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23/07/2013

Cinzas do “Rei da Morna” chegaram à ilha cabo-verdiana de São Vicente

As cinzas do cantor cabo-verdiano Bana, falecido a 12 deste mês em Lisboa, chegaram hoje ao Mindelo, na ilha cabo-verdiana de São Vicente, terra natal de Adriano Gonçalves, onde será prestada, na quinta-feira, uma cerimónia fúnebre com honras de Estado.


 
Segundo a noticia da edição "online" do jornal cabo-verdiano "A Semana", a cerimónia de recepção das cinzas decorreu no Centro Cultural do Mindelo, onde vão permanecer até a manhã de quinta-feira, para que a população de São Vicente possa prestar um último adeus ao "Rei da Morna".

Segundo o jornal, a Câmara Municipal de São Vicente está a ultimar os preparativos, juntamente com os ministérios da Cultura e das Comunidades de Cabo Verde, para realizar uma cerimónia fúnebre oficial, que acontecerá no Palácio do Povo, que terá honras de Estado. As cinzas serão depositadas, depois, no cemitério de São Vicente.

Aldemiro Almeida, filho do cantor, confirmou que o processo de cremação e de deposição das cinzas "num pedacinho da terra natal" está em curso, seguindo o desejo do cantor que, antes de falecer, deu conta de isso mesmo ao presidente de Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves.

"Quero agradecer a manifestação espontânea feita aqui no dia do seu funeral. Teve muito significado para os familiares lá em Portugal. Um obrigado simples por aquilo que o povo de São Vicente lhe deu ao longo da sua carreira", disse Aldemiro Almeida ao "A Semana".

A recepção das cinzas do cantor contou com a presença dos filhos do cantor e das entidades municipais de São Vicente.

Nascido a 11 de Março de 1932, no Mindelo, Bana morreu aos 81 anos, no Hospital de Loures, na sequência de vários problemas de saúde. O corpo foi cremado a 15 deste mês no Cemitério do Alto de São João.

Bana, cujo verdadeiro nome é Adriano Gonçalves, gravou mais de meia centena de discos ao longo da sua carreira, iniciada em 1942, com apenas dez anos, nas ruas e cafés da cidade que o viu nascer.

Fonte: Wort.lu/pt

13/07/2013

Cantor cabo-verdiano Bana morreu hoje, calou-se o “Rei da Morna”

O cantor cabo-verdiano Bana, conhecido como o "Rei da Morna", faleceu hoje de madrugada no Hospital de Loures, em Portugal, vítima de doença prolongada, disse à agência Lusa fonte oficial.

 



Bana, de nome completo Adriano Gonçalves, 81 anos, foi um dos nomes que mais ajudou a projectar a música de Cabo Verde no mundo, desempenhando um papel fundamental como agente da cultura do arquipélago.

Bana nasceu em 11 de Março de 1932, no Mindelo, São Vicente, Cabo Verde. Gravou mais de meia centena de discos, ao longo da sua carreira, iniciada em 1942, com apenas dez anos, nas ruas e cafés da cidade que o viu nascer. O corpo de Bana estará em câmara ardente na Igreja de Benfica e o funeral será domingo.

Quem era Bana?

 

O cantor cabo-verdiano Bana faleceu vítima de doença prolongada, após uma longa carreira de 70 anos.
Conhecido mundialmente, Bana gravou mais de meia centena de LP e EP ao longo da sua carreira, iniciada em 1942 no Mindelo, cidade onde nasceu a 11 de Março de 1932, dez anos antes da sua conterrânea Cesária Évora, falecida a 17 de Dezembro de 2011, tendo sido apadrinhado por B.Leza, um dos maiores músicos, poetas e compositores de Cabo Verde.

Alto (quase dois metros) e bonacheirão, de sorriso fácil e atento, embora alguns lembrem que quando se irritava se tornava insuportável, Bana deixa um legado extra carreira, pois foi graças ao "Rei da Morna" que muitas das atuais "estrelas" da música cabo-verdiana começaram a brilhar.

Foi Bana quem ajudou, por exemplo, Celina Pereira, Paulino Vieira, Tito Paris, Leonel Almeida, Titina, Zizi Vaz, entre muitos outros, abrindo caminho a que a décima ilha, a da diáspora, pudesse ser iluminada com tanta estrela.

Em Maio de 2008, a saúde pregou-lhe uma partida, quando sofreu um acidente vascular cerebral. Foram meses duros, mas que não o impediram de, depois, voltar a pegar no violão, pouco usual, e a cantar.
Companheiro de todos os "históricos" da música cabo-verdiana, Bana foi embalado pelos instrumentos tocados por Manuel d'Novas, Luís Morais, Morgadinho, entre muitos outros de todas as gerações.
Em 2012, foi distinguido com o Prémio Carreira, pelo Cabo Verde Music Awards, sucedendo a Cesária Évora, a "Rainha da Morna".

Bana foi alvo de inúmeras homenagens e uma das mais comoventes aconteceu em Junho de 1992, quando viu encher a sala da Aula Magna, em Lisboa, para celebrar 50 anos de carreira na presença de todas as gerações.

Luís Morais, Manuel d'Novas, Celina Pereira, Ildo Lobo, Morgadinho, Manel de Ti Djena, Ana Firmino, Zizi Vaz, Fernanda Queijas, Maria Alice, Titina, Leonel Almeida, Paulino Vieira, Tói Vieira, Armando Tito, Djon, Tito Paris, Vaiss, Nabias, Quim e Nando, todos nomes sonantes, estiveram lá a tocar para o "Rei da Morna".

"Bana: Uma Vida a Cantar Cabo Verde" conta a sua vida num livro biográfico, escrito pela jurista portuguesa Raquel Ochôa, lançado em 2008 em Lisboa.

Antes de chegar a Portugal, o que só aconteceu em 1969, Bana passou pelo Senegal, Holanda, França e por muitos palcos do mundo, onde foi gravando discos uns atrás dos outros, a solo ou com os "Voz de Cabo Verde".

A "estreia" em Portugal, que aconteceu na inauguração da Casa de Cabo Verde em Lisboa, dá-se pela insistência de vários elementos da Tuna Académica de Coimbra, que tentava levá-lo à então Metrópole em 1959. Entre eles figuravam Manuel Alegre e Fernando Assis Pacheco.

08/06/2012

Jorge Carlos Fonseca hoje em Lisboa para visita privada e de Estado

O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, chega hoje de manhã a Lisboa para uma visita privada e de Estado a Portugal, a primeira que efectua ao estrangeiro desde que foi empossado no cargo, há nove meses.

A visita privada vai decorrer até domingo, sendo retomada quarta-feira, dia em que regressa a Cabo Verde, cumprindo na segunda e na terça-feira, a deslocação de Estado, a convite do seu homólogo português, Aníbal Cavaco Silva, que o condecorará com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo.

Segundo a agenda, hoje à tarde Jorge Carlos Fonseca visita a sede da Comunidade dos Países de Linga Portuguesa (CPLP) e, depois, receberá responsáveis de associações cabo-verdianas da Grande Lisboa, programa que se estenderá a sábado, com reuniões e visitas a locais onde a presença de concidadãos é maior.

Durante a visita, Jorge Carlos Fonseca agraciará o cantor Bana com a Medalha de 1.ª Classe da Ordem do Dragoeiro, numa cerimónia ainda por encontrar o dia, hora e local. No domingo, como convidado de Cavaco Silva, o chefe de Estado cabo-verdiano é o convidado de honra das cerimónias oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas e será convidado pelo Presidente português com um jantar no Palácio de Belém.

Na segunda-feira começa a visita de Estado, com Jorge Carlos Fonseca a depositar uma coroa de flores no túmulo de Luís da Camões, após o que se reunirá com Cavaco Silva, seguindo-se deslocações à Câmara Municipal de Lisboa e à sede da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), terminando o dia com novo jantar, desta vez no Palácio de Queluz.

Na terça-feira, visita o parlamento, Instituto de Altos Estudos Militares, Tribunal Constitucional e Faculdade de Direito de Lisboa, uma participação num seminário organizado pela AICEP e encontros com estudantes cabo-verdianos em Portugal, intervalado por um almoço com o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho. Ainda na terça-feira, Jorge Carlos Fonseca é distinguido como Presidente Honorário do Festival Sete Sóis, Sete Luas e assiste à homenagem ao músico português José Barros, líder do Grupo Navegante, muito ligado a Cabo Verde.

Na quarta-feira, último dia da estada em Portugal, Jorge Carlos Fonseca retoma o programa extra-oficial, para se deslocar, de manhã, ao concelho da Moita, onde visitará a Escola EB1 e depois a Associação de Solidariedade Cabo-Verdiana dos Amigos da Margem Sul, no Vale da Amoreira, e também as instalações do Vitória de Setúbal, clube de que é adepto.

Fonte: Inforpress