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24/06/2012

Luxemburgo garante mais 6,5 milhões de euros para formação em energias renováveis

Cabo Verde conta ter, até finais de 2013, um Centro de Formação Profissional para as energias renováveis e a manutenção industrial, de qualificação de mão-de-obra especializada neste sector para o próprio arquipélago e a sub-região oeste-africana.

Este centro, a ser financiado pelo Luxemburgo com 6,5 milhões de euros, vai juntar-se ao Centro para as Energias Renováveis e Eficiência Energética (CEREEC) da África Ocidental, com sede igualmente na capital cabo-verdiana.

O futuro centro de formação é mais um passo para a concretização  da meta preconizada pelo governo do primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria das Neves, que desde 2008 aplica um vasto projecto de produção de energia de fontes renováveis.
Inicialmente a meta para 2020 era atingir 50 por cento da produção de energia eléctrica em todo o país com base em fontes renováveis, mas em Maio, o primeiro-ministro frisou que o patamar subiu para os 100 por cento. Neste momento, a taxa de penetração na rede pública de energia produzida a partir do vento e do sol atinge os 30 por cento.

Em Cabo Verde estão em funcionamento quatro parques eólicos nas ilhas de São Vicente, Santiago, Sal e Boavista que, no total, garantem uma potência instalada de cerca de 25,5 megawatts, o que, caso se juntem às duas centrais fotovoltaicas (7,5 megawatts) de que dispõe o arquipélago, permite uma poupança anual de combustíveis equivalentes a 12 milhões de euros (2,3 por cento do Orçamento do Estado) para 2012.

O novo estabelecimento de formação profissional de energias renováveis, que se junta também aos cursos ministrados desde 2009 pela Magensinus Cabo Verde, sucursal da congénere portuguesa, tem dois pisos e vai ser totalmente auto-suficiente em termos energéticos.

No acto de assinatura do contrato entre o governo do arquipélago e a empresa que venceu o concurso para a construção da obra, a ministra cabo-verdiana  da Juventude, Emprego e Desenvolvimento de Recursos Humanos, Janira Hopffer Almada, sublinhou que o centro, jun­tamente com a Escola de Turismo em Cabo Verde, é uma das o­bras mais ambiciosas de formação no país e que se trata de uma “grande oportunidade” para os jovens cabo-verdianos numa área “bastante inovadora”.

Janira Hopffer Almada afirmou que a formação a ministrar no centro permite combater o desemprego naquele país e internacionalizar os quadros cabo-verdianos, nomeadamente nos países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

20/02/2011

Cabo Verde cria primeiro laboratório de pesca

A ilha cabo-verdiana de São Vicente vai albergar este ano o Laboratório de Pesca de Cabo Verde, o primeiro na África Ocidental a ser receber o certificado ISO 17.025, norma que garante o funcionamento de um sistema de qualidade. A norma ISO 17.025 também atesta sobre a competência técnica e a capacidade de gerar resultados tecnicamente válidos das instituições contempladas.
Conforme garantiu o diretor-geral das Pescas de Cabo Verde, o laboratório, para além de servir a indústria e empresas cabo-verdianas ligadas ao setor, estará também em condições de abarcar qualquer empresa da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), interessada por certificar os seus produtos para a exportação.

A construção da infraestrutura física do laboratório, orçada em 55 milhões de escudos (cerca de 5,5 milhões de euros), vai ser cofinanciada pela Espanha e pelo Governo de Cabo Verde.

Este projeto está enquadrado no âmbito da estratégia traçada pelo Governo cabo-verdiano, visando transformar o arquipélago num centro internacional de prestação de serviços ligados ao mar (cluster do Mar). As informações são da Panapress.
Fonte: Portugal Digital

22/11/2010

Carlos Veiga quer transformar consulado cabo-verdiano em embaixada

De visita ao Luxemburgo, Carlos Veiga, líder do MpD e candidato às próximas eleições legislativas em Cabo Verde, reuniu-se este fim-de-semana com a comunidade cabo-verdiana no Centre Sócietere para apresentar as linhas mestras da sua política dirigida à diáspora, o seu rumo para Cabo Verde e ainda prometer trabalhar para criar uma embaixada no Luxemburgo.

Uma década depois de ter chefiado o governo de Cabo Verde, Veiga justifica o seu regresso à política, com as eleições já em início de 2011: “Achamos que foi desviada a dinâmica criada nos anos 90 e que podia ter conduzido Cabo Verde a um bom plano desenvolvimento. É preciso retomar outra vez o caminho do desenvolvimento e esse é o grande desafio deste regresso”.

Num encontro movimentado com sessão aberta a perguntas, o líder ventoinha viu-se purificado no fogo, sobretudo através de desafios lançados por elementos do PAICV e de alguns simpatizantes do MpD. Após o discurso esperado, foram vários os temas lançados pelo público, desde a segurança, desemprego, regionalização, recenseamento, obras públicas, etc.

Os momentos mais calorosos foram marcados pelas críticas de Antão Freitas, activista do PAICV, recebendo vários apupos quando ainda usava da palavra, já após ter ultrapassado os dois minutos determinados.
Já no final do encontro, a CABOLUX ouviu Veiga sobre a visita ao consulado, representado por Clara Delgado: “Vou colocar-me à disposição do nosso consulado para ser porta-voz das dificuldades que eventualmente existem, mas também porta-voz dos casos de sucesso.”
“Quando for governo, dada a importância do consulado no Luxemburgo, vamos ter a preocupação de o transformar numa verdadeira embaixada, porque o Luxemburgo é um parceiro fora de série de Cabo Verde e tem de ter também um tratamento fora de série”, acrescenta o líder do MpD.

Quanto às preocupações para com a diáspora, aponta a “preocupação permanente em relação à integração plena na sociedade de acolhimento; o papel do governo em criar um bom ambiente de recepção dos nossos imigrantes que vêm de férias ou regressam definitivamente a Cabo Verde.” 

Em terceiro lugar, “despartidarizar as relações entre Cabo Verde e as comunidades. Nas questões de Estado todos devem ser tratados com isenção, igualdade e não deve haver partidos. Os serviços têm de ser eficientes, não para criar problemas, mas sim para resolvê-los. Consulados e embaixadas têm que dar atenção à relação da nossa comunidade com Cabo Verde e isso faz-se com a ideia de que não há comissários políticos nas embaixadas.”
Por último, refere “o investimento da diáspora em Cabo Verde” também como linha de aposta.

Sobre as áreas prioritárias para o seu mandato, “primeiro temos de pensar nas pessoas, isso quer dizer, dar atenção a questões como o desemprego, pobreza, habitação, educação e saúde”. Depois desta fase aponta como caminho “o crescimento da economia aliado ao emprego de qualidade, que se faz através da criação de um bom ambiente de negócio, com investimento privado, seja nacional, emigrante ou estrangeiro.”

Perfil migratório de Cabo Verde
Em reacção à notícia do estudo “Perfil migratório de Cabo Verde” que dava conta de um aumento de 20% de imigrantes em 2009, na maioria da África Ocidental, e de um aumento da emigração qualificada, Veiga afirma que “como país pequeno, não podemos receber indiscriminadamente qualquer pessoa que vai para Cabo Verde, sobretudo os que para lá vão fazer uma competição no mercado de trabalho. Claro que somos a favor da livre circulação e da mesma maneira que queremos os cabo-verdianos bem integrados, queremos também os que lá estão a trabalhar bem integrados, regularizados, legalizados, a pagar os seus impostos e a contribuir para a segurança social, mas temos de criar barreiras a novas entradas de imigrantes condicionando a possibilidade de nos virem a criar problemas.”

Em relação aos emigrantes qualificados “precisamos de quadros, mas se calhar, se investirmos demasiado na educação vamos ter quadros em excesso. Exportação de quadros pode ser um dos serviços que podemos fazer, mas neste momento ainda estamos a precisar deles e não é bom sinal se os nossos quadros estão a ir para Angola ou outros países.

Dá o exemplo das câmaras municipais como fonte de absorção desses quadros “se apoiarmos, com certeza que as câmaras municipais podem ser uma fonte de absorção dessas mãos-de-obra qualificadas. Mas neste momento observamos o oposto, que é o governo a travar a admissão de quadros nos municípios, o que é inconcebível.”

CEDEAO
Sobre a recomendação feita a Cabo Verde para presidir a comissão da CEDEAO, Veiga afirma que “É bom e acho que devemos ser mais activos na CEDEAO para que este organismo seja posto num lugar certo que possa interessar a Cabo Verde. Acho difícil, mas se isso for conseguido é muito bom para Cabo Verde. Será uma boa medida e boa orientação de política que deve ser seguida. Se formos governo vamos continuar esta ideia de colocar quadros importantes em lugares de direcção na CEDEAO”.
HB