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03/07/2012

MpD vence novamente autárquicas em Cabo Verde

Foto: Moisés Santiago
O Movimento para a Democracia (MpD) foi o grande vencedor das eleições autárquicas deste domingo em Cabo Verde, ganhando mais duas câmaras que em 2008 e subindo em termos de votação.
O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) conseguiu ganhar ao MpD um concelho em Santo Antão (Porto Novo), mas perdeu três municípios para o principal partido da oposição: Tarrafal de São Nicolau, Paul e Brava.
O MpD fica com 13 concelhos, o PAICV desce para oito e o Grupo Independente da Mudança para a Confirmação e Consolidação das Cidades, que tem o apoio do Movimento para a Democracia, mantém o concelho do Sal.
"Há uma vitória clara do MpD e uma derrota clara do PAICV. Continuamos a ser o maior partido a nível local", sintetizou Carlos Veiga (MpD), para quem o resultado das eleições constitui um "recado claro do descontentamento da população" em relação ao Governo de José Maria Neves, primeiro-ministro desde 2001. Veiga lamentou ainda assim a perda do município de Porto Novo para o PAICV.
José Maria Neves, por seu lado, reconheceu a derrota do PAICV nas eleições. "Não atingimos os objectivos preconizados", que passavam pela "manutenção das 10 câmaras ganhas em 2008 e a conquista de pelo menos mais duas". Neves mostrou-se surpreendido pela perda das edilidades do Paul de Santo Antão e do Tarrafal de São Nicolau, admitindo o "desgaste" de 21 anos de poder na Brava para justificar a derrota na ilha mais a sul do arquipélago.
Garantindo que cumprirá o mandato de primeiro-ministro até às próximas legislativas, em 2016, a que já disse que não se vai candidatar, José Maria Neves defendeu que não foi o Governo que esteve a ser avaliado nas autárquicas e que "não se pode misturar as coisas".

22/11/2010

Carlos Veiga quer transformar consulado cabo-verdiano em embaixada

De visita ao Luxemburgo, Carlos Veiga, líder do MpD e candidato às próximas eleições legislativas em Cabo Verde, reuniu-se este fim-de-semana com a comunidade cabo-verdiana no Centre Sócietere para apresentar as linhas mestras da sua política dirigida à diáspora, o seu rumo para Cabo Verde e ainda prometer trabalhar para criar uma embaixada no Luxemburgo.

Uma década depois de ter chefiado o governo de Cabo Verde, Veiga justifica o seu regresso à política, com as eleições já em início de 2011: “Achamos que foi desviada a dinâmica criada nos anos 90 e que podia ter conduzido Cabo Verde a um bom plano desenvolvimento. É preciso retomar outra vez o caminho do desenvolvimento e esse é o grande desafio deste regresso”.

Num encontro movimentado com sessão aberta a perguntas, o líder ventoinha viu-se purificado no fogo, sobretudo através de desafios lançados por elementos do PAICV e de alguns simpatizantes do MpD. Após o discurso esperado, foram vários os temas lançados pelo público, desde a segurança, desemprego, regionalização, recenseamento, obras públicas, etc.

Os momentos mais calorosos foram marcados pelas críticas de Antão Freitas, activista do PAICV, recebendo vários apupos quando ainda usava da palavra, já após ter ultrapassado os dois minutos determinados.
Já no final do encontro, a CABOLUX ouviu Veiga sobre a visita ao consulado, representado por Clara Delgado: “Vou colocar-me à disposição do nosso consulado para ser porta-voz das dificuldades que eventualmente existem, mas também porta-voz dos casos de sucesso.”
“Quando for governo, dada a importância do consulado no Luxemburgo, vamos ter a preocupação de o transformar numa verdadeira embaixada, porque o Luxemburgo é um parceiro fora de série de Cabo Verde e tem de ter também um tratamento fora de série”, acrescenta o líder do MpD.

Quanto às preocupações para com a diáspora, aponta a “preocupação permanente em relação à integração plena na sociedade de acolhimento; o papel do governo em criar um bom ambiente de recepção dos nossos imigrantes que vêm de férias ou regressam definitivamente a Cabo Verde.” 

Em terceiro lugar, “despartidarizar as relações entre Cabo Verde e as comunidades. Nas questões de Estado todos devem ser tratados com isenção, igualdade e não deve haver partidos. Os serviços têm de ser eficientes, não para criar problemas, mas sim para resolvê-los. Consulados e embaixadas têm que dar atenção à relação da nossa comunidade com Cabo Verde e isso faz-se com a ideia de que não há comissários políticos nas embaixadas.”
Por último, refere “o investimento da diáspora em Cabo Verde” também como linha de aposta.

Sobre as áreas prioritárias para o seu mandato, “primeiro temos de pensar nas pessoas, isso quer dizer, dar atenção a questões como o desemprego, pobreza, habitação, educação e saúde”. Depois desta fase aponta como caminho “o crescimento da economia aliado ao emprego de qualidade, que se faz através da criação de um bom ambiente de negócio, com investimento privado, seja nacional, emigrante ou estrangeiro.”

Perfil migratório de Cabo Verde
Em reacção à notícia do estudo “Perfil migratório de Cabo Verde” que dava conta de um aumento de 20% de imigrantes em 2009, na maioria da África Ocidental, e de um aumento da emigração qualificada, Veiga afirma que “como país pequeno, não podemos receber indiscriminadamente qualquer pessoa que vai para Cabo Verde, sobretudo os que para lá vão fazer uma competição no mercado de trabalho. Claro que somos a favor da livre circulação e da mesma maneira que queremos os cabo-verdianos bem integrados, queremos também os que lá estão a trabalhar bem integrados, regularizados, legalizados, a pagar os seus impostos e a contribuir para a segurança social, mas temos de criar barreiras a novas entradas de imigrantes condicionando a possibilidade de nos virem a criar problemas.”

Em relação aos emigrantes qualificados “precisamos de quadros, mas se calhar, se investirmos demasiado na educação vamos ter quadros em excesso. Exportação de quadros pode ser um dos serviços que podemos fazer, mas neste momento ainda estamos a precisar deles e não é bom sinal se os nossos quadros estão a ir para Angola ou outros países.

Dá o exemplo das câmaras municipais como fonte de absorção desses quadros “se apoiarmos, com certeza que as câmaras municipais podem ser uma fonte de absorção dessas mãos-de-obra qualificadas. Mas neste momento observamos o oposto, que é o governo a travar a admissão de quadros nos municípios, o que é inconcebível.”

CEDEAO
Sobre a recomendação feita a Cabo Verde para presidir a comissão da CEDEAO, Veiga afirma que “É bom e acho que devemos ser mais activos na CEDEAO para que este organismo seja posto num lugar certo que possa interessar a Cabo Verde. Acho difícil, mas se isso for conseguido é muito bom para Cabo Verde. Será uma boa medida e boa orientação de política que deve ser seguida. Se formos governo vamos continuar esta ideia de colocar quadros importantes em lugares de direcção na CEDEAO”.
HB

18/11/2010

Carlos Veiga encontra-se com a comunidade no dia 21

O Movimento para a Democracia, MPD, convida toda a comunidade cabo-verdiana, militantes, amigos e simpatizantes para um encontro-convívio com o Dr. Carlos Veiga, candidato a primeiro ministro de Cabo-Verde, acompanhado pelo Engenheiro Jorge Santos e José Luís Livramento. O evento terá lugar no centro Sociétaire, na rua de Strasbourg no Domingo, dia 21 de Novembro entre as 14h00 e as 20h00. Haverá muita animação. Para mais informações ligue para o 621 21 93 85.