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28/02/2011

Associação Amizade Cabo Verde - Luxemburgo aposta na formação para adultos

Oficialmente formada em 1987 a Associação Amizade Cabo Verde - Luxemburgo, também conhecida como Amizade Cabo-verdiana, tem sido uma das referências associativas cabo-verdianas no Luxemburgo, tendo-se destacado desde cedo nas áreas da cultura, cooperação com Cabo Verde e no desporto. Contudo, nos últimos anos a educação tem sido a prioridade desta colectividade.

"Antes mesmo de 87 já tínhamos actividades, mas só a partir daí é que passamos a ter este nome e passamos a ser uma associação oficial. No início, os nossos projectos eram mais de solidariedade para projectos em Cabo Verde e construímos uma escola e a casa da Organização da Mulher Cabo-verdiana na ilha de S. Antão. Enviámos também material escolar para Cabo Verde, entre outras coisas", refere o presidente da associação, Firmino Neves.

Quando às actividades que se faziam para a comunidade cabo-verdiana residente no Grão-Ducado "aqui tínhamos uma equipa de futebol e fazíamos muitas festas para a comunidade, nos centros culturais da Comuna do Luxemburgo", acrescenta.

De 2007 para cá a aposta tem sido na formação de adultos, contando com o apoio dos ministérios da Educação, Família e Integração.
"Temos vindo a trabalhar na área da formação para adultos e contamos com quatro professores, que dão aulas de francês e luxemburguês e mais de 70 alunos, de diversas nacionalidades, porque estamos abertos a todos. É por isso que temos alunos portugueses, brasileiros, guineenses, cabo-verdianos, do leste europeu e de outros países africanos", explica o dirigente associativo.

Quanto a esse papel mediador para a integração dos emigrantes no Luxemburgo, Neves reconhece que "os imigrantes vêm aqui porque precisam de aprender a língua para poder trabalhar e nós damos esse apoio na integração. A língua é muito importante nesse processo e os ministérios da Família e da Educação, bem como a OLAI estão satisfeitos com nosso trabalho."

Outro projecto que a Amizade Cabo-verdiana tem para este ano é a reparação da escola construída pela associação em Cabo Verde, envolvendo pintura, substituição de janelas e outras obras de restauro.

No campo humanitário e da solidariedade, a associação Amizade Cabo Verde - Luxemburgo tem colaborado com outras duas associações no projecto "Valdino Rodrigues".
Valdino Rodrigues é uma criança cabo-verdiana com falta de assistência médica e que vai agora se submeter a uma intervenção cirúrgica de algum risco em Metz. Para custear a viagem Cabo Verde-Luxemburgo, bem como a estadia, vai se realizar uma festa em breve, na continuidade de outras que já se têm feito, desta vez no Centro Cultural de Cessange. Espera-se que este espaço seja útil para a festa de angariação de fundos e torno deste projecto. O "projecto Valdino" está a ser levado a cabo pela Cultura Cabo-verdiana no Luxemburgo e pela associação francesa Cap Vert Cooperation, sendo que a Associação Amizade Cabo Verde – Luxemburgo se associou a esta causa para encontrar uma sala.

Dos largos anos que já leva no Luxemburgo, o olhar associativo de Firmino Neves é crítico e aponta a falta de união entre a comunidade, como resultado também da falta de união entre as associações cabo-verdianas.
"Cada um quer fazer as coisas por si e ninguém trabalha para a comunidade. Eu trabalho como voluntário para a minha associação, mas algumas pessoas que foram chegando nos últimos anos [às associações] não estão preparadas para a vida associativa, mas sim para fazer negócios e as associações não são para fazer negócios."

As críticas ainda se estendem ao programa Morabeza, da Rádio Latina, que é dirigida ao público cabo-verdiano.
"Do que tenho ouvido, está muito mal porque aquele programa é para a comunidade cabo-verdiana e não para fazer campanha. Tem sido partidário e a comunidade cabo-verdiana tem sido mal servida. Não podemos continuar com esta brincadeira", desabafa Firmino Neves.

A finalizar, Neves aproveitou para deixar um apelo: "estamos à espera que os jovens que têm gosto pela vida associativa e com conhecimentos de informática possam aparecer na nossa associação, porque estamos a precisar de pessoal."

Para qualquer informação sobre inscrições nos cursos de língua ou outros dados da associação: 26 19 62 16, 691 651 399 ou email gacv87@yahoo.fr
HB

29/11/2010

Associação Cultura Cabo-verdiana – Luxemburgo revela vertente humanitária

Vera Neves, Tomaz Medina, Nelson Neves,
Exone Lima e Fredy Andrade
A associação Cultura Cabo-verdiana – Luxemburgo (CCL), fundada em 2002, apresentou este fim-de-semana os projectos para 2011, de onde se destaca o lado humanitário, concentrado numa criança cabo-verdiana com problemas de saúde – Valdino Rodrigues.

Nélson Neves, presidente da CCL, aponta os objectivos: “O projecto mais importante, onde vamos concentrar todas as nossas forças vai ser o apoio ao jovem Valdino. Temos também a ideia de participar num torneio em Basileia (Suíça) e, por último, organizar aqui um torneio internacional aberto às outras comunidades, em Junho.”

Sobre o projecto Valdino, Vera Neves, simpatizante da CCL que tem dado a sua colaboração, refere que “Valdino Rodrigues é uma criança com falta de assistência médica, que não teve sorte no nascimento. Além de paralisia dos membros inferiores, tem tido muitos outros problemas.”

De concreto, adianta que “O objectivo era criar um fundo de solidariedade para ajudar esta criança e quando a CCL teve conhecimento eles disseram-me que estariam 100% neste projecto. Temos também a associação francesa Cap Vert Cooperation que já se disponibilizou para assegurar a assistência médica, sendo mais provável que a criança seja operada em França.” Garante ainda que o hospital de Metz já está sensibilizado e preparado para receber Valdino. Lamenta, no entanto, que no Luxemburgo haja mais problemas para receber a criança.

A nível de solidariedade, Vera Neves e CCL notam também dificuldades. “Há pessoas que ajudam, mas ainda não é suficiente para chegar ao ponto onde queremos chegar. Pelo país que é, a solidariedade no Luxemburgo ainda é fraca.”

A 18 de Dezembro, o Café La Station, em Rollingengrung, organiza um baile para obtenção de mais apoios. Vera Neves agradece ainda ao CLAE “que nos tem apoiado em tudo o que é documentação, ao café Velcom, em Schieren, que nos cedeu o espaço para fazermos uma festa, que nos permitiu angariar algo mais”.
Ainda sobre este projecto, a CCL alerta que não faz nenhum peditório porta a porta. Os donativos são feitos através da conta aberta CCL LU54 1111 2017 7010 0000.

A CCL, que ainda não conta com uma sede, tem subsistido graça às quotas dos membros e actividades de angariação de fundos. Actualmente contam com mais de 30 membros activos e, como se vê, vão além do cultural.

De 2002 para cá destacam-se a apresentação da exposição de pintura de Nelson Neves em Diekirch (2002), o apoio no concerto Diekirch goes Hip Hop (2007), o torneio de integração (2008), distribuição de material escolar na ilha de S. Antão (Cabo Verde) -2009 e “La journée de solidarité à travers le foot”, em Maio deste ano.
Nélson Neves pretende ainda, a médio prazo, que a CCL leve alguns jovens cabo-verdianos que nasceram aqui a “conhecer a realidade e dificuldades dos jovens de Cabo Verde“.
Para mais informações: 661 720 911 ou cultura.cabolux@live.fr
HB