18/12/2010

Manuel Inocêncio Sousa de visita ao Luxemburgo

O candidato presidencial da área política do PAICV, Manuel Inocêncio Sousa, já se encontra no Luxemburgo. Essa visita de Inocêncio Sousa surge a convite do núcleo de apoio à sua candidatura naquela região da Europa, dirigido por Antão Freitas.

O aspirante ao Palácio de Plateau deverá cumprir nestes dias um vasto programa de contactos com a comunidade cabo-verdiana e suas organizações representativas no Luxemburgo. Tudo com o propósito de mobilizar apoios para o seu projecto presidencial junto dos crioulos residentes no Grão-Ducado do Luxemburgo.

Manuel Inocêncio Sousa teve ontem uma série de encontros com associações de cabo-verdianos na cidade de Ettelbruck. Para hoje está marcada uma reunião idêntica com as organizações representativas de cabo-verdianos na capital Luxemburgo. Já à noite, está previsto um jantar alargado aberto à comundade també na capital. Inocêncio Sousa deverá, depois de ouvir as declarações de incentivo à sua candidatura por parte de um grupo de cidadãos, agradecer os presentes por tal gesto.

Constam ainda do seu programa para a tarde de domingo, mais dois encontros com a nossa comunidade: um na região norte e o outro na capital Luxemburgo. O programa da segunda-feira, 20, será preenchido com contactos sociais personalizados. Manuel Inocêncio Sousa regressará a Cabo Verde na madrugada do mesmo dia.

Bancos de investimento da Europa e de África ultimaram acordo de financiamento a Cabo Verde

Os bancos de investimento europeu e africano ultimaram esta quarta-feira, no Luxemburgo, o acordo de financiamento de 45 milhões de euros para desenhar, construir e operar parques de energia eólica em quatro ilhas de Cabo Verde, anunciou a instituição europeia.
O projecto terá capacidade para gerar 28 megawatts de energia eléctrica e, sendo um dos maiores do género em África, ajudará o governo local a atingir o objectivo de ter 25 por cento das necessidades energéticas garantidas por energias renováveis até 2012 e 50 por cento até 2020.

O comunicado do Banco Europeu de Investimento (BEI) adianta que o projecto está a ser desenvolvido pela InfraCo, numa parceria público-privada entre o governo de Cabo Verde e a Electra - Empresa de Electricidade e Água de Cabo Verde.

Nos termos do acordo de financiamento, o BEI contribuirá com 30 milhões de euros e o Banco de Desenvolvimento Africano com 15 milhões de euros para o projecto que necessitará de um investimento de 65 milhões de euros.

16/12/2010

Alunos estrangeiros no Luxemburgo na cauda do sistema educativo

Três anos após o último estudo PISA, Luxemburgo mais uma vez mostra resultados decepcionantes que ilustram a dificuldade de integração dos estudantes estrangeiros.
Os dados do estudo da OCDE revelam que os estudantes do Luxemburgo estão abaixo da média, que avalia a compreensão da leitura, a matemática e as ciências.

O sentimento de decepção, à hora da apresentação dos resultados foi patente na ministra da educação Mady Delvaux-Stehres.
“Estou decepcionada por esta estagnação. É a motivação que é dramática. Não chegamos a passar aos alunos o hábito de leitura”, lamenta a ministra.
Vários representantes partidários (Déi Gréng, DP, etc.) vieram também a terreiro criticar a política de educação do governo, reclamando um reforma no sistema.

A situação única no Luxemburgo, é uma verdadeira dor de cabeça para o sistema escolar, que não tem encontrado uma solução milagrosa para os últimos 20 anos. Um record de taxa de estudantes estrangeiros, um trilinguísmo nem sempre fácil de gerir, alfabetização numa língua estrangeira, todos os ingredientes estão presentes para fazer uma política educação nacional quase insolúvel. O problema aumenta e o mau resultado neste estudo PISA não tranquiliza as autoridades públicas nem famílias, mesmo tendo em conta a situação única do Luxemburgo em comparação com outros países que ensinam apenas num idioma.

O desafio da integração dos estudantes estrangeiros.
Com quase 37% dos estudantes estrangeiros, um número que continua a aumentar, o desafio é enorme: a integração dos alunos que não têm o alemão ou luxemburguês como língua materna. A ênfase deve ser colocada, em primeiro lugar, numa das línguas nacionais aquando da alfabetização. Se a tendência é seguir o alemão, a selecção do francês deve ser dirigida mais para os romanófonos (portugueses, franceses, italianos, etc.), porque para eles “o alemão não é intuitivo", lembra a ministra.

A luta contra a repetição e o atraso escolar, foram dois aspectos apontados ao Luxemburgo pelos peritos que realizaram o PISA 2009. Além disso, directamente ou não, os relatores do estudo põem também em causa o sistema escolar luxemburguês, por estigmatizar os alunos não germanófonos e de estratos sociais mais desfavorecidos.

"Mais do que a língua, é o estatuto social que se apresenta como handicap para a maioria dos estudantes. Factores da língua e da imigração paradoxalmente têm menos valor. O nosso objectivo deve ser o de reduzir as desigualdades sociais", disse a ministra.

No Luxemburgo, as diferenças de desempenho entre estudantes locais e os estudantes estrangeiros são mais pronunciados do que na média da OCDE. Em todas as três áreas avaliadas, os alunos locais estão largamente à frente dos colegas estrangeiros: 25 pontos para a compreensão escrita e matemática e 30 pontos para a cultura científica. Estas diferenças correspondem a um atraso na aprendizagem de um pouco mais de uma metade de um ano escolar. Estas diferenças são ainda mais significativas quando observamos as condições socioeconómicas. Alunos provenientes de um ambiente favorável têm até dois anos lectivos de vantagem face aos alunos mais desfavorecidos.

Mas o quadro não é muito negro. Ao contrário de outros países, o Luxemburgo pode sempre afirmar ser capaz de oferecer aos seus alunos avaliação em duas línguas: o plurilinguismo continua a ser uma realidade e um trunfo para o Grão-Ducado, onde os alunos falam pelo menos dois idiomas.

No âmbito do estudo PISA, o Luxemburgo optou por realizar um estudo nacional adicional para comparar a compreensão dos alunos na escrita do alemão e Francês. Concluiu-se que os estudantes que preferiam o francês não são estimulados ao máximo do seu potencial de aprendizagem e que falta saber quais os factores que jogam contra os alunos romanófonos no ensino do francês, já que os germanófonos se encontram melhores.

DIFERENÇA
O estudo descobriu que os estudantes estrangeiros não germanófonos económica e culturalmente desfavorecidos recebem, em média, entre 120 e 140 pontos a menos que os alunos locais, germanófonos e favorecidos.
Uma lacuna de aprendizagem de três anos.

CIDADÃOS DESDE TENRA IDADE
Além da linguagem e da ciência, as escolas básicas e secundárias são também transmissores também de valores morais e de cidadania. Desde 2008, cerca de 30 mil euros foram dispensados para formar melhor os alunos nas áreas de educação para a cidadania e Direitos Humanos. Um investimento útil, porque, em comparação com outros países, o Grão-Ducado também nesta matéria faz má figura.
HB

13/12/2010

Ami ku Nhos espera resposta do governo há 6 anos

A associação Ami ku Nhos, através do seu presidente - Otílio Moreira, relembra que estão ainda à espera de uma resposta da parte das autoridades luxemburguesas ao pedido de apoio feito há 6 anos. Declarações proferidas este fim-de-semana, à margem da celebração do 10º aniversário da associação, em Schifflange.

Segundo Otílio Moreira, um dos objectivos da associação é precisamente “conseguir um local onde possamos estar unidos como hoje aqui no aniversário, seja também para um casamento, baptizado ou fim-de-semana de convívio. Mais do que dinheiro é disto que precisamos.” Lamenta a falta de apoio “principalmente dos cabo-verdianos porque não contamos com a ajuda do governo luxemburguês. Há 6 anos que esperamos uma resposta e até agora nada.”

Aproveita para deixar claro que “não precisamos de dinheiro para nós, mas sim para ajudar em Cabo Verde. Pedimos apoio e se alguém quer ajudar, ajuda. Se não quer ajudar, fazemos o que podemos.”
“Em todos pedidos que fazemos encontramos sempre alguém à nossa frente e temos de esperar a nossa vez. Até agora não encontramos nenhuma ajuda e tudo o que fazemos é do nosso trabalho, do nosso bolso por amor a Cabo Verde”, acrescenta.
A associação conta já com alguns contactos em Santa Catarina (Cabo Verde) e espera futuramente “ajudar as crianças em Cabo Verde que não têm meios para frequentar a escola. Não queremos que essas crianças sigam como os seus pais e que pelo menos aprendam a escrever o nome no papel.”

Um outro objectivo é “passar aos nossos filhos que nasceram no Luxemburgo a tradição cabo-verdiana para saberem quem somos.” Se a dança e as batukadeiras são um exemplo da força desta associação, é o grupo intergeracional dos seus associados que joga um papel importante nessa transmissão de valores, algo ímpar no seio associativo cabo-verdiano presente no Grão-Ducado.

Questionado sobre o papel da Federação das Associações Cabo-verdianas no Luxemburgo para conseguir esse espaço para todas as associações, Otílio Moreira diz que “é boa ideia, mas as associações teriam que se organizar para cada uma fazer as suas actividades sem sobreposição.”
Contudo, ainda não fazem parte da FACVL porque “não podemos andar sempre atrás deles. Já o fizemos, mas eles também têm de vir até nós. Queremos ajudá-los, mas eles têm que nos ajudar.”
“O problema é de comunicação”, lamenta.

Nestes 10 anos de existência, Ami ku Nhos tem demonstrado trabalho com 7 participações no Festival da Imigração, 4 presenças na Festa de Integração em Schifflange, duas participações na Festa da Integração em Belvaux e Sandweiler.
Neste momento contam com 75 membros activos.

A 15 de Janeiro, organizam em Paffental a missa de Stº Amaro, pelas 18h, seguido de jantar às 20h nesta mesma sala (Hondsport Club, Schifflange).
HB

Carmen Souza (en)cantou Luxemburgo

Com sala cheia na Philarmonie, Carmen Souza subiu ao palco vestida de luz, esta sexta-feira, acompanhada pelo eterno companheiro Theo Pascal, um dos mais talentosos e inspirados músicos / compositores / produtores portugueses e pelo enérgico pianista nigeriano Jonathan Idiagbonya.

Do novo álbum “Protegid” ouviram-se músicas como M’sta Li Ma Bo, Tentê Midj, Song fot my father, etc. e trabalhos do álbum anterior como Confiança, Verdade, entre outros. Duas horas e meia a deliciar o puro “estilo Carmen Sousa”.

De registar a sua grande amplitude vocal, que metaforicamente abrangia todo um público ecléctico e com pouquíssimos cabo-verdianos.

Em entrevista à Cabolux/Contacto, Carmen Souza falou-nos de “Protegid”.
“Gravamos no Canadá, Portugal, Paris, Londres, etc. porque estávamos em tournée. Decidimos trazer o estúdio connosco e todos estes sítios e estes músicos de vários países também trouxeram um pouco daquilo que é deles para a nossa música e isso tornou tudo mais interessante e cada vez temos mais improvisação, novos instrumentos.”

Respondendo à questão se se sentia uma cantora protegida, Carmen sorri e “agradeço a Deus todos os dias por isso. É um sentimento muito especial porque sinto que desde o início da minha vida fui protegida. Sempre tive pessoas à minha volta que cuidaram de mim e continua a ser assim. Tenho o Theo, tenho a minha manager e toda uma equipa de pessoas que percebem o que quero fazer e o que sou e seguem esta missão.”

Não se furtando aos elogios da crítica, que a vêem como a nova embaixadora da voz cabo-verdiana, a cantora não se deixa deslumbrar. “Temos construído as coisas com calma e não temos pressa. As pessoas, de certa forma, percebem aquilo que está a ser feito, mas estar a assumir ser a voz de Cabo Verde, hum... costumo dizer que sou voz de mim própria. Tenho todo o orgulho em misturar o batuke e a coladera na minha música, mas é tudo com o meu touch.”

Difícil de catalogar é o seu estilo musical porque “é um bocado limitador, mas para que as pessoas possam sintetizar o que fazemos... é Cabo Verde jazz, mas existem outros ritmos Afro envolvidos.”
Carmen Souza e Theo Pascal

Theo Pascal reforça: “há todo um conceito de liberdade, mas apesar do risco, dá-nos prazer e sentimo-nos muito mais honestos. Ela já tem três discos e todos deram frutos fortes e em frentes diferentes e alguns comuns e isso é o estilo Carmen Souza.”

A curto-médio prazo esperam-se novos projectos. “Um deles é o duo com o Theo, em que trazemos a primeira visão que tivemos das músicas. É muito cru e intimista.”

“A Carmen e eu estamos também a fazer pesquisas num projecto que será baseado na música de Cabo Verde e lusófona e a influência que o norte de África teve em Portugal. São as nossas raízes e queremos fazer essa ligação”, remata Theo.

Da partilha da sua mensagem com o público, Carmen diz que “a sensação é óptima, mas o mais importante é que no fim do concerto as pessoas se sintam diferentes. Esse é o feedback que temos recebido ao longo das tournées.”

Sobre o público cabo-verdiano, “dizem que isto é algo completamente novo, mas gostam. Espero poder chegar a eles também porque o meu crioulo é uma mistura do S. Antão, do badiu e tudo mais. Gosto de brincar com a musicalidade do crioulo, mas o que me importa é a musicalidade e a mensagem”, refere Carmen.

Veja a entrevista na íntegra:
http://www.slideshare.net/cabolux/entrevista-carmen-souza
HB

12/12/2010

Cabo Verde vai ser o primeiro país a receber ajuda orçamental do Luxemburgo

Cabo Verde vai ser o primeiro país a receber ajuda orçamental por parte de Luxemburgo, disse esta semana à Inforpress, o representante da Cooperação Luxemburguesa na Cidade da Praia, Thierry Lippert.
De acordo com Thierry Lippert, essa nova forma de cooperação entre Cabo Verde e Luxemburgo, a ser inaugurada em 2011, é o reconhecimento do “bom trabalho” que o país vem fazendo ao nível da gestão das contas públicas.

“Creio a ajuda orçamental é melhor forma de ajudar no desenvolvimento de um país. Mas o problema é que nem todos apresentam um nível aceitável em termos de gestão das contas públicas”, disse, adiantando que depois de uma análise do caso cabo-verdiano constatou-se que há as condições para essa modalidade de ajuda.

“Para nós foi uma grande decisão porque é a primeira vez que fazemos isso”, precisou Thierry Lippert.

Luxemburgo disponibilizou a Cabo Verde um total de 53 milhões de euros de 2006 a 2010, referentes ao II Programa Indicativo de Cooperação (PIC 2001-2010), com uma avaliação “bastante positiva”, conforme Thierry Lippert.

“Luxemburgo em 2006 prometeu 45 milhões de euros para os projectos até 2010. Já desembolsamos 53 milhões. Isto é uma indicação que os projectos se desenvolvem muito bem”, frisou aquele responsável em entrevista à Inforpress.

Através do III PIC, a vigorar de 2011 a 2015, assinado no mês de Julho, aquele país europeu vai disponibilizar ao arquipélago cabo-verdiano um total de 60 milhões de euros, um aumento de 33 por cento face ao PIC anterior.

A formação profissional, investimentos nos sectores da criação de emprego, micro-finanças para a promoção do auto-emprego, água, energias renováveis, a saúde escolar e o programa de cantina escolar são as áreas prioritárias desse novo programa.

Após as eleições, a representação de Luxemburgo na Cidade da Praia vai reunir-se com o novo Governo para juntos definirem as actividades concretas a serem desenvolvidas, adiantou Thierry Lippert.

Além da cooperação bilateral vai-se dar início em 2011 a um relacionamento trilateral com o envolvimento Tomé e Príncipe, através de uma cooperação Norte/Sul/Sul.

Fonte: Inforpress/Fim

11/12/2010

Cabo Verde mais perto da Europa

Mindelo será palco de um fim-de-semana histórico onde se espera, já amanhã, a criação da região da Macaronésia, com Açores, Madeira e Canárias.

Esta cimeira constitutiva da Macaronésia, segundo o primeiro-ministro José Maria Neves, vai permitir o incremento da cooperação cabo-verdiana com Portugal e Espanha e, sobretudo, com os restantes três arquipélagos.

"Estou particularmente satisfeito com a possibilidade de podermos criar a região da Macaronésia e criar condições para uma forte cooperação entre quatro arquipélagos que têm muito em comum", disse.

"Abre possibilidades de cooperação em áreas como os transportes aéreos e marítimos, tecnologias de informação e comunicação, segurança marítima, investigações oceanográficas, ensino superior, ciência e cultura e também as questões ambientais", salientou.

Falando da "grande vitória da diplomacia cabo-verdiana" e reivindicando a autoria da proposta, "prontamente aceite por Portugal e Espanha", o primeiro-ministro de Cabo Verde salientou a importância da iniciativa, reiterando a intenção de criar uma zona de paz, estabilidade e desenvolvimento económico.

"É um dos maiores ganhos da diplomacia cabo-verdiana, porque vamos conseguir criar uma âncora fundamental para Cabo Verde, para o crescimento económico e para a competitividade da economia cabo-verdiana, mas sobretudo para a criação de uma zona de paz, de estabilidade e de cooperação para o desenvolvimento para esta região do Atlântico", sublinhou.

Hoje e amanhã, vários temas possíveis de cooperação política e empresarial vão ser tratados pelas partes envolvidas neste projecto.

A presidir à reunião inaugural estará José Maria Neves, como anfitrião da Cimeira, que contará com a presença do chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado, do 3.º vice-presidente do Governo espanhol e de representantes das autoridades dos Açores, Madeira e Canárias.

A UE e a CEDEAO estarão representadas na Cimeira e contam com o estatuto de observadores.

09/12/2010

Carmen Souza na Philarmonie - concerto a não perder

O concerto da nova voz de Cabo Verde está marcado para esta sexta-feira, às 20h na Philarmonie.

Carmen Souza faz-se acompanhar por Theo Pascal e não só, num concerto que promete!
Espera-se bom ambiente e uma noite de feita de sonoridades ao melhor estilo de Carmen Souza.

Mais informações:

08/12/2010

2011 - ano quente para o turismo cabo-verdiano

Vários operadores turísticos europeus estão a operar voos adicionais para Cabo Verde nesta temporada de inverno, devido à crescente popularidade das ilhas de Cabo Verde no mercado turístico.

Cabo Verde foi um dos poucos destinos turísticos capazes de experimentar um forte aumento no número de visitantes durante a crise financeira de 2008-2009.
A indústria reduziu os preços para garantir o seu crescimento no mercado europeu e se tornou um dos destinos de inverno mais importantes para os turistas.

O crescimento da indústria do turismo em Cabo Verde, que actualmente está a abrir um resort após o outro, espera-se ser importante este ano. Em mercados maiores, os operadores têm planeado há muito tempo o aumento nas ligações a Cabo Verde para este inverno.
Agora, parece claro que este crescimento será ainda maior do que o previsto, estando muitas operadoras a anunciar voos adicionais para Cabo Verde como resposta a esta procura.

A última das empresas europeias a anunciar voos extras para a ilha do Sal, Cabo Verde, durante a época do Natal foi a LuxairTours, que vai começar a operar a partir do dia 20 deste mês.

Ao longo deste ano, Cabo Verde tem recebido excelentes críticas na imprensa europeia especializada em viagens e tem sido recomendada como um destino de inverno razoavelmente económico e com temperaturas quentes em muitas revistas de viagens na Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Espanha e Escandinávia.

Ainda recentemente, Cabo Verde foi notícia em Inglês e Francês na guia "Lonely Planet", que citou o arquipélago como um dos mais "quentes" do mundo em 2011. "Montanhas verdes em terraços, um vulcão que se eleva até as nuvens, desportos aquáticos de classe mundial e festivais," resume o livro, chamando as ilhas de Cabo Verde como o "as novas ilhas Canárias".

Além dos voos adicionais por operadores turísticos, voos regulares para Cabo Verde também têm visto um aumento acentuado em 2010, com ligações melhoradas, especialmente para a Espanha e Reino Unido.

07/12/2010

Cabo Verde: Cooperação Portuguesa disponibiliza 100 mil euros para financiamento de projetos dos emigrantes

O Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) vai disponibilizar ao IEFP cabo-verdiano 100 mil euros para o financiamento de iniciativas dos emigrantes cabo-verdianos residentes na Europa que queiram investir em Cabo Verde.

A informação foi avançada à agência Inforpress pelo presidente do Conselho de Administração do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), Anastácio Silva, momentos antes da assinatura do protocolo que formaliza a disponibilização da verba.

“O acordo insere-se dentro do projeto CAMPO e tem a ver com a gestão desse fundo, que vai ser utilizado para financiar iniciativas dos nossos emigrantes que se encontram na Europa, mais concretamente em Portugal e Espanha, e que queiram fazer o seu investimento aqui em Cabo Verde”, adiantou.

O Centro de Apoio ao Migrante no País de Origem (CAMPO) instalou-se em 2009 na Cidade da Praia, visando dar apoio aos que pretendem procurar emprego em Portugal ou a emigrantes que queiram voltar para o país de origem.

O CAMPO é uma iniciativa de Portugal e Espanha, enquadrada na Parceria para a Mobilidade estabelecida entre Cabo Verde e a União Europeia (UE) em Junho de 2008, e visa promover uma melhor gestão dos fluxos migratórios entre os “27” e Cabo Verde.

O CAMPO vai apresentar aos candidatos as alternativas à emigração existentes em Cabo Verde, como oportunidades de qualificação profissional, formação ou acesso a projetos de micro crédito.

Outra componente é a reintegração dos cidadãos na diáspora que desejem regressar a Cabo Verde, com o CAMPO a trabalhar em parceria com várias instituições nacionais para identificação de oportunidades formativas ou de negócio, contas especiais emigrante e acesso ao crédito.

Até junho último, o CAMPO prestava apoio apenas a jovens que queriam estudar em Portugal, tendo já assistido 1300 pessoas.

A par do IPAD, o IEFP cabo-verdiano assinou também um outro protocolo com a Organização das Mulheres de Cabo Verde (OMCV), instituição que o vai coadjuvar na gestão desse fundo.

Segundo Anastácio Silva, o IEFP vai ocupar-se da gestão efetiva dos recursos, nomeadamente a planificação, execução e o seguimento dos projetos, e a OMCV vai apoiar os emigrantes na identificação, elaboração das iniciativas e dos planos de negócio.

Anastácio Silva adiantou ainda que os projetos a financiar serão selecionados em função da agenda de transformação do país, que já define as principais áreas de desenvolvimento, entre elas o turismo, tecnologias do mar e da terra, economia da cultura e transformação dos produtos agrícolas.

O primeiro protocolo foi assinado pelo presidente do IEFP, Anastácio Silva, e pela embaixadora de Portugal em Cabo Verde, Graça Andresen Guimarães, em representação do IPAD, enquanto o segundo documento foi rubricado por Anastácio Silva e pela presidente da OMCV, Idalina Freire.

Fonte: Ag. Infopress

05/12/2010

Associação Ami Ku Nhos celebra 10° aniversário

Para celebrar uma década de existência, a Associação "Ami Ku Nhos" organiza no próximo Sábado, 11 de Dezembro, uma festa-convívio que terá lugar na Hond-Sport Club (Rua Hédange, em Schifflange ), pelas 15 horas.

Para corresponder às expectativas, não faltarão as especialidades cabo-verdianas e a música e dança da terra prometem trazer mais gosto ao resto do dia. O convite fica desde já lançado a todos os membros e simpatizantes, que devem confirmar a sua participação através dos telefones 27991406, 621220007 ou 661616104.

Fundada em 2000, a associação Ami Ku Nhos é uma associação baseada no respeito, amizade e cultura. Embora a maioria dos seus membros seja de origem cabo-verdiana, a sua abertura tem permitido a sua participação em grandes eventos interculturais organizados no Luxemburgo.

As suas actividades têm sido executadas através de uma abordagem responsável, focada na promoção da cultura cabo-verdiana - dança, teatro, gastronomia - em relação à cultura de acolhimento. Desta forma, a associação participa todos os anos no Festival das Migrações, Culturas e Cidadania, organiza festas e refeições interculturais.
HB

02/12/2010

Cooperação luxemburguesa financia 1.ª escola de turismo em Cabo Verde

A primeira Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde (EHTCV), financiada em cerca de 8 milhões de euros pela cooperação luxemburguesa, inicia actividade no primeiro trimestre de 2011, garante a directora da instituição.

Fátima Timas indica que a escola, com uma área de 4.743 metros quadrados, situada na Cidade da Praia, está dividida em diversos núcleos, sendo que no primeiro estão as salas de aula teóricas, de informática, sala de professores, biblioteca, zonas técnicas, parque automóvel e pátio. No segundo bloco funciona a pastelaria e padaria, cozinhas, cais de carga e descarga, economato, oficina de manutenção, lavandaria e vestiários para formadores e alunos. No terceiro núcleo situa-se o restaurante e bar de aplicação, a sala de banquetes e outra polivalente, um terraço, com esplanada, e o bar dos alunos.

Em 2011 a escola vai receber cerca de 500 alunos, em que 200 deles estarão em formação inicial, 100 em contínua e 180 em especialização, cursos desenvolvidos para licenciados ou quadros que já trabalham no sector.

Recepção e Governação, Cozinha e Pastelaria e Restaurante e Bar são os cursos a serem abertos. Ainda na área do turismo, mas para uma fase posterior, estão previstos os cursos de Técnico de Agência de Viagens e Turismo e de Guia e Animador Turístico.

A EHTCV abrirá ainda cursos para licenciados em Turismo que queiram fazer formação especializada em áreas como a organização e gestão de eventos e de Pequenas e Médias Empresas (PME) na área da hotelaria, restauração e turismo, e higiene e segurança alimentar.

Fátima Timas adianta que os formadores estão já a ser preparados, tendo o Luxemburgo disponibilizado dois chefes especialistas em cozinha e restaurante.

A escola conta ainda com um corpo docente cabo-verdiano, sendo que dois já estão em formação no Brasil e os restantes nove devem deslocar-se este mês a Portugal, para formação no âmbito de um protocolo com o Instituo do Turismo português.

A cooperação luxemburguesa vai ainda financiar a construção de uma residência estudantil, para que alunos de outras ilhas possam frequentar a escola. A este propósito, a ministra do Trabalho, Família e Solidariedade cabo-verdiana, Madalena Neves, que visitou hoje a escola, salientou que a residência estudantil é uma componente "importante" do projecto, pois vai permitir estendê-lo a todas as ilhas. "É uma escola aberta, que vai estar em todas as ilhas e que vai trabalhar com o sector privado, em função do sector privado. Seja na Boavista, no Sal, no Maio, a escola vai preparar-se para ministrar a formação onde as empresas necessitem dela". Madalena Neves destacou ainda que a escola vai permitir que os serviços ligados ao turismo e hotelaria no país tenham mais qualidade.

Fonte: jornal OJE

Último dia para bilhetes do concerto de Zé Espanhol

É já amanhã que o cantor cabo-verdiano Zé Espanhol vai actuar na discoteca Dreams (34, bld Prince Henri), em Esch/Alzette.
Zé Espanhol tem-se destacado nos últimos anos no estilo funaná, onde temas como "Sacudim djan bem", "Puia Branca", entre outros têm contribuído para o sucesso do artista.
O cantor, natural da freguesia de São João Baptista, iniciou a carreira em 2008, no projecto Verão daquele ano.
Em 2009 foi novamente convidado para o projecto Verão, tendo participado com duas faixas musicais e também foi um dos integrantes do disco "Cabo Verde em Peso".

Recorde-se que o cantor foi este ano homenageado, juntamente com outros artistas, no Município de Ribeira Grande de Santiago.

Os bilhetes estão em pré-venda pelo tel. 691 235 525. As entradas são limitadas apenas aos bilhetes comprados em pré-venda. Bilheteira estará fechada amanhã.
HB