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13/10/2013

Cabo-verdianos celebram Dia da Cultura e das Comunidades no Luxemburgo


O Dia da Cultura e das Comunidades de Cabo Verde (18 de Outubro) vai ser assinalado no próximo domingo, dia 20, na cidade do Luxemburgo com uma tarde cultural, a partir das 14h, na sede da associação Amizade Cabo-verdiana, (19, rue Michel Welter).

O programa tem início às 14h com a projecção de um vídeo sobre as ilhas de Cabo Verde. Às 15h, e já com a presença da encarregada de Negócios da Embaixada de Cabo Verde, Clara Delgado, tem lugar uma homenagem simbólica a três artistas cabo-verdianos residentes no Luxemburgo: os músicos Zé Delgado e Ney Évora, e o artista plástico Nelson Neves.

Segue-se o momento esperado da tarde com a presença da escritora cabo-verdiana Glória Monteiro, que vai apresentar o seu livro de poesias “Poesia das Lágrimas”.

Glória Monteiro, residente na Holanda, vai apresentar o seu recente trabalho “Poesia das lágrimas”, da chancela da Chiado Editora. Um livro que conta, através da poesia, as amarguras, os desabafos e as alegrias de uma jovem menina longe de casa e dos seus.

"Poesia das lágrimas" é o primeiro livro da escritora, de 28 anos, e já foi apresentado na Casa da Cultura, na Holanda, e na livraria "Les enfants terribles", em Lisboa.
O programa cultural está previsto terminar com uma participação musical de Humberto da Graça e amigos, seguido por um convívio.

O evento é organizado por um grupo de cabo-verdianos e conta com a parceria da associação Amizade Cabo-verdiana, Epicerie Creole, café brasserie Metissage e restaurante Ociani.

Fonte: Wort.lu/Aleida Vieira

23/11/2012

Nélson Neves expõe 10 anos de pintura

Para celebrar os 10 anos no circuito das artes plásticas, o pintor cabo-verdiano radicado no Luxemburgo, Nélson Neves, expõe “Evolução”, patente entre hoje e 27 de Novembro. São 40 quadros do autor que podem ser vistos na galeria de arte Maggy Stein, no castelo de Betemburgo.

"Esta exposição serve para assinalar os dez anos dentro do circuito da pintura. Ao todo são 40 quadros, entre eles alguns novos e outros que fui pintando ao longo destes dez anos", diz o pintor ao Cabolux.
Cores vivas, movimento e energia são os ingredientes que Nélson Neves põe na balança para conseguir uma certa harmonia e equilíbrio no resultado final, sejam eles quadros abstractos ou figurativos. Neles podem ser apreciadas cenas quotidianas do folclore cabo-verdiano, mas também incursões fora do âmbito insular, mais universais.
"Posso pintar pescadores a arrastar botes, vendedoras de peixe, um agricultor com a enxada na mão ou ainda crianças a brincar na rua, mas não sou um pintor do folclore, desta ou daquela área específica. Não gosto dessas gavetas. Tenho a liberdade de mexer em tudo no mundo da pintura e gosto de experimentar coisas novas. Há pessoas que preferem as obras figurativas porque vêem aí uma realidade que lhes é familiar. Outras, preferem as abstractas porque elas mesmas podem ser mais activas e ver ali o que mais ninguém vê. Por isso, não me fico só por aquilo que é tipicamente cabo-verdiano e tento ir um pouco mais além."
Nélson Neves nasceu em Santo Antão e chegou ao Luxemburgo em 1980, com sete anos de idade. E foi precisamente durante a infância que descobriu o mundo da pintura.
"Comecei na pintura desde criança e com o tempo fui crescendo nesta arte, passando também pela formação. Foi todo um processo natural e quando assim é, nada é difícil, nada é forçado. As coisas saem espontaneamente e quando se gosta ainda mais fácil se torna".
Em 2001 expôs pela primeira vez, no quadro da semana Cabo-verdiana (em Rodange), e desde aí conta que as coisas mudaram.
"Até então pintava para mim e a partir daí comecei a tomar a pintura mais a sério. Foi-me abrindo algumas portas e hoje chamam-me para dar aulas de pintura em liceus e escolas primárias. Não sou professor, mas se me convidam é porque conhecem o meu percurso. A pintura deu-me também a oportunidade de viajar bastante, conhecer outras culturas, organizar ateliers de pintura no Luxemburgo, em S. Vicente, Praia e S. Antão. Se em França, no Luxemburgo ou em Cabo Verde as pessoas conhecem Nélson Neves posso dizer que é graças à minha pintura", reconhece o artista plástico.
Hoje, trabalhar na pintura é um "privilégio", e quando chega o desafio de enfrentar um novo trabalho a relação é de "entrega total", confia ao Cabolux.
"A pintura é uma grande paixão. Quando estou na fase de produção, o tempo não existe e essa relação com a pintura é de entrega é total. Não importa o tempo que passo à frente de um quadro, porque esse tempo, acompanhado pela música ou em silêncio, é um privilégio."
Em 2008 foi convidado Ministério da Cultura do Luxemburgo para expor na cidade da Praia. Diz que foi o acontecimento artístico mais marcante.
"O que mais me marcou foi a minha participação na "Semana do Luxemburgo", que decorreu na Praia, em Julho de 2008. Fui convidado pelo Ministério da Cultura do Luxemburgo e pela primeira vez tive a oportunidade de mostrar o meu trabalho na minha terra. A nível emocional foi uma experiência muito forte. Emigrei com sete anos e passados tantos anos regressei para mostrar o que aprendi lá fora."
Da experiência que teve no terreno destaca a "potencialidade" entre os jovens, a falta de material e formação, e reclama mais apoio à divulgação dos trabalhos artísticos dentro e fora do país.
"Temos muitos e bons artistas e também jovens pintores com talento. Trabalhei no terreno em Cabo Verde e pude constatar essa potencialidade entre os nossos jovens. Agora, o que lhes falta é material, formação e o apoio das pessoas. Quando um jovem pinta e se lhe dá uma palavra de incentivo isso é já um grande apoio para seguir nesta arte. Quanto ao trabalho dos nossos artistas devia ser mais divulgado dentro e fora do país. Da mesma forma, a crítica de arte em Cabo Verde é necessária. Não sei se ela realmente existe ou se anda desapercebida, mas tem de se mostrar para o bem do crescimento artístico." Quanto ao trabalho dos decisores políticos em prol da arte, Nélson Neves mostra-se também crítico e diz que é preciso um "trabalho de "raiz".
"Há todo um trabalho a ser feito pelos nossos decisores políticos. Um trabalho de raiz que invista a sério na educação artística dentro do sistema de ensino, que trabalhe com as crianças desde cedo. A arte é fundamental para o desenvolvimento de um país e merece uma maior aposta", refere o santantonense, que não vê com maus olhos a possibilidade de alguns artistas em dar aulas.
"Mesmo sendo alguém externo ao sistema de ensino, o artista seria sem sombra de dúvidas uma mais-valia na formação das nossas crianças e jovens. Não só pela experiência de vida diferente, mas sobretudo pela maneira como pode ensinar a ver a arte. Já agora, porque não um liceu de arte em Cabo Verde?", desafia o pintor.
A vernissage está marcada para as 19h de hoje. A exposição tem entrada gratuita e pode ser vista entre as 9h e as 19h no castelo de Betemburgo (13, rue du Châteaux).
Texto e fotos: Henrique de Burgo

11/07/2012

Luxemburgo: Cabo-verdianos celebraram 37 anos de independência

Fotos: Manuel Centeio
A comunidade cabo-verdiana do Luxemburgo esteve em festa no fim-de-semana para comemorar o dia da independência, proclamada a 5 de Julho de 1975. Apesar da chuva, foram muitos os cabo-verdianos que passaram no domingo pela sede da Associação Amizade Cabo Verde, na capital, recordando o herói da independência, Amílcar Cabral.

A música tradicional, com o grupo musical formado por Djamilo, Toy e Armando, o grupo de contradanças do Luxemburgo e a banda "Estrela Negra", da associação cabo-verdiana de Fameck, esteve em alta, levando muitos a dançar.



O pintor Nelson Neves, bem conhecido no Luxemburgo, organizou um atelier de pintura para crianças que entusiasmou os mais novos. No final, todos receberam certificados de participação.
No domingo, as festividades encerraram com a entrega das taças do torneiro de futebol do Dia da Independência. Três equipas participaram no torneio amador, no sábado à tarde, no estádio do Racing Luxembourg, em Bonnevoie. No final, os Veteranos do Norte conquistaram o primeiro lugar e a taça de campeões do torneio amigável.

Foto: Anouk Antony
Foto: Anouk Antony

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: CONTACTO/Manuel Centeio

08/05/2011

Jornada de solidariedade na chegada de Valdino Rodrigues

O Centro Cultural de Cessange acolheu este sábado a jornada de solidariedade a favor do "projecto Valdino", organizada pela Cultura Cabo-Verdiana no Luxemburgo, em parceria com o Grupo Amizade Cabo-Verdiana e Associação de Pais de Origem Cabo-verdiana (APADOC).

Aberta a toda comunidade cabo-verdiana, a tarde foi colorida por uma feira de velharias para crianças e um espaço de pintura e escrita. Já mais à noite, houve lugar a um jantar de beneficência com as iguarias típicas de Cabo Verde.

Acompanhado pela mãe, Valdino Rodrigues chegou recentemente de Cabo Verde para se submeter a uma intervenção cirúrgica de algum risco no hospital de Metz.

Vera Neves, uma das impulsionadoras deste projecto de solidariedade e simpatizante da associação Cultura Cabo-Verdiana, relembra que “Valdino Rodrigues é uma criança com falta de assistência médica, que não teve sorte no nascimento. Além de paralisia dos membros inferiores, tem tido muitos outros problemas.”

O fundo de solidariedade criado para o "projecto Valdino" continua aberto para todos os que queiram ajudar esta criança.

O presidente da Cultura Cabo-Verdiana, Nelson Neves, alerta que a CCL não faz nenhum peditório porta a porta. Os donativos são feitos através da conta aberta CCL LU54 1111 2017 7010 0000

HB

29/11/2010

Associação Cultura Cabo-verdiana – Luxemburgo revela vertente humanitária

Vera Neves, Tomaz Medina, Nelson Neves,
Exone Lima e Fredy Andrade
A associação Cultura Cabo-verdiana – Luxemburgo (CCL), fundada em 2002, apresentou este fim-de-semana os projectos para 2011, de onde se destaca o lado humanitário, concentrado numa criança cabo-verdiana com problemas de saúde – Valdino Rodrigues.

Nélson Neves, presidente da CCL, aponta os objectivos: “O projecto mais importante, onde vamos concentrar todas as nossas forças vai ser o apoio ao jovem Valdino. Temos também a ideia de participar num torneio em Basileia (Suíça) e, por último, organizar aqui um torneio internacional aberto às outras comunidades, em Junho.”

Sobre o projecto Valdino, Vera Neves, simpatizante da CCL que tem dado a sua colaboração, refere que “Valdino Rodrigues é uma criança com falta de assistência médica, que não teve sorte no nascimento. Além de paralisia dos membros inferiores, tem tido muitos outros problemas.”

De concreto, adianta que “O objectivo era criar um fundo de solidariedade para ajudar esta criança e quando a CCL teve conhecimento eles disseram-me que estariam 100% neste projecto. Temos também a associação francesa Cap Vert Cooperation que já se disponibilizou para assegurar a assistência médica, sendo mais provável que a criança seja operada em França.” Garante ainda que o hospital de Metz já está sensibilizado e preparado para receber Valdino. Lamenta, no entanto, que no Luxemburgo haja mais problemas para receber a criança.

A nível de solidariedade, Vera Neves e CCL notam também dificuldades. “Há pessoas que ajudam, mas ainda não é suficiente para chegar ao ponto onde queremos chegar. Pelo país que é, a solidariedade no Luxemburgo ainda é fraca.”

A 18 de Dezembro, o Café La Station, em Rollingengrung, organiza um baile para obtenção de mais apoios. Vera Neves agradece ainda ao CLAE “que nos tem apoiado em tudo o que é documentação, ao café Velcom, em Schieren, que nos cedeu o espaço para fazermos uma festa, que nos permitiu angariar algo mais”.
Ainda sobre este projecto, a CCL alerta que não faz nenhum peditório porta a porta. Os donativos são feitos através da conta aberta CCL LU54 1111 2017 7010 0000.

A CCL, que ainda não conta com uma sede, tem subsistido graça às quotas dos membros e actividades de angariação de fundos. Actualmente contam com mais de 30 membros activos e, como se vê, vão além do cultural.

De 2002 para cá destacam-se a apresentação da exposição de pintura de Nelson Neves em Diekirch (2002), o apoio no concerto Diekirch goes Hip Hop (2007), o torneio de integração (2008), distribuição de material escolar na ilha de S. Antão (Cabo Verde) -2009 e “La journée de solidarité à travers le foot”, em Maio deste ano.
Nélson Neves pretende ainda, a médio prazo, que a CCL leve alguns jovens cabo-verdianos que nasceram aqui a “conhecer a realidade e dificuldades dos jovens de Cabo Verde“.
Para mais informações: 661 720 911 ou cultura.cabolux@live.fr
HB