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05/06/2013

Comunidade cabo-verdiana chocada com o caso da agressão no comboio

Para o dirigente associativo cabo-verdiano João da Luz o caso é
"lamentável" e deve ter uma "condenação severa" Foto: Rui Melo
O caso da agressão no comboio julgado na semana passada nos tribunais luxemburgueses está a chocar a comunidade cabo-verdiana no Luxemburgo. As autoridades cabo-verdianas e os dirigentes associativos ouvidos pelo CABOLUX/CONTACTO lamentam o caso e dizem que vão agir contra a violência.
 
"É de lamentar o sucedido porque toca a boa imagem dos cabo-verdianos no Luxemburgo. Lamento também porque são pessoas jovens e a tendência é para uma pena pesada", disse ao CABOLUX/CONTACTO a encarregada de Negócios da Embaixada de Cabo Verde no Luxemburgo, Clara Delgado.

Em causa está a agressão violenta a um homem de 49 anos num comboio entre a cidade do Luxemburgo e Rodange, em Dezembro de 2011, alegadamente por três jovens de origem cabo-verdiana, julgados na semana passada.

"A questão da violência é algo discutido há algum tempo com as autoridades luxemburguesas, mas este é um caso que sai das nossas esferas, e que não vai beliscar as relações entre os dois países. É um caso isolado, mas estamos atentos e a acompanhá-lo", garante Clara Delgado.

A associação cabo-verdiana contra a violência, Comité Spencer, diz que está já a preparar projectos para combater casos como estes.

"Temos agora uma nova direcção, mas já falámos deste caso em duas reuniões. Estamos a preparar um projecto em conjunto com a comuna de Esch-sur-Alzette, que deve arrancar depois do Verão. Queremos fazer uma 'workshop' contra a violência", conta a nova secretária da associação sediada no Luxemburgo, Dominique Rocha.

"Vamos ter peças de teatro sobre o tema. Pequenos sketches onde os jovens simulam situações conflituosas, como por exemplo em discotecas. Aí vamos ver as reacções do público, mas vamos também convidar o público jovem a subir ao palco e a entrar na peça para reagir de forma diferente", explica Dominique Rocha, que quer ver os jovens a passar pela associação (26, place de la Gare, Galerie Kons) na cidade do Luxemburgo.

"Os jovens que venham ter connosco. Estamos cá para os ajudar na inserção laboral, mas também no voluntariado. Aí, eles podem conhecer outras pessoas do Luxemburgo, misturar-se com outras culturas. Além disso, vão estar mais activas", apela Dominique Rocha.

Já o presidente da Federação das Associações Cabo-verdianas no Luxemburgo (FACVL), João da Luz, mostra mais firmeza. Diz que este caso é "lamentável" para a comunidade, mas que deve ter uma "condenação severa".

"Este é um caso lamentável, e a condenação contra a violência deve ser severa", diz o dirigente associativo, que felicita a polícia pela rápida intervenção. "Quero dar os parabéns à polícia por ter reagido de forma rápida. A divulgação do vídeo ajudou a perceber o que se estava a passar. Foi positivo".

Para o dirigente associativo, é preciso desenvolver uma "nova política dirigida aos jovens recém-chegados", que "não conhecem bem" esta sociedade. "É preciso um melhor enquadramento, e isto tem de ser feito pelo Serviço Nacional da Juventude e pelas associações. A sociedade civil tem uma grande responsabilidade em relação a esses jovens", diz.

O dirigente associativo vai aproveitar a próxima assembleia geral da federação, marcada para 15 de Junho, para "pedir às associações para aumentarem as acções para jovens", anunciou o presidente da FACVL, que apela também ao envolvimento das associações portuguesas.

"Quando falo em associações, falo nas cabo-verdianas, mas também nas associações portuguesas, porque muitos desses jovens recém-chegados vêm de Portugal, nasceram e cresceram lá, e identificam-se mais com Portugal do que com Cabo Verde", conclui.

Herique de Burgo

02/06/2013

Caso de agressão no comboio: Acusados arriscam 12 anos de prisão

O julgamento dos seis jovens acusados de agressão e roubo no comboio entre Luxemburgo e Rodange terminou esta tarde. O Ministério Público pediu ontem 12 anos de prisão para os dois principais acusados no processo. Hoje, o MP pediu penas até 18 meses para os acusados de omissão de auxílio.

Além dos principais acusados por agressão, o Ministério Público  pediu hoje também penas de 18 meses de prisão para um dos jovens, acusado de omissão de auxílio, e nove meses para outro, com a mesma acusação.

Uma jovem também acusada de omissão de auxílio não vai ser julgada pelo mesmo tribunal, por ser menor. O juiz disse ainda que a jovem foi a única no grupo alegadamente envolvido no incidente a tentar pôr fim às agressões.

Ontem, o Ministério Público já tinha pedido 12 anos de prisão para dois dos acusados de agressão, além de oito anos para a única arguida pelo mesmo crime.

Os factos remontam a 14 de Dezembro de 2011, quando um homem de 49 anos foi brutalmente agredido no comboio entre a cidade do Luxemburgo e Rodange, alegadamente por três dos acusados.
A leitura da sentença vai ser feita dia 2 de Julho.
HB

29/05/2013

Seis jovens cabo-descendentes acusados de agressão e roubo

Foto: CFL/Polícia Grã-Ducal
Seis jovens de origem cabo-verdiana – quatro rapazes e duas raparigas – respondem desde a passada quarta-feira em tribunal pelo alegado ataque a um passageiro no comboio entre a cidade do Luxemburgo e Rodange, em 14 de Dezembro de 2011.
 
Os arguidos são acusados de agressão, roubo com recurso à força e omissão de auxílio a pessoa em perigo. Uma câmara de vigilância filmou a agressão.

No vídeo abaixo, vêem-se os ataques à vítima, um homem de 49 anos residente em Arlon, que foi roubado e deixado ferido e inconsciente no chão da carruagem.


Um dos agressores foi identificado e detido pela polícia no dia seguinte. Os outros jovens foram detidos depois de a polícia ter divulgado publicamente o vídeo e ter apelado a testemunhas, em Janeiro de 2012. Os arguidos tinham entre 17 e 19 anos na altura dos factos.

A vítima sofreu uma comoção cerebral, fracturas no rosto e uma hemorragia cerebral, entre outros ferimentos. Depois do ataque, segundo a acusação, sofreu de dores de cabeça, vertigens, perturbações da memória e do sono, sintomas de stress, e continua a ter tratamento psicoterapêutico.

O juiz Prosper Klein viu o vídeo e um agente da polícia reconstituiu a agressão, adiantando que os agressores estavam alcoolizados. O polícia diz que tudo terá começado com uma discussão entre a vítima e um dos jovens.

A vítima disse que foi quando pediu aos jovens para deixarem a carruagem da primeira classe que começaram os insultos e se seguiu a agressão.
Segundo um dos jovens, o homem foi o primeiro a agredi-lo. Depois disso, chegou um segundo jovem, que veio ajudar o amigo.

Uma das arguidas disse ter subido ao primeiro andar da carruagem para ver o que se passava, sabendo que os seus companheiros estavam alcoolizados e podiam ser violentos.

A jovem, que depois de detida foi encontrada com o dinheiro da vítima, nega ter roubado a carteira, que terá sido o segundo jovem a roubar.

Pouco antes dos factos, o jovem que alegadamente se envolveu primeiro com a vítima tinha sido condenado a dois anos de prisão, num outro caso de agressão.

O primeiro jovem, que se encontra actualmente a cumprir uma pena de dois anos de prisão, reconheceu ter agido erradamente.

Os dois rapazes e a rapariga respondem por agressão e roubo diante do Tribunal Criminal. Os outros três, por cumplicidade, respondem no Tribunal Correccional.

Fonte: Contacto/Wort.lu/pt

29/02/2012

Tribunal condena ex-directora da Miss Global Cabo Verde por não pagar prémio do concurso

Natascha Bintz    Foto: M: Dias
O Tribunal do Luxemburgo condenou a ex-directora do concurso Miss Global Cabo Verde, Natascha Bintz, a pagar os prémios em falta à vencedora do concurso, Yasmine Lima.

Natascha Bintz prometeu à vencedora do concurso os bilhetes de avião até à Jamaica para representar Cabo Verde no evento internacional, mas na hora da viagem, as despesas ficaram por conta de Yasmine Lima.

O Tribunal deu como provado a falta de pagamento do prémio, tal como aconteceu dias antes da deslocação a Montego Bay, na Jamaica, em meados de Setembro de 2011.

"Natascha Bintz confirmou a viagem de Yasmine Lima até à Jamaica. A citada, à última da hora, alterou o seu compromisso [...], o que obrigou Yasmine Lima a viajar pelos seus próprios meios", pode ler-se no acórdão.

Natascha Bintz organizou no ano passado a primeira edição da Miss Global Cabo Verde e foi agora condenada a pagar o valor da viagem.
O tribunal condenou também a ex-directora do concurso a pagar os gastos de representação efectuados por Yasmine Lima na Jamaica, assim como as taxas de juro, as custas judiciais do processo e os honorários do advogado da queixosa.

"Fiquei contente com o resultado do Tribunal. Ela [Natascha Bintz] dizia que queria fazer algo pelos cabo-verdianos, mas não compreendi o que ela queria fazer. Fica aqui uma prova de que os cabo-verdianos não se deixam pisar", disse Yasmine à CABOLUX/CONTACTO.

Yasmine Lima venceu o concurso Miss Global Cabo Verde a 18 de Junho de 2011, no Luxemburgo.
Depois, a 24 de Setembro, ficou em terceiro lugar no concurso Miss Global International, na Jamaica.

HB

11/10/2011

Luxemburgo: Yasmine Lima processa organização Miss Global Cabo Verde



Yasmine Lima quer reaver o seu dinheiro
Yasmine Lima, terceira classificada da Miss Global Internacional na Jamaica, iniciou um processo no tribunal contra a organização da Miss Global Cabo Verde.

Em causa está o alegado incumprimento por parte da organização, ao não ter garantido o prémio correspondente à primeira classificada no evento: viagem à Jamaica.

Yasmine Lima foi vencedora, a 18 de Junho, do concurso Miss Global Cabo Verde (realizado no Luxemburgo) e como prémio iria representar Cabo Verde no evento internacional (a 24 de Setembro), onde ficou em terceiro lugar, e agora reclama o seu dinheiro.

“Quando me inscrevi, foi-me dito que a vencedora ganharia uma viagem até Jamaica para representar Cabo Verde, mas não foi isso que aconteceu. Quando se aproximava o evento na Jamaica, a directora, Natasha Bintz, começou a dar-me desculpas dizendo que a viagem era perigosa ou que não havia roupa. Já das outras vezes que lhe perguntava sobre o bilhete, dizia-me que eu teria de arranjar um sponsor para a viagem ou para eu adiantar o dinheiro.”

Apesar deste contratempo, Yasmine não quis deixar de representar Cabo Verde e por sua própria conta tomou a iniciativa de contactar Jamaica.

Natasha Bintz já não é directora da Miss Global 
 “O meu inglês não é bom, mas mesmo com essa dificuldade consegui contactar o comité Miss Global Internacional na Jamaica para saber como ir até lá e quem me ia receber no aeroporto. Tinha de representar Cabo Verde e não podia ir abaixo”, desabafa a Miss.

Conta ainda que: “Natasha Bintz colocou no Facebook da Miss Global Cabo Verde que eu já não iria à Jamaica e todas as pessoas começaram a pensar que era verdade, mas eu estava tão determinada a ir que, quando cheguei, pus no meu Facebook fotos da Jamaica e directora luxemburguesa, ao ver que afinal eu estava lá, foi alterar a sua publicação dizendo agora que eu estava na Jamaica.”

O advogado da Miss já iniciou o processo no tribunal contra Natasha Bintz, garante, e Yasmine quer agora o seu dinheiro de volta.

“Paguei tudo do meu bolso: o bilhete e as despesas que tive no local, quando foi-me dito que teria direito a essa viagem como prémio, e agora quero só quero o meu dinheiro de volta. Natasha não me tratou devidamente e não aproveitou a confiança dos cabo-verdianos”, refere.

Depois da sua prestação na Jamaica, Yasmine Lima tem recebido propostas para fotos e foi convidada para estar presente na Miss International Carnaval Queen, que se vai realizar na Venezuela.

O director da Miss Global Internacional, o indiano Lachu Ramchandani, retirou o certificado de directora da Miss Global Cabo Verde à luxemburguesa Natasha Bintz e entregou-o nas mãos de Yasmine Lima, que ficará agora responsável por levar a próxima Miss Global Cabo Verde ao evento internacional em 2012.

Resta saber se Yasmine vai ganhar a outra batalha por cá.
HB