aberto a debates sobre este tema: 
http://www.facebook.com/profile.php?id=100001903428411  

«Este espaço serve para que todos aqueles que acreditam que uma escola lusófona pode permitir o sucesso escolar dos alunos, independentemente da sua classe social.

O projecto de Escola Portuguesa surgiu no Luxemburgo há dois anos e foi vetado por ser "contrário à integração".

Parece que as políticas governamentais luxemburguesas apontam para uma integração "à deux vitesses" – une de première classe, pour nos amis francophones et une autre, pour les "derniers de la classe, les mauvais élèves" – nous les lusophones?

Haverá esquizofrenia quando se fala do conceito de ghetto? Há ghetto quando se aponta para a comunidade lusófona, mas não o há quando falamos de francofonia.

Parafraseando Denis Scuto, “Será que as questões sobre a integração são colocadas na forma correcta. Isto é, quando nos perguntam se os Portugueses estão integrados, ou se eles se sentem integrados, a pergunta a fazer não seria "se achamos que têm havido políticas justas e adequadas propícias à integração"!

Já passámos quadro décadas à espera que nos proporcionassem a integração, mas apontando com o dedo para "o gehtto" que supostamente construímos e que em nada corresponde à realidade.

Será que a "verdadeira integração" não passa pela criação de uma Escola lusófona que permita uma ascensão social e económica? Uma escola onde se aprenda também o Luxemburguês e a História do Luxemburgo, factores importantes da identidade nacional.

Independentemente do método, o importante é o sucesso escolar.»
HB

29/11/2010

Mateus Domingos eleito coordenador político do MpD no Luxemburgo

Mateus Domingos é o novo nome que vai estar como coordenador político do MpD no Luxemburgo para os próximos anos.

A comissão política do MpD realizou neste sábado a sua primeira assembleia, no Centre Sociétaire, na capital do Grão-Ducado.
Estiveram reunidos cerca de 40 militantes e foi apresentada uma lista de 15 militantes, donde foi eleito por unanimidade o novo coordenador político Mateus Domingos.

A lista é composta por Amílcar Sousa, José Maurício, Necas Martins, Carlos Gomes, Adalgisa Soraia, Eugénio Furtado, Alcides Lima, Nelson Brito, André Santos, Pedro santos, Alcinda da Graça, Damásio Fernandes e Paulino Évora.

Já no próximo Sábado, 4 de Dezembro, vai ter lugar a primeira reunião de trabalho com o objectivo de analisar a situação politica no Luxemburgo, eleição de director de campanha e definir estratégias para a campanha das legislativas marcadas para 6 de Fevereiro de 2011.

HB

Associação Cultura Cabo-verdiana – Luxemburgo revela vertente humanitária

Vera Neves, Tomaz Medina, Nelson Neves,
Exone Lima e Fredy Andrade
A associação Cultura Cabo-verdiana – Luxemburgo (CCL), fundada em 2002, apresentou este fim-de-semana os projectos para 2011, de onde se destaca o lado humanitário, concentrado numa criança cabo-verdiana com problemas de saúde – Valdino Rodrigues.

Nélson Neves, presidente da CCL, aponta os objectivos: “O projecto mais importante, onde vamos concentrar todas as nossas forças vai ser o apoio ao jovem Valdino. Temos também a ideia de participar num torneio em Basileia (Suíça) e, por último, organizar aqui um torneio internacional aberto às outras comunidades, em Junho.”

Sobre o projecto Valdino, Vera Neves, simpatizante da CCL que tem dado a sua colaboração, refere que “Valdino Rodrigues é uma criança com falta de assistência médica, que não teve sorte no nascimento. Além de paralisia dos membros inferiores, tem tido muitos outros problemas.”

De concreto, adianta que “O objectivo era criar um fundo de solidariedade para ajudar esta criança e quando a CCL teve conhecimento eles disseram-me que estariam 100% neste projecto. Temos também a associação francesa Cap Vert Cooperation que já se disponibilizou para assegurar a assistência médica, sendo mais provável que a criança seja operada em França.” Garante ainda que o hospital de Metz já está sensibilizado e preparado para receber Valdino. Lamenta, no entanto, que no Luxemburgo haja mais problemas para receber a criança.

A nível de solidariedade, Vera Neves e CCL notam também dificuldades. “Há pessoas que ajudam, mas ainda não é suficiente para chegar ao ponto onde queremos chegar. Pelo país que é, a solidariedade no Luxemburgo ainda é fraca.”

A 18 de Dezembro, o Café La Station, em Rollingengrung, organiza um baile para obtenção de mais apoios. Vera Neves agradece ainda ao CLAE “que nos tem apoiado em tudo o que é documentação, ao café Velcom, em Schieren, que nos cedeu o espaço para fazermos uma festa, que nos permitiu angariar algo mais”.
Ainda sobre este projecto, a CCL alerta que não faz nenhum peditório porta a porta. Os donativos são feitos através da conta aberta CCL LU54 1111 2017 7010 0000.

A CCL, que ainda não conta com uma sede, tem subsistido graça às quotas dos membros e actividades de angariação de fundos. Actualmente contam com mais de 30 membros activos e, como se vê, vão além do cultural.

De 2002 para cá destacam-se a apresentação da exposição de pintura de Nelson Neves em Diekirch (2002), o apoio no concerto Diekirch goes Hip Hop (2007), o torneio de integração (2008), distribuição de material escolar na ilha de S. Antão (Cabo Verde) -2009 e “La journée de solidarité à travers le foot”, em Maio deste ano.
Nélson Neves pretende ainda, a médio prazo, que a CCL leve alguns jovens cabo-verdianos que nasceram aqui a “conhecer a realidade e dificuldades dos jovens de Cabo Verde“.
Para mais informações: 661 720 911 ou cultura.cabolux@live.fr
HB

28/11/2010

Comissão Nacional de Eleições prolonga recenseamento até 3 de Dezembro

Com marcação das eleições legislativas para 6 de Fevereiro de 2011, o Recenseamento Eleitoral Geral no Estrangeiro (REGE) será prolongado até 3 de Dezembro de 2010, adiantou a Comissão Nacional de Eleições.

Desta forma, os serviços consulares cabo-verdianos no Luxemburgo vão também abrir os postos de recenseamento criados para o REGE.
Relembre-se que todo o cidadão que cumpra 18 anos até 6 de Fevereiro poderá se recensear.
HB

25/11/2010

Inscrições ainda abertas para Miss Cabo Verde 2011

Estão ainda aberta as incrições para o concurso Miss Cabo Verde no Luxemburgo 2011. A data limite da incrição é a 30 de Novembro. 
Segundo a organização, serão aceites inscrições com base nos seguuintes critérios: 
  • ser de origem cabo-verdiana;
  • ter entre 17 e 25 anos;
  • solteira e sem filh@s;
  • residente no Luxemburgo.

A vencedora terá oportunidade de participar em galas, desfiles, etc.

Prémios:
1° prémio: uma viagem a CaboVerde;
2° prémio: uma viagem no valor de 500 euros;
3° prémio: uma viagem no valor de 250 euros.
Para mais infiormações:
621 47 63 74 ou aceda ao facebook do Comité Miss Cabo Verde:
http://fr-fr.facebook.com/pages/Comite-Miss-Cap-Vert-a-Luxembourg/108479495879821
HB

22/11/2010

Carlos Veiga quer transformar consulado cabo-verdiano em embaixada

De visita ao Luxemburgo, Carlos Veiga, líder do MpD e candidato às próximas eleições legislativas em Cabo Verde, reuniu-se este fim-de-semana com a comunidade cabo-verdiana no Centre Sócietere para apresentar as linhas mestras da sua política dirigida à diáspora, o seu rumo para Cabo Verde e ainda prometer trabalhar para criar uma embaixada no Luxemburgo.

Uma década depois de ter chefiado o governo de Cabo Verde, Veiga justifica o seu regresso à política, com as eleições já em início de 2011: “Achamos que foi desviada a dinâmica criada nos anos 90 e que podia ter conduzido Cabo Verde a um bom plano desenvolvimento. É preciso retomar outra vez o caminho do desenvolvimento e esse é o grande desafio deste regresso”.

Num encontro movimentado com sessão aberta a perguntas, o líder ventoinha viu-se purificado no fogo, sobretudo através de desafios lançados por elementos do PAICV e de alguns simpatizantes do MpD. Após o discurso esperado, foram vários os temas lançados pelo público, desde a segurança, desemprego, regionalização, recenseamento, obras públicas, etc.

Os momentos mais calorosos foram marcados pelas críticas de Antão Freitas, activista do PAICV, recebendo vários apupos quando ainda usava da palavra, já após ter ultrapassado os dois minutos determinados.
Já no final do encontro, a CABOLUX ouviu Veiga sobre a visita ao consulado, representado por Clara Delgado: “Vou colocar-me à disposição do nosso consulado para ser porta-voz das dificuldades que eventualmente existem, mas também porta-voz dos casos de sucesso.”
“Quando for governo, dada a importância do consulado no Luxemburgo, vamos ter a preocupação de o transformar numa verdadeira embaixada, porque o Luxemburgo é um parceiro fora de série de Cabo Verde e tem de ter também um tratamento fora de série”, acrescenta o líder do MpD.

Quanto às preocupações para com a diáspora, aponta a “preocupação permanente em relação à integração plena na sociedade de acolhimento; o papel do governo em criar um bom ambiente de recepção dos nossos imigrantes que vêm de férias ou regressam definitivamente a Cabo Verde.” 

Em terceiro lugar, “despartidarizar as relações entre Cabo Verde e as comunidades. Nas questões de Estado todos devem ser tratados com isenção, igualdade e não deve haver partidos. Os serviços têm de ser eficientes, não para criar problemas, mas sim para resolvê-los. Consulados e embaixadas têm que dar atenção à relação da nossa comunidade com Cabo Verde e isso faz-se com a ideia de que não há comissários políticos nas embaixadas.”
Por último, refere “o investimento da diáspora em Cabo Verde” também como linha de aposta.

Sobre as áreas prioritárias para o seu mandato, “primeiro temos de pensar nas pessoas, isso quer dizer, dar atenção a questões como o desemprego, pobreza, habitação, educação e saúde”. Depois desta fase aponta como caminho “o crescimento da economia aliado ao emprego de qualidade, que se faz através da criação de um bom ambiente de negócio, com investimento privado, seja nacional, emigrante ou estrangeiro.”

Perfil migratório de Cabo Verde
Em reacção à notícia do estudo “Perfil migratório de Cabo Verde” que dava conta de um aumento de 20% de imigrantes em 2009, na maioria da África Ocidental, e de um aumento da emigração qualificada, Veiga afirma que “como país pequeno, não podemos receber indiscriminadamente qualquer pessoa que vai para Cabo Verde, sobretudo os que para lá vão fazer uma competição no mercado de trabalho. Claro que somos a favor da livre circulação e da mesma maneira que queremos os cabo-verdianos bem integrados, queremos também os que lá estão a trabalhar bem integrados, regularizados, legalizados, a pagar os seus impostos e a contribuir para a segurança social, mas temos de criar barreiras a novas entradas de imigrantes condicionando a possibilidade de nos virem a criar problemas.”

Em relação aos emigrantes qualificados “precisamos de quadros, mas se calhar, se investirmos demasiado na educação vamos ter quadros em excesso. Exportação de quadros pode ser um dos serviços que podemos fazer, mas neste momento ainda estamos a precisar deles e não é bom sinal se os nossos quadros estão a ir para Angola ou outros países.

Dá o exemplo das câmaras municipais como fonte de absorção desses quadros “se apoiarmos, com certeza que as câmaras municipais podem ser uma fonte de absorção dessas mãos-de-obra qualificadas. Mas neste momento observamos o oposto, que é o governo a travar a admissão de quadros nos municípios, o que é inconcebível.”

CEDEAO
Sobre a recomendação feita a Cabo Verde para presidir a comissão da CEDEAO, Veiga afirma que “É bom e acho que devemos ser mais activos na CEDEAO para que este organismo seja posto num lugar certo que possa interessar a Cabo Verde. Acho difícil, mas se isso for conseguido é muito bom para Cabo Verde. Será uma boa medida e boa orientação de política que deve ser seguida. Se formos governo vamos continuar esta ideia de colocar quadros importantes em lugares de direcção na CEDEAO”.
HB

20/11/2010

Carmen Souza na Philarmonie a 10 de Dezembro

É já no dia 10 de Dezembro, sexta-feira, que a nova embaixadora da voz cabo-verdiana, Carmen Souza, vai apresentar na Philarmonie du Luxembourg o seu mais novo álbum – “Protegid” (protegido). O concerto da cantora e guitarrista está marcado para as 20:00, na Salle de Musique de Chambre.

Carmen Souza nasceu em Lisboa (1981) e cresceu num ambiente onde a língua cabo-verdiana, falada em casa pelos pais, se misturava com o português, mas sempre cercada pela maneira de vida cabo-verdiana.
Na adolescência, Carmen Souza cantava profissionalmente num coral Gospel lusófono. Considerando-se uma pessoa altamente espiritual, sempre viu a música como sua missão e um privilégio.
Músicos como Luís Morais, Pas'cal Theo, Ella Fitzgerald, Joe Zawinul, Herbie Hancock, Keith Jarret, Diana Krall, etc., foram a inspiração que a fizeram evoluir na busca de um estilo único e pessoal.

Theo Pas'cal, seu produtor e mentor e um dos melhores baixistas em Portugal, descobriu o seu talento e introduziu Carmen no mundo do Jazz, Fusion e outros sons contemporâneos que marcadamente influenciaram sua formação musical.

Em 2003, começou a trabalhar com Theo sobre composições que seriam incluídas no seu primeiro álbum “Ess ê nha Cabo Verde”, de 2005, criando um novo som que mistura o tradicional africano e ritmos de Cabo Verde como o Batuke, Morna, Djon-Cola e outros, com influências do seu jazz contemporâneo. Uma vibe totalmente intimista e acústica, diferente do tradicional ambiente dos sons festivos cabo-verdianos.

Em 2008, Carmen Souza lança o segundo álbum - “Em "Verdade", que co-produziu, com uma empolgante e vibrante melodia também na língua cabo-verdiana, tendo recebido excelentes críticas da imprensa internacional em todo o mundo.

Reaparece em 2010 com a impressionante "Protegid".
Mais uma vez os dois compositores, Carmen e Theo Pas'cal, apresentam um álbum que traspassa os limites do que constitui a música cabo-verdiana, World Music e Jazz.

A imprensa e o mundo reconhecem que algo novo está a ser desenvolvido na sua música. A World Music Central considera o álbum como "um marco que irá pedir-lhe para abraçar e ao mesmo tempo de repensar tudo o que você sabe e ama sobre os sons de Cabo Verde", NPR diz: "abre uma janela para outro mundo" e The Independent declara: "a voz poética é tão original como a música".
"Protegid" também recebeu uma indicação para o Prémio da Crítica Discográfica Alemã e entrou no WMCE em Abril.
Carmen Souza tem viajado extensivamente em todo o mundo desde 2005 e este ano, ela actua em grandes palcos como o North Sea Jazz Festival (NL), African London Music Festival (Reino Unido) ou o Leverkusen Jazztage Festival (DE), entre outros, chegando agora à Philarmonie do Luxemburgo.

Vão aqui alguns exemplos da performande da nossa artista:
http://www.youtube.com/watch?v=rP8K9_oLixQ

http://www.youtube.com/watch?v=bAAHxPb9lbI&playnext=1&list=PL9C08D08B11305E1F&index=2

Mais dados de interesse em:
http://myspace.com/carmensouza
http://www.youtube.com/carmensouzavideos
HB

18/11/2010

Carlos Veiga encontra-se com a comunidade no dia 21

O Movimento para a Democracia, MPD, convida toda a comunidade cabo-verdiana, militantes, amigos e simpatizantes para um encontro-convívio com o Dr. Carlos Veiga, candidato a primeiro ministro de Cabo-Verde, acompanhado pelo Engenheiro Jorge Santos e José Luís Livramento. O evento terá lugar no centro Sociétaire, na rua de Strasbourg no Domingo, dia 21 de Novembro entre as 14h00 e as 20h00. Haverá muita animação. Para mais informações ligue para o 621 21 93 85.

AIDE D’URGENCE POUR UN ENFANT QUI NÉCESSITE UN TRAITEMENT MEDICAL

Valdino Rodrigues Isidoro est un enfant né prématurément (7ème mois de grossesse) avec un poids de 1,555kg. Cet enfant de sexe masculin a dû être réanimé à sa naissance. Actuellement Valdino a 6 ans et habite à São Vicente, Cap-Vert.

L’enfant a des troubles psychomotrices, une paralysie cérébrale spastique, dyskinésie et syndromes convulsifs.
Différents moyens orthopédiques permettent à l’enfant de faire quelques pas. Il reçoit une réhabilitation dans le centre de physiothérapie à l’Hôpital Dr. Baptista de Sousa.
Une opération des deux membres de Valdino Rodrigues lui permettrait de vivre dans des meilleures conditions telles que bouger de façon autonome, jouer avec d’autres enfants, faire des petits efforts physiques, etc. Or une telle intervention chirurgicale n’est pas possible à São Vicente ni ailleurs au Cap-Vert.
Une intervention au Portugal pourra être envisagée. La même intervention chirurgicale pourra se faire au Luxembourg, en France ou en Hollande. Cependant les démarches administratives par rapport à une éventuelle intervention chirurgicale sont moins compliquées au Luxembourg vu que l’enfant a des liens familiaux au Grand-duché et qu’il existe une convention dans le domaine médical entre le Cap-Vert et le Luxembourg.
L’intervention chirurgicale coûtera sans doute plusieurs milliers d’euros et il est peu probable que ce montant sera remboursé par la sécurité sociale. Afin de permettre à cet enfant une meilleure qualité de vie, nous demandons la solidarité de toutes les associations et individus et de proposer des projets qui pourraient alléger la charge financière.

Ces projets pourraient être :

- Dons,
- Campagnes de sensibilisation,
- Organisation de manifestations telles que dîner, fêtes, etc.
- Vente d’artisanat ou des spécialités,
- Prestations artistiques (danse, chant, musique, etc.),

Pour toute information complémentaire, veuillez contacter

Vera NEVES
691 10 62 47 ou 0049 658 39 949 99
Nelson Neves 621 70 05 44

15/11/2010

Integração dos cabo-verdianos vai servir para reflexão dos políticos

O Centro de Estudos e de Formação Intercultural e Social (CEFIS), por intermédio de Frédéric Mertz e Annick Jacobs (foto à esquerda), acaba de lançar um novo olhar sobre a integração no Luxemburgo, onde a comunidade cabo-verdiana é também contemplada.

A CABOLUX teve acesso ao estudo “L’integration au Luxembourg. Indicateurs et dynamiques sociales – parcours de personnes originaires du Cap-Vert et de ex-Yugoslavie” e aproveitou para falar com os dois investigadores.
Sobre a comunidade cabo-verdiana, Frédéric Mertz refere que “há coisas a melhorar”, mas sem concretizar questiona se “quem deve melhorar a integração são os estrangeiros ou as autoridades também devem facilitar um enquadramento para as pessoas se integrarem?”

O estudo, além de constituir um documento de análise sobre a integração é também “um documento estratégico e importante para o mundo político poder medir a integração por forma a fazer progressos, já que geralmente se fixam em indicadores como a taxa de desemprego, casamentos mistos, contactos pessoais, etc.”, acrescenta Mertz.
Respondendo à pergunta se os políticos vão melhorar algo com a leitura deste estudo, Mertz responde que “o estudo conclui com recomendações políticas e os indicadores de integração devem ser negociados. Não são apenas os políticos que vão definir os indicadores importantes de integração. O estudo demonstra que os cabo-verdianos também apresentaram quais os indicadores mais importantes para eles, que são diferentes dos políticos. O trabalho, a escola, a língua, acesso à habitação e nacionalidade luxemburguesa são exemplo disso.”
Por esta razão “é preciso dar palavra aos estrangeiros para saber o que é mais importante aos seus olhos para se integrarem”, insiste.
“Do lado político há que criar, por exemplo, oportunidades para as pessoas aprenderem o francês, que é uma língua de integração, e o luxemburguês, que é também uma língua de integração, mas talvez mais no domínio do privado.”

Sobre o quotidiano, depois de alguma insistência, Annick Jacobs acaba por apontar algo a melhorar na comunidade cabo-verdiana:
“A nível escolar não é fácil encontrar um jovem cabo-verdiano que frequente o ensino geral clássico. A grande maioria se encontra no técnico” o que demonstra um problema de fundo: “observamos que frequentemente os cabo-verdianos chegam sem estarem preparados. Os pais chegam primeiro e alguns anos depois vêm os filhos e quando chegam, talvez com 10 anos, vão se encontrar um pouco perdidos no sistema escolar por causa da língua.”
Por outro lado, diz que há também boas práticas entre os cabo-verdianos e “o sector associativo tem um papel positivo porque recebe os novos imigrantes e é importante encaminhá-los para a obtenção da autorização de residência, etc.”
“Estas associações são a ponte entre a sociedade de acolhimento e os recém-chegados. São uma força e são reconhecidos por isso também”, reforça Mertz.
Relembre-se que os cabo-verdianos são a segunda comunidade mais numerosa (não-comunitária), depois dos ex-joguslavos.
































Um candidato cabo-verdiano representa mais do que a comunidade cabo-verdiana

A CABOLUX aproveitou também para recolher a opinião sobre a primeira participação dos cabo-verdianos nas próximas eleições comunais, como votantes ou candidatos.

“Observamos que há um aumento de inscrições eleitorais por parte dos estrangeiros e a partir do momento que os políticos tomarem consciência que os eleitores estrangeiros não são 5, nem 10, mas mais do que 25 % do total dos eleitores no país, vamos começar a ter candidatos cabo-verdianos, portugueses, etc. nas listas partidárias e nesse momento é o jogo político, a democracia”, refere o investigador Frédéric Mertz.
No entanto, relembra que “antes de ser candidato há que ter o cartão de eleitor e aí os políticos vão poder ver a percentagem de eleitores e vão se sensibilizar a integrar candidatos desta ou daquela comunidade.”

Sobre esta possibilidade que o governo dá aos cabo-verdianos e a outros diz que “é já uma primeira etapa esta participação política e é importante porque permite ser representado, mas um candidato cabo-verdiano não representa só a comunidade cabo-verdiana, mas toda uma colectividade comunal, enfim, o interesse público.”
Tal como o caso Barack Obama, “aqui é mais do que um passo prático. É um passo simbólico, um reconhecimento da cidadania, onde a minha pátria não é apenas Cabo Verde, mas também o Luxemburgo porque tenho um representante e posso votar.”

HB

13/11/2010

Caixa Económica quer abrir balcão no Luxemburgo

De visita ao Luxemburgo, o presidente do conselho de administração da Caixa Económica de Cabo Verde, Emanuel Miranda (foto à direita), assumiu a vontade de abrir um balcão no Grão-Ducado daqui a 3 ou 4 anos, numa apresentação de "um novo banco", no Centre Sociétere.

Segundo Miranda, esta visita ao Grão-Ducado teve como objectivo “a apresentação de uma nova Caixa Económica, que é a instituição financeira mais antiga de Cabo Verde, fundada em 1928, e dos seus produtos e serviços virados para os emigrantes.”
Um segundo objectivo “é o contacto directo com a realidade da nossa comunidade no Luxemburgo, para conhecermos as suas necessidades com vista a melhorar a qualidade e diversidade dos produtos e serviços da Caixa Económica.”
As ofertas dirigidas à comunidade são, na opinião de Emanuel Miranda, “variadas, com produtos passivos e activos. Por exemplo, oferecemos uma taxa de 5.75% para um depósito a prazo de dois anos. Temos também produtos para crédito a habitação e investimento.”
Sobre a resposta do emigrante, diz que “já há um grupo de emigrantes informados das oportunidades do país e das facilidades que foram criadas e que já começaram a investir em Cabo Verde, mas também há outro grupo que ainda não está informado e estamos aqui para trabalhar com eles.”
Da visita constaram também reuniões com instituições financeiras para “negociar condições para facilitar a vida dos emigrantes, mas também conseguir alguns recursos para apoiar a Caixa Económica na implementação do seu plano estratégico.”
HB

09/11/2010

Cabo-verdianos já podem votar e se apresentar às eleições comunais

Pela primeira vez os cabo-verdianos vão poder participar nas eleições comunais luxemburguesas, quer como votantes, quer como candidatos.

Foi numa reunião com mais de uma centena de cabo-verdianos, no Centre Societere, que Clara Delgado (foto à esquerda), Encarregada de Negócios da Embaixada de Cabo Verde, referiu-se a este novo cenário como uma mais-valia para todos.
“É uma mais-valia para a nossa comunidade e a ideia da Embaixada [cabo-verdiana] com esta reunião é que a comunidade se sinta cada vez mais integrada, que participem e por outro lado é bom para os luxemburgueses verem com outros olhos um estrangeiro que participa numa lista para eleição ou como votante no seu país.”
Sobre a possibilidade de ver algum cabo-verdiano a apresentar-se numa lista, Clara Delgado mostra-se confiante: “Temos gente competente que pode participar. Há mecanismos de apoio no Luxemburgo e a própria embaixada também pode apoiar. Se nos Estados Unidos temos bons exemplos, porque não no Luxemburgo?”
“Se forem unidos e votarem num candidato cabo-verdiano, podemos ter bons resultados”, acrescenta.
Houve ainda oportunidade, junto de Clara Delgado, para saber como está a decorrer o processo de recenseamento para as eleições cabo-verdianas:
“Está a correr bem e hoje, por exemplo, temos duas brigadas móveis para recensear pessoas que estão aqui na reunião. Neste momento temos já inscritos na nossa base de dados 540 pessoas e até dia 26 ainda vamos aumentar este número.”  

HB

04/11/2010

CEFIS publica estudo sobre integração cabo-verdiana

O Centro de Estudos e de Formação Intercultural e Social lançou a publicação “L’integration au Luxembourg. Parcours des personnes originaires du Cap Vert et de l’ex-Yoguslavie”.
Dividida em duas partes, a primeira apresenta os indicadores de integração. Já a segunda parte estuda as dinâmicas sociais da integração no Luxemburgo, tendo como base duas das mais importantes nacionalidades do país: os cabo-verdianos e os ex-joguslávos.
A CABOLUX conta ter, em breve, acesso a este estudo.

Padre Adriano dos Reis de volta ao Luxemburgo

Enquadrado no trabalho conjunto das igrejas de Cabo Verde e do Luxemburgo, o padre Adriano dos Reis Cabral acaba de chegar ao Grão-Ducado para a sua segunda visita de acompanhamento à comunidade cabo-verdiana, até final de Novembro.

Numa curta entrevista, o pároco de Mindelo (S. Vicente), começa por enquadrar esta sua bem acolhida presença pelos serviços pastorais e pela comunidade: “Os cabo-verdianos no Luxemburgo têm uma experiência de fé muito forte, que é importante acompanhar” e nesse sentido “o objectivo da visita é assistir e dinamizar os nossos emigrantes e ajudar a estruturar, com formação, a nossa comunidade, de modo a que haja líderes, que mesmo na minha ausência pessoal possam organizar-se, participar nas celebrações e que se sinta a presença dos cabo-verdianos nesta sociedade e de modo muito particular na igreja luxemburguesa.”

Sobre o acolhimento dos cabo-verdianos na igreja, realça uma grande abertura dos serviços centrais e pastorais luxemburgueses. “O meu trabalho também é ajudar a comunidade a tomar consciência dessa abertura, pois a igreja luxemburguesa conta com a participação e vivência da fé dos nossos emigrantes, até porque temos a mesma fé.”

Respondendo à questão sobre a necessidade de um acompanhamento permanente à comunidade cabo-verdiana, o padre Adriano refere: “Seria algo desejável no momento, mas não seria possível devido à falta de sacerdotes em Cabo Verde, mas penso que não se tem de criar necessariamente uma missão cabo-verdiana para que a comunidade possa viver a sua fé. Estamos muito ligados à missão portuguesa, que presta um grande serviço à nossa diáspora.” Além disso, “a igreja luxemburguesa também não tem interesse em criar mais uma missão aqui, porque a igreja é por si missionária e acolhe a todos.”

“Inicialmente o acordo era uma presença mais regular, três vezes ao por ano, para ver a evolução”, mas ciente das dificuldades, acrescenta que para esse acompanhamento permanente e mais próximo a aposta seria “tal como a Páscoa, épocas fortes”.

Para já, por uma questão linguística, “seria mais fácil aos adultos uma integração à missão portuguesa e aos jovens que nascem aqui a tendência é favorecer a integração nas paróquias luxemburguesas”, acrescenta.

Do programa de actividades, já neste Sábado vai apresentar uma “interessante proposta” aos jovens de origem cabo-verdiana com o objectivo de “incutir alguns valores cristãos e humanos, bem como momentos de convívio”, num encontro em Bonnevoie. Constam também realizações de missas, visitas às famílias, com momentos de oração para reforçar a dimensão espiritual, mas o ponto alto será mesmo a presidência da festa de Santa Catarina, a 25 de Novembro, em Esch. “Os cabo-verdianos manifestam uma grande devoção à Santa Catarina, que no meio de muitas dificuldades viveu e testemunhou a sua fé e isto tem muito a ver com a imigração.”

Atento à realidade, termina deixando este apelo aos cabo-verdianos: “continuem a viver a fé e estejam mais unidos.”
HB

03/11/2010

Amizade Cabo-verdiana Aposta na Formação

A Associação Amizade Cabo-verdiana vai apostar na formação e nos cursos de línguas durante as actividades planeadas para o próximo ano.

Se no passado os projectos da Associação Cabo-verdiana estavam mais virados para as vertentes cultural e social, nesta fase o destaque tem sido a educação.
“Antes, os nossos projectos eram mais de solidariedade no sentido Luxemburgo - Cabo Verde, com a construção de uma escola, da casa da Organização da Mulher Cabo-verdiana, ambas em S. Antão, envio de material escolar para Cabo Verde, etc. Contudo, desde 2007, temos vindo a trabalhar na área da formação para adultos”, refere Firmino Neves, presidente da associação cabo-verdiana.
"Neste momento temos quatro professores, que dão aulas de francês e Luxemburguês e mais de 70 alunos, de varias nacionalidades, mas para o ano vamos avançar com um projecto educativo nacional, com o apoio do Ministério da Educação”, acrescenta.

A professora Ludmila Fortes saúda a aposta: “E um trabalho importante da associação porque e um apoio para as pessoas se integrarem melhor no pais. Gosto de ajudar e quero fazer também um trabalho de acompanhamento psicológico com os alunos para superarem os obstáculos e terminar o curso.”

Outro projecto apresentado vai ser a reparação da escola construída pela associação em Cabo Verde, envolvendo pintura, substituição de janelas, etc.

Já noutra vertente, a associação vai se encarregar do traslado de uma criança vinda de Cabo Verde para tratamento hospitalar, assegurando as despesas inerentes, graças as parcerias que mantém.
“Contamos com o apoio do Ministério da Família e Integração / OLAI, dos Fundos Europeus e também da Câmara do Luxemburgo para os nossos projectos”, confirma Firmino Neves.

Ainda sobre as parcerias, apesar das boas relações com o estado de Cabo Verde, Mateus Domingos, presidente da assembleia da associação, lamenta alguma falta de apoio. “O apoio que queremos não e financeiro, mas um contacto mais estreito com esta associação, que e mais bem reconhecida aqui do que a própria representação do governo [cabo-verdiano].”
“Na época de Carlos Veiga recebíamos jornais, informações de Cabo Verde, mas com a entrada do novo primeiro-ministro isso acabou porque achavam que eram despesas a mais. Ate o apoio da Câmara do Luxemburgo e maior do que se esperava em relação a nossa embaixada ou governo”, acrescenta Mateus Domingos.

Uma outra novidade vai ser a remodelação da sede.
“Já temos a confirmação do Burgomestre do Luxemburgo ao pedido de renovação da nossa sede para o início do próximo ano. E uma forma de reconhecimento do nosso trabalho com a Câmara”, diz Firmino, mas “falta agora os cabo-verdianos reconhecerem esse trabalho”, remata Mateus Domingos.

Para finalizar, deixaram os apelos: “Gostaríamos que a comunidade fosse mais activa nesta associação e apelamos também aos membros não-activos que retornem a base, pois para o ano há muita coisa a fazer.”

HB