07/12/2010

Cabo Verde: Cooperação Portuguesa disponibiliza 100 mil euros para financiamento de projetos dos emigrantes

O Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) vai disponibilizar ao IEFP cabo-verdiano 100 mil euros para o financiamento de iniciativas dos emigrantes cabo-verdianos residentes na Europa que queiram investir em Cabo Verde.

A informação foi avançada à agência Inforpress pelo presidente do Conselho de Administração do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), Anastácio Silva, momentos antes da assinatura do protocolo que formaliza a disponibilização da verba.

“O acordo insere-se dentro do projeto CAMPO e tem a ver com a gestão desse fundo, que vai ser utilizado para financiar iniciativas dos nossos emigrantes que se encontram na Europa, mais concretamente em Portugal e Espanha, e que queiram fazer o seu investimento aqui em Cabo Verde”, adiantou.

O Centro de Apoio ao Migrante no País de Origem (CAMPO) instalou-se em 2009 na Cidade da Praia, visando dar apoio aos que pretendem procurar emprego em Portugal ou a emigrantes que queiram voltar para o país de origem.

O CAMPO é uma iniciativa de Portugal e Espanha, enquadrada na Parceria para a Mobilidade estabelecida entre Cabo Verde e a União Europeia (UE) em Junho de 2008, e visa promover uma melhor gestão dos fluxos migratórios entre os “27” e Cabo Verde.

O CAMPO vai apresentar aos candidatos as alternativas à emigração existentes em Cabo Verde, como oportunidades de qualificação profissional, formação ou acesso a projetos de micro crédito.

Outra componente é a reintegração dos cidadãos na diáspora que desejem regressar a Cabo Verde, com o CAMPO a trabalhar em parceria com várias instituições nacionais para identificação de oportunidades formativas ou de negócio, contas especiais emigrante e acesso ao crédito.

Até junho último, o CAMPO prestava apoio apenas a jovens que queriam estudar em Portugal, tendo já assistido 1300 pessoas.

A par do IPAD, o IEFP cabo-verdiano assinou também um outro protocolo com a Organização das Mulheres de Cabo Verde (OMCV), instituição que o vai coadjuvar na gestão desse fundo.

Segundo Anastácio Silva, o IEFP vai ocupar-se da gestão efetiva dos recursos, nomeadamente a planificação, execução e o seguimento dos projetos, e a OMCV vai apoiar os emigrantes na identificação, elaboração das iniciativas e dos planos de negócio.

Anastácio Silva adiantou ainda que os projetos a financiar serão selecionados em função da agenda de transformação do país, que já define as principais áreas de desenvolvimento, entre elas o turismo, tecnologias do mar e da terra, economia da cultura e transformação dos produtos agrícolas.

O primeiro protocolo foi assinado pelo presidente do IEFP, Anastácio Silva, e pela embaixadora de Portugal em Cabo Verde, Graça Andresen Guimarães, em representação do IPAD, enquanto o segundo documento foi rubricado por Anastácio Silva e pela presidente da OMCV, Idalina Freire.

Fonte: Ag. Infopress

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