Mostrar mensagens com a etiqueta EUA. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta EUA. Mostrar todas as mensagens

29/03/2013

José Maria Neves reuniu-se com Obama (video)

O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, encontrou-se esta quinta-feira com o Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, que "elogiou o crescimento económico e as boas práticas governativas" do país.

"O encontro correu muito bem. Foi importante para a relação bilateral entre os Estados Unidos e o continente africano", disse o primeiro-ministro à agência Lusa.

A reunião contou com a participação de outros três chefes de Estado: da Serra Leoa, Ernst Bai Korom, do Senegal, Macky Sall, e do Malawi, Joyce Banda.

Na Casa Branca, Obama fez uma apresentação sobre os temas comuns que unem os Estados Unidos África e, no final, cada chefe de Estado teve cerca de 10 minutos para abordar os assuntos que mais lhe interessam.

José Maria Neves relatou que Obama se "mostrou muito aberto e receptivo para mobilizar recursos e investimento", sobretudo para "programas de energia e mobilização de recursos de água, na área dos agro-negócios."

Em Washington, o primeiro-ministro irá ainda reunir-se com oficiais do Pentágono e do Departamento de Transportes.

Amanhã, começa uma visita à Nova Inglaterra, que passará por New Bedford, Boston, Brockton Providence e Pawtucket, cidades com uma expressiva comunidade cabo-verdiana.


23/09/2012

EUA diz que Cabo Verde faz pouco para combater o tráfico de pessoas e prostituição infantil

Cabo Verde é um país onde as crianças são submetidas ao trabalho doméstico forçado e um paraíso para o tráfico sexual e de drogas para o Brasil, Portugal e outros países. A acusação é do Departamento de Estado dos Estados Unidos e está expresso no 12º Relatório sobre Tráfico Humano em 186 países.
 
O documento revela que "o turismo sexual, às vezes envolvendo crianças que se prostituem, é um problema crescente em Cabo Verde" e que as crianças são usadas na prática de crimes em vários lugares do país, "incluindo o transporte forçado de drogas". O relatório do Departamento de Estado norte-americano é corrosivo e revela que "as crianças de rua estão vulneráveis à criminalidade e, em raras ocasiões, à prostituição".
 
"Relatórios anteriores indicam que meninos e meninas - alguns dos quais podem ser estrangeiros - são explorados na prostituição em Santa Maria, Praia e Mindelo", lê-se no documento que aborda também os imigrantes, particularmente da Costa Ocidental africana.
 
As fontes do Departamento de Estado indicam que os homens provenientes da Guiné-Bissau, Senegal, Nigéria e Guiné recebem salários baixos e trabalham sem contrato e durante longas jornadas, criando vulnerabilidades tanto pessoais, como no sector da construção civil. No entanto, o relatório alerta que esses "imigrantes podem atravessar o arquipélago a caminho de situações de exploração na Europa".
 
Apesar de colocar Cabo Verde na segunda classe do ranking, o documento acusa o Governo de "não cumprir totalmente os padrões mínimos para a eliminação do tráfico", embora reconheça que o Executivo "está a fazer esforços significativos nesse sentido".
 
Durante 2011, o Governo investigou 44 casos de abuso sexual de crianças, alguns dos quais podem ter incluído crimes de tráfico, diz o relatório. Entretanto, o Departamento de Estado lamenta que, "apesar destes esforços, o Governo não processou os criminosos durante o ano de 2011, incluindo os autores de crimes de tráfico sexual de crianças ocorridas dentro do país".
 
Além disso, continua o relatório, as autoridades cabo-verdianas "não desenvolveram esforços para identificar as vítimas de tráfico em 2011, nem para reduzir o apelo ao comércio e turismo sexual envolvendo crianças".
 
O Governo ainda não reagiu ao 12º Relatório sobre Tráfico de Pessoas do Departamento de Estado norte-americano, mas a Presidente da Comissão Nacional para os Direitos Humanos e Cidadania reconheceu as situações descritas, embora diga que são necessários dados concretos e não apenas advertências.
 
A nível da prostituição de menores, Zelinda Cohen admite que a situação tende a agravar-se, mas considera que Cabo Verde "não pode ser considerado um país de prostituição infantil, porque apenas há casos isolados e não um circuito de tráfico".
 
De referir que o relatório deu nota negativa a todos os países de língua portuguesa, que pouco fizeram para combater o tráfico de pessoas, nomeadamente Angola e Guiné-Bissau.
Fonte: DD/PNN