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03/07/2012

MpD vence novamente autárquicas em Cabo Verde

Foto: Moisés Santiago
O Movimento para a Democracia (MpD) foi o grande vencedor das eleições autárquicas deste domingo em Cabo Verde, ganhando mais duas câmaras que em 2008 e subindo em termos de votação.
O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) conseguiu ganhar ao MpD um concelho em Santo Antão (Porto Novo), mas perdeu três municípios para o principal partido da oposição: Tarrafal de São Nicolau, Paul e Brava.
O MpD fica com 13 concelhos, o PAICV desce para oito e o Grupo Independente da Mudança para a Confirmação e Consolidação das Cidades, que tem o apoio do Movimento para a Democracia, mantém o concelho do Sal.
"Há uma vitória clara do MpD e uma derrota clara do PAICV. Continuamos a ser o maior partido a nível local", sintetizou Carlos Veiga (MpD), para quem o resultado das eleições constitui um "recado claro do descontentamento da população" em relação ao Governo de José Maria Neves, primeiro-ministro desde 2001. Veiga lamentou ainda assim a perda do município de Porto Novo para o PAICV.
José Maria Neves, por seu lado, reconheceu a derrota do PAICV nas eleições. "Não atingimos os objectivos preconizados", que passavam pela "manutenção das 10 câmaras ganhas em 2008 e a conquista de pelo menos mais duas". Neves mostrou-se surpreendido pela perda das edilidades do Paul de Santo Antão e do Tarrafal de São Nicolau, admitindo o "desgaste" de 21 anos de poder na Brava para justificar a derrota na ilha mais a sul do arquipélago.
Garantindo que cumprirá o mandato de primeiro-ministro até às próximas legislativas, em 2016, a que já disse que não se vai candidatar, José Maria Neves defendeu que não foi o Governo que esteve a ser avaliado nas autárquicas e que "não se pode misturar as coisas".

29/06/2012

José Maria Neves não se demite se perder autárquicas

Foto: Lusa
As eleições autárquicas em Cabo Verde são já neste domingo, dia 1 de Julho. Os cabo-verdianos vão poder eleger os novos órgãos locais em 22 municípios, entre 57 listas concorrentes.

O presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) e actual primeiro-ministro, José Maria Neves, afirmou que não se demitirá do Governo se voltar a perder as autárquicas, como em 2008.

"Um bom resultado será o PAICV ganhar a maioria das câmaras municipais, para o que precisa de conseguir pelo menos duas câmaras à oposição", disse o líder do PAICV, que actualmente conta com 10 autarquias.

Já o partido da oposição, Movimento para a Democracia (MpD), tem como objectivo "manter as 12 câmaras ganhas em 2008 e conquistar uma na ilha do Fogo", disse o dirigente do MpD, Carlos Veiga.

27/04/2012

José Maria Neves responde ao MpD sobre branqueamento de capitais

Em resposta ao maior partido da oposição de Cabo Verde, MpD, que acusou esta terça-feira o Governo cabo-verdiano de "desvalorizar" a questão do branqueamento de capitais em Cabo Verde, e aludindo também ao caso Veríssimo Pinto, José Maria Neves foi peremptório: "Há atitudes e comportamentos de pessoas que não têm a ver com o funcionamento das instituições ou do sistema financeiro. O sistema financeiro de Cabo Verde não está exposto à lavagem de capitais ou do narcotráfico. É um sistema credível, estável e seria um mau serviço que a oposição prestaria ao país se veiculasse mensagens que pusessem em causa o bom nome do sistema financeiro cabo-verdiano". Em relação a eventuais desvios ou irregularidades, assegura que o seu Governo e o Banco Central de Cabo Verde têm tomado medidas. 
HB

13/07/2011

MpD: Jorge Carlos Fonseca tem “projecto presidencial autónomo”

Jorge Santos, vice-presidente do MpD
O vice-presidente do Movimento para a Democracia (MpD), Jorge Santos, esteve esta sexta-feira no Luxemburgo no âmbito de um périplo pela Europa para preparar a campanha presidencial de Jorge Carlos Fonseca, candidato apoiado pelo MpD.

Em representação de Jorge Carlos Fonseca, que por motivos de agenda acabou por cancelar a viagem, Jorge Santos reuniu-se com o núcleo do MpD-Luxemburgo, simpatizantes e a comunidade em geral na sede da associação Grupo Amizade Cabo-verdiana, na capital.

“Estamos a iniciar um programa de contactos nesta fase de pré-campanha eleitoral no sentido de estruturar a campanha aqui no Luxemburgo e em toda a diáspora cabo-verdiana. No Luxemburgo ganhamos recentemente as legislativas (6 de Fevereiro) e estou em crer que estas presidências vão ser ganhas pelo candidato Jorge Carlos Fonseca, que tem um projecto presidencial autónomo, de verdadeira cidadania e com o apoio do MpD.”

Jorge Carlos Fonseca
Para tal desiderato, Jorge Santos enuncia três pilares distintivos de JCF: “Em primeiro lugar, a defesa da legalidade e da Constituição da República, e defesa dos direitos fundamentais dos cabo-verdianos.” A “construção do estado social” é outra bandeira de JCF que inclui, por exemplo, “a introdução do salário mínimo, mas também políticas activas para o emprego e crescimento económico.” Um terceiro pilar “é garantir o funcionamento de todas as instituições ligadas à segurança nacional. Haverá um compromisso sem tréguas na luta contra todos os tipos tráficos ilegais”, garante Jorge Santos.

Tendo em conta que a emigração é responsável por um terço do PIB cabo-verdiano, Jorge Santos augura que JCF será “o provedor e representante da diáspora a nível nacional, para criar condições de integração plena dos emigrantes na vida cultural, económica e social do país, com vista a aumentar o equilíbrio e promoção da economia.”

Exercer uma diplomacia de influência positiva junto dos Estados que acolhem a diáspora cabo-verdiana pode ser outra aposta de JFC, para potenciar melhores condições de vida à diáspora, como é o caso do Luxemburgo, dando sequência às boas relações entre o Grão-Ducado e Cabo Verde.

Jorge Carlos Fonseca foi professor de Direito na Faculdade de Direito de Lisboa, Ministro dos Negócios Estrangeiros entre 1991 e 1993, candidato a Presidente da República nas eleições de 2001 e actualmente preside o Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais de Cabo Verde.

O MpD-Luxemburgo, liderado por Mateus Domingos, promete dar a conhecer brevemente os nomes do mandatário da campanha de JCF, director de campanha, mandatário para a juventude e para a mulher.

A campanha arranca oficialmente a 21 de Julho para as eleições de 7 de Agosto.

HB

07/07/2011

Jorge Carlos Fonseca de visita ao Luxemburgo, esta sexta-feira

O candidato presidencial cabo-verdiano apoiado pelo MpD (Movimento para a Democracia), Jorge Carlos Fonseca, está de visita ao Luxemburgo, esta sexta-feira.

A sua passagem pelo Grão-Ducado insere-se num périplo por alguns países da Europa, como Holanda e Itália.

 Acompanhado pelo vice-presidente do partido, Jorge Santos, o candidato vai se encontrar com a comunidade cabo-verdiana residente no Luxemburgo para tentar capitalizar alguns votos, tendo em conta as presidenciais cabo-verdianas marcadas para 7 de Agosto, nesta que é sua primeira visita ao país.

Às 16h a comitiva estará no norte do país, mais precisamente na comuna de Ettelbruck, e às 18h30 um novo encontro terá lugar na sede da associação Grupo Amizade Cabo-verdiana, rue Michel Welter, nº 19, na capital.

HB

22/06/2011

Presidenciais: Jorge Carlos Fonseca inaugura sede de candidatura


Depois da apresentação da estrutura nacional de campanha e da recente visita de quatro dias aos Estados Unidos da América, Jorge Carlos Fonseca, candidato apoiado pelo Movimento para a Democracia, presidiu esta tarde ao acto de inauguração da Sede Nacional da Candidatura, na Cidade da Praia.
No acto, estiveram presentes diversos mandatários nacionais, direcção de campanha, Conselho Político, Comissão de Honra, além de personalidades da sociedade civil e apoiantes do candidato.

A Sede situa-se em Achada de Santo António, na Avenida OUA, junto à Assembleia Nacional.

Fonte: Expresso das Ilhas

22/05/2011

Cabo Verde instado a ratificar Tratado de Roma sobre TPI

O diretor do Escritório Regional para África da Coligação para o Tribunal Penal Internacional (TPI), Francis Dako, apelou a Cabo Verde para ratificar o Estatuto de Roma que criou esta jurisdição internacional. Até ao momento, 114 Estados ratificaram o Estatuto de Roma que estabelece um sistema melhorado de justiça penal internacional.

Dako lançou o apelo nesta sexta-feira durante um encontro com o presidente da Assembleia Nacional de Cabo Verde, Basílio Ramos.

Durante o encontro, o diretor do Escritório Regional para África da Coligação para o TPI sublinhou a importância para o arquipélago cabo-verdiano de ratificar este contrato que visa ajudar os Estados a aplicarem as normas nacionais e internacionais de justiça quando os sistemas judiciais nacionais são incapazes ou se recusam a fazê-lo.

Ele reconheceu no entanto que, em Cabo Verde, há um largo consenso a nível nacional para a entrada em vigor do Tratado de Roma, embora o dossié entregue pelo Governo à Assembleia Nacional não tenha ainda sido aprovado.

“Daí que nós queiramos advogar junto dos políticos para que este estatuto seja ratificado, porque há um grande interesse para que o arquipélago ratifique este instrumento”, indicou Francis Dako apontando, entre outras razões, o facto de Cabo Verde ser visto, a nível regional, como um país pacífico, estável e democrático.

No quadro da sua visita, ele avistou-se também com Fernando Elís Freire, chefe da bancada parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD), principal partido da oposição), que manifestou toda a disponibilidade do seu partido para fazer avançar, a nível do Parlamento, o processo de ratificação do Estatuto de Roma.

Fernando Elísio Freire recordou que, na última revisão constitucional, feita em 2011, abriu-se a possibilidade para Cabo Verde de aderir ao tratado que cria o TPI, o que, segundo ele, é fundamental neste momento, uma vez que o arquipélago “está alinhado com os valores da paz, da estabilidade e, acima de tudo, com um combate forte e firme à criminalidade internacional e transnacional, bem como a vários tipos de crimes que têm aparecido”.

Até ao momento, 114 Estados ratificaram o Estatuto de Roma que estabelece um sistema melhorado de justiça penal internacional, assim como o Tribunal Penal Internacional, tendo competência para crimes de guerra, o genocídio e crimes contra a humanidade.

Fonte: Panapress

07/03/2011

Presidenciais - Zona espera Lima na corrida?

Aristides Lima (PAICV) e José Carlos Fonseca (MpD)
Jorge Carlos Fonseca, 60 anos, recebeu já o apoio de 25 membros da cúpula do MpD, segundo o jornal cabo-verdiano "A Semana". Cinco preferiam que o MpD apoiasse Amílcar Spencer Lopes, membro do partido e ex-presidente da Assembleia Nacional, e outros cinco abstiveram-se.

Será a segunda vez que Fonseca, conhecido por Zona, natural de São Vicente, ministro dos Negócios Estrangeiros nos anos 1990, actualmente sem filiação partidária, concorre a Presidente. Em 2001 apresentou-se contra Pedro Pires, Carlos Veiga – que passaram à segunda volta – David Hopffer Almada e Onésimo Silveira.

O PAICV deve tomar a sua decisão no final desta semana. Na corrida pelo apoio do partido governamental estão Aristides Lima, Hoppfer Almada e Manuel Inocêncio de Sousa.

Numa entrevista ao jornal PÚBLICO após as eleições de Fevereiro, o líder do PAICV, José Maria Neves, escusou-se a adiantar a sua preferência e disse que “a escolha terá que ser democrática, no quadro do partido, para evitar fissuras”.

Um estudo da Afrosondagem divulgado na última edição d’"A Semana", indica que a maioria dos inquiridos preferia que o PAICV apoiasse Lima. Foi essa a solução referida por 32 por cento, contra 28 por cento que escolheriam Almada e 16 que gostariam mais de ver Sousa na corrida.

As eleições serão marcadas pelo Presidente cessante, Pedro Pires, e devem realizar-se em Outubro.

Fonte: Público

14/02/2011

"Quem for para Cabo Verde goza da mesma protecção de saúde que aqui [Luxemburgo] - João da Luz

Após a maioria absoluta e um terceiro mandato para o primeiro-ministro cabo-verdiano José Maria Neves, o secretário da delegação no Luxemburgo do Partido Africano para a Independência de Cabo Verde, João da Luz, reconheceu que apesar da vitória a nível global, tirou “algumas lições do trabalho no terreno do MpD [que venceu aqui com 243 votos contra 200 do PAICV], e que vão ser usadas para as presidenciais no mês de Outubro.”

Mais votos, mas menos deputados

Actualizados os últimos dados divulgados pela Cabolux/Contacto, a Comissão Nacional de Eleições atribui então definitivamente 38 deputados ao PAICV, 32 ao MpD e 2 à UCID.
Desta forma o PAICV perde 3 deputados para o MpD face ao último mandato, apesar de ter aumentado a percentagem de votos em 0.5% (51,4) e o MpD ter descido 1% (41.8).
Sobre este desfasamento João da Luz lamenta: “o PAICV foi penalizado pelo sistema eleitoral vigente, que estabelece novas normas de eleições de deputados.”
“Por exemplo, no Fogo, o PAICV conseguiu mais 4306 votos que o MpD e, deste número, 1902 votos não contaram para a determinação de mandatos, enquanto em sentido contrário, na ilha do Sal, o MpD conseguiu um mandato a mais por escassos 78 votos”, explica.

Olhando ainda para os números, “ao contrário do que a oposição dizia, houve uma maior participação nestas últimas legislativas e um aumento no número de votos [no PAICV], o que quer dizer que a política feita por José Maria Neves ao longo destes dez anos é uma política aprovada pelos cabo-verdianos”, conclui.

O balanço dos 10 anos

“Os primeiros 5 anos de governo foram para concertar um país que estava combalido” e o segundo mandato para “conseguir uma visão para Cabo Verde”, tendo então o país conquistado duas vezes o Millenium Challenge Account e passado de país atrasado para país de desenvolvimento médio.”
Para o secretário do PAICV-Luxemburgo estas foram as 4 plataformas de desenvolvimento levadas a cabo pelo governo de José Maria Neves e que se pretendem reforçar:
O primeiro pilar é “a boa governação, com estabilidade, sem corrupção e gestão sã, algo que foi provado nestes mandatos”.
Em segundo, assegurar a única potencialidade de Cabo Verde - os recursos humanos – apostando em parcerias estratégicas de integração regional, que passam pela CPLP, CEDAO, Europa, América e a nova região Macaronésia, que faz Cabo Verde entrar na periferia da Europa.”
Por outro lado “mais construção de escolas técnicas em Cabo Verde, maior abertura em termos de negócios no país” e por último “a construção de estradas, energias renováveis, renovação e criação de novos portos e a construção de 3 aeroportos internacionais.”

Já para estes próximos 5 anos pretende-se reforçar os pontos referidos e “apostar na aceleração da formação da juventude cabo-verdiana nas novas tecnologias, alargamento do poder das universidades no país (foram criadas 9 universidades de 2000 para cá) e sobretudo combater a pobreza com o projecto “casa para todos”.

Incentivos aos emigrantes

Na área da emigração, “quem for do Luxemburgo para Cabo Verde, goza da mesma protecção de saúde que aqui tem”, o mesmo acontecendo de lá para cá e dentro do acordo de segurança social que se conseguiu, sendo que “o PAICV assinou 15 deles, com 15 países diferentes, enquanto o MpD apenas 4.”
Sobre as taxas alfandegárias, relembra que “a isenção total alfandegária é aplicada quando um indivíduo volta definitivamente para Cabo Verde” e se antes era preciso provar que um artigo pertencia a alguém pelo menos há 6 meses, “hoje em dia não é preciso provar nada.”
Quanto aos investimentos em Cabo Verde apela “a toda emigração para não se deixar ser enganada por indivíduos que estão à espera de apanhar um inocente.”
“O Instituto das Comunidades faz-lhe um plano financeiro de graça em vez de procurar intermediários”, complementa.
Para além destes incentivos o emigrante “têm à disposição a Casa do Cidadão, a embaixada e o portal do cidadão.”
A criação do Banco de Cabo Verde de Investimentos visa também apoiar o emigrante “desde a criação da empresa à construção da casa em Cabo Verde.”
A finalizar, relembra que “a Embaixada está preparada para prestar estas e outras informações a qualquer cidadão.”
HB

07/02/2011

PAICV ganha com maioria absoluta

A Comissão Nacional de Eleições decidou não divlugar os resultados das Legislativas para já, faltando ainda apurar os votos na diáspora.

Até ao momento, o PAICV assegura 26 deputados contra 23 do MpD, tendo a UCID elegido 2.
Faltam ainda apurar 21 lugares, 6 dos quais na diáspora, mas tudo aponta para que a maioria absoluta não fuja ao PAICV, dando assim um terceiro mandato a José Maria Neves.

MpD com vantagem no Luxemburgo

Por cá, o MpD venceu com 243 votos, tendo o PAICV registado outros 200.
A taxa de abstenção situou-se nos 47%, tendo em conta que o número total de inscritos rondava os 850 eleitores.

A CABOLUX/Contacto passou pela embaixada de Cabo Verde no Luxemburgo (um dos três locais de voto disponíveis) para acompanhar parte deste processo e ouviu Necas Martins, presidente da mesa de voto LU2, sobre a participação dos cabo-verdianos.
“Na parte da manhã esteve um pouco morno, mas esta tarde a afluência foi mais significativa. É a primeira vez que estou a trabalhar numa mesa e não se notam incidentes. Está tudo a correr dentro da normalidade.”

A importância do voto nestas eleições

Ainda na embaixada e após o exercício de voto, ouvimos alguns cabo-verdianos sobre a importância deste dia.
“O voto é importante porque faz parte da cidadania e é um instrumento para o desenvolvimento do nosso país. Com o nosso voto o país pode progredir”, refere Luísa Fernandes.
Já António Lima lamenta a falta de participação dos concidadãos: “O voto é importante e as pessoas deviam exercer esse direito porque tem muita importância na política de Cabo Verde neste momento.”
Fazendo uma avaliação global sobre o nível dos políticos cabo-verdianos e sem entrar no campo partidário, Luísa Fernandes diz que “ao longo destes anos os políticos têm estado ao nível do país e o têm desenvolvido. Estou satisfeita.” António Lima prefere “uma mudança de políticos”.

Mais tarde e na zona da Gare ouvimos alguns não votantes.
Mendes Tavares tem o seu cartão em Paris e não foi votar, mas para ele “ou Veiga ou Neves, quem ganhar é a mesma coisa, mas têm que saber o que fazem e não podem maltratar o povo.” Se as coisas em Cabo Verde estivessem mais bem organizadas, mais pessoas votariam”, acrescenta.
Para muitos cabo-verdianos o “não votar” não é apenas falta de interesse. Alguns não têm documentação cabo-verdiana válida e apresentam outras nacionalidades, como a portuguesa, e vêm nisso um impedimento para votar. Esta é a posição de João Mendes, cabo-verdiano de nacionalidade portuguesa que (relembrando o resultado das eleições mais renhidas da história moderna - as últimas presidenciais de Cabo Verde, com apenas 12 votos de diferença) é peremptório: “Por um voto se ganha e por um voto se perde e se eu estivesse recenseado eu faria parte da eleição do meu país.”

Sobre a comunidade cabo-verdiana no Luxemburgo e os políticos em Cabo Verde, Tavares salienta que “trabalhamos aqui muito para investir em Cabo Verde e quanto mais os políticos facilitarem, mais podemos fazer pelo nosso país.”
Quanto à expectativa para o próximo mandato João Neves diz que “o país não está muito mal, mas espero mais desenvolvimento para servir quem está lá, mas também para os que estão fora e espero mais apoio para o investimento que a nossa comunidade emigrante quer fazer, apoio nas despesas alfandegárias e redução dos bilhetes de viagem.”

Casos insólitos

Se a normalidade era a palavra de ordem até então, demos conta ainda na Embaixada de Cabo Verde que alguns dos votantes estavam a chegar de Ettelbruck para poder exercer o seu voto.
Segundo os representantes do PAICV e MpD, foram mais de uma centena de cabo-verdianos que se viram confrontados com este cenário, tendo sido obrigados a deslocações ora para o centro, ora para o norte ou para o sul.
Trabalho redobrado para o MpD e PAICV que tiveram de assegurar, com as suas viaturas, a deslocação de muitos votantes, mas mesmo assim insuficiente para motivar outros que acabaram por não ir votar.
Confrontado com este cenário insólito e inesperado e respondendo a quem competia informar sobre esta possibilidade de deslocações dos votantes, Necas Martins afirma que “os partidos políticos fizeram o trabalho deles e informaram as pessoas que estavam nessas situações. A comissão de recenseamento também fez o seu trabalho, mas temos de compreender que as pessoas depois de um dia de trabalho não têm motivação e disponibilidade para correr de um lugar para outro.”

De referir ainda que, segundo o secretário do PAICV-Luxemburgo, João da Luz, alguns cidadãos recenseados chegaram às urnas para votar e foram impedidos de o fazer por não encontrarem os seus nomes na lista, “o que é considerado um crime”, refere, acrescentando ainda outra suposta irregularidade: “Algumas pessoas que estavam para as mesas de voto no norte foram parar às mesas de voto noutros sítios.”

Mais uma nota negativa deu-se no final da nossa reportagem na Embaixada de Cabo Verde, quando um dos elementos da mesa de voto LU1 se dirigiu ao nosso fotógrafo Manuel Dias, pondo em causa o trabalho fotojornalístico aí realizado.

HB

06/02/2011

Resultado dos votos no Luxemburgo dão vantagem ao MpD

Finalizada a contagem dos votos no Luxemburgo referentes às legislativas cabo-verdianas, o MpD soma vantagem com 243 votos, sendo que o PAICV obteve 200 votos, registando-se apenas um voto nulo nas quatro mesas de voto espalhadas pelo país.
Estes números revelaram uma abstenção na ordem dos 50%, dado que dos 847 inscritos para votar, só 444 o fizeram.
Houve, no entanto, alguns casos menos positivos que também marcaram este dia e que daremos conta mais à frente.
Relembre-se que daqui a sensivelmente uma hora será conhecido o resultado dos votos a nível nacional.

03/02/2011

Cabo Verde vai a votos este domingo

É já neste domingo, dia 6, que os cabo-verdianos são chamados às urnas para escolherem o primeiro-ministro para os próximos 5 anos e os 72 lugares da Assembleia Nacional, numa eleição disputada taco a taco e sem vencedor antecipado.

São 309 617 os cabo-verdianos recenseados para estas eleições legislativas e também para as presidenciais de Agosto deste mesmo ano, ou seja, 62,9% da população (491 575), sendo que os restantes 37 645 cabo-verdianos estão recenseados na diáspora, principalmente em Portugal e não mais de um milhar no Luxemburgo.
Na corrida às eleições estão o actual primeiro-ministro José Maria Neves, do Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV), Carlos Veiga, antigo primeiro-ministro e líder do Movimento para a Democracia (MpD), António Monteiro, da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), João Silvestre Além, do Partido Social Democrata (PSD) e João do Rosário - Partido do Trabalho e da solidariedade (PTS).
Dos 5 partidos, apenas os 2 principais, PAICV e MpD se apresentam a todos os círculos, 10 em Cabo Verde e 3 da diáspora - África, América e Europa.

A bipolarização em Cabo Verde

À boa maneira das democracias ocidentais, o destaque destas eleições vai para a luta entre os dois homens que governaram Cabo Verde nos últimos 20 anos – Carlos Veiga, de 1991 a 2001 e José Maria Neves, de 2001 a 2011, ou seja, centro-direita (MpD) e centro-esquerda (PAICV).

Se é certo que desde o início da campanha até ao fecho das mesas de voto a lei cabo-verdiana não permite divulgação e comentário dos resultados de sondagens ou inquéritos de opinião dos eleitores sobre os concorrentes às eleições, nem mesmo assim alguém arrisca em prognosticar um potencial vencedor no dia 6, tal é a incógnita.
Se também é certo que os dois partidos já se assumem como vencedores, não é menos certo que nenhum dos dois pode assumir uma maioria absoluta.
Se este cenário se vier a verificar, pode-se abrir uma porta para coligação com a terceira força política – UCID.
Sobre este possível cenário, um alto dirigente da UCID, partido claramente contra a bipolarização, já tinha assumido que para uma coligação “o nosso partido vai escolher o programa de governação que melhor responde às necessidades dos cabo-verdianos e Cabo Verde”.

Da pré à campanha

Pela primeira vez em Cabo Verde, os candidatos ao cargo de primeiro-ministro apresentaram em pré campanha as suas propostas de governação do país em debates transmitidos pela Rádio e Televisão de Cabo Verde (RTC).
Se nesses debates o destaque foi para temas como economia, emprego, turismo e emigração, já na fase da campanha passou-se do racional para o sentimental. Arruadas e comícios por todo o país fazendo as pessoas sair à rua, no típico ambiente romano de “pão e circo”.
É caso para dizer que se a multiplicação dos pães e peixes em tempos serviu para alimentar uma multidão, nesta recta final de campanha eleitoral, a multiplicação dessas arruadas e comícios, regadas com acusações mútuas de compra de votos e não só, serve agora para alimentar os dirigentes políticos. Ora se dá pão e peixe (e circo) à multidão, ora é essa multidão o pão e peixe dos candidatos.

Mesas de voto em Ettelbruck, Luxemburgo e Esch

No Luxemburgo apenas o MpD e o PAICV têm delegações permanentes e nesta terça foi possível reuni-los num debate caloroso para esclarecer a comunidade, pelo menos os que não têm outras fontes de informação actualizada. Nelson Brito, candidato a deputado pelo círculo eleitoral da Europa pelo MpD e João da Luz, secretário da delegação do PAICV, passaram pelo programa Morabeza da Rádio Latina para o balanço dos últimos anos de governação, apresentação do conteúdo programático dos seus partidos, análise dos anseios da comunidade cabo-verdiana no Luxemburgo, entre outros temas.

Este debate foi seguido por muitos ouvintes e teve alguns picos de crispação entre os dois intervenientes, vulgo Netcha e Djony, aquando dos “apagões”, números do INE sobre o desemprego, cooperação tripartida entre Luxemburgo, Cabo Verde e São Tomé e Principe, entre outros temas.
Ambos tentaram mostrar, com mais ou menos sucesso, os seus argumentos para convencer os eleitores.
Já para o dia 8 de Feveveiro, esperam-se novamente as duas representações no programa Morabeza para a análise e comentário do resultado das eleições.

De referir que além do Morabeza, o blog Cabolux e o jornal Contacto têm colaborado para a divulgação das informações pertinentes sobre as eleições legislativas em Cabo Verde. Relembre-se que serão instaladas 2 mesas de voto na Embaixada de Cabo Verde no Luxemburgo para residentes na cidade de Luxemburgo e arredores; 1 mesa na Comuna de Ettelbruck e outra na Comuna de Esch.

O horário de voto é entre as 8:00 e as 18:00h, devendo os eleitores fazerem-se acompanhar do boletim de inscrição eleitoral bem como de um documento de identidade - passaporte ou bilhete de identidade.

HB

30/01/2011

Debate PAICV - MpD no programa Morabeza a 1 de Fevereiro

Em altura de campanha para as eleições legislativas cabo-verdianas, os representantes dos dois partidos com representação no Luxemburgo (PAICV e MpD) vão estar presentes num debate a ter lugar no programa Morabeza (Rádio Latina), dia 1 de Fevereiro a partir das 20h.

Em cima da mesa estarão os temas que marcam a actualidade política em Cabo Verde, o conteúdo programático de cada movimento político para estas eleições, o olhar sobre a comunidade cabo-verdiana residente no Luxemburgo, entre outros assuntos.
Esteja atento aos 101.2 ou 103.1 (FM-Luxemburgo) ou, se preferir, escute o programa via internet em http://www.radiolatina.lu/

20/01/2011

Arranca hoje campanha eleitoral para as legislativas cabo-verdianas

Após o momento de debate entre os candidatos, chegou então a altura do ruído e dos cartazes passarem para a rua. Está assim marcado o início oficial da campanha para as eleições de 6 de Fevereiro em Cabo Verde. Cinco partidos políticos concorrem às quintas eleições legislativas em vinte anos de democracia em Cabo Verde.

O PAICV, do primeiro-ministro José Maria Neves, que governa os destinos do país há 10 anos, tem pela frente quatro adversários, com destaque para o principal partido da oposição MpD, do ex-primeiro-ministro Carlos Veiga (que passou recentemente pelo Grão-Ducado). Além do PAICV e MpD, a UCID, de António Monteiro, PSD, João Além e PTS, João do Rosário, completam o menu de ofertas aos eleitores.

Tendo em conta tal espectro politico, hoje arrancou a campanha eleitoral em todos as ilhas e concelhos de Cabo Verde, sendo que a animação é maior nas duas principais cidades do país, a Praia e o Mindelo. Comícios, arruadas, espectáculos, encontros directos com os eleitores vão marcar este período, antecedido por alguns debates entre os partidos concorrentes.

Ainda na noite desta terça-feira José Maria Neves e Carlos Veiga enfrentaram-se naquele que foi o primeiro debate entre os dois na rádio e televisão de Cabo Verde, depois de terem feito o mesmo antes, conjuntamente, com dois outros concorrentes, António Monteiro, da UCID, João do Rosário, do PTS.

Por Luxemburgo, os representantes dos dois maiores partidos (PAICV e MpD) não se fazem ouvir e o debate programado no programa Morabeza (Rádio Latina), se vier a ter lugar, virá já muito tarde para se poder passar informação pertinente aos possíveis eleitores cabo-verdianos residentes no Grã-Ducado.

Recorde-se que serão instaladas mesas de voto no consulado de Cabo Verde para o momento decisivo, dia 6 de Fevereiro.
HB

07/01/2011

Cabo Verde: Televisão pública promove primeiro debate de candidatos a chefes de governo

Os dois principais candidatos às eleições legislativas de 6 de Fevereiro, José Maria Neves, presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder) e Carlos Veiga, do Movimento para a Democracia (MpD, principal partido de oposição), participam pela primeira vez num debate eleitoral na rádio e televisão públicas.

A informação foi avançada pelo director da Televisão de Cabo Verde (TCV), Álvaro Ludgero Andrade, que explicou que o debate vai ser transmitido em direto e em simultâneo na Rádio de Cabo Verde (RCV) e TCV, conforme foi proposto pelos partidos.

Com a duração de uma hora e meia e moderado por um jornalista da RCV e outro da TCV, este vai ser o primeiro debate entre os dois presidentes dos dois maiores partidos cabo-verdianos (PAICV e MpD), na história da democracia cabo-verdiana.

O frente a frente realiza-se no âmbito de uma série de debates entre os líderes partidários que a Televisão e Rádio Públicas leva a cabo a partir de 14 de janeiro.
No primeiro encontro, José Maria Neves (PAICV), Carlos Veiga (MpD), António Monteiro (UCID) e João do Rosário (PTS) vão apresentar as suas propostas para os próximos cinco anos, caso ganhem as eleições, adiantou Álvaro Ludgero Andrade.

“Esse debate terá a duração de duas horas. Deverá ter o mesmo formato que temos estado a utilizar até o momento, com perguntas, respostas e réplicas”, explicou.
A seguir ao debate geral, estão programados os duelos entre os candidatos.
O primeiro, a ter lugar no dia 16 entre os partidos menos representativos, ou seja, que não concorrem a todos os 13 círculos eleitorais, designadamente a UCID e o PTS, para dois dias mais tarde acontecer o confronto entre os líderes dos maiores partidos, PAICV e MpD.
As eleições legislativas estão marcadas para 6 de fevereiro, sendo que a campanha eleitoral terá início no dia 20 deste mês.
Às eleições concorrem cinco partidos: o PAICV, O MPD, a UCID, o PTS e o PSD.

29/11/2010

Mateus Domingos eleito coordenador político do MpD no Luxemburgo

Mateus Domingos é o novo nome que vai estar como coordenador político do MpD no Luxemburgo para os próximos anos.

A comissão política do MpD realizou neste sábado a sua primeira assembleia, no Centre Sociétaire, na capital do Grão-Ducado.
Estiveram reunidos cerca de 40 militantes e foi apresentada uma lista de 15 militantes, donde foi eleito por unanimidade o novo coordenador político Mateus Domingos.

A lista é composta por Amílcar Sousa, José Maurício, Necas Martins, Carlos Gomes, Adalgisa Soraia, Eugénio Furtado, Alcides Lima, Nelson Brito, André Santos, Pedro santos, Alcinda da Graça, Damásio Fernandes e Paulino Évora.

Já no próximo Sábado, 4 de Dezembro, vai ter lugar a primeira reunião de trabalho com o objectivo de analisar a situação politica no Luxemburgo, eleição de director de campanha e definir estratégias para a campanha das legislativas marcadas para 6 de Fevereiro de 2011.

HB

22/11/2010

Carlos Veiga quer transformar consulado cabo-verdiano em embaixada

De visita ao Luxemburgo, Carlos Veiga, líder do MpD e candidato às próximas eleições legislativas em Cabo Verde, reuniu-se este fim-de-semana com a comunidade cabo-verdiana no Centre Sócietere para apresentar as linhas mestras da sua política dirigida à diáspora, o seu rumo para Cabo Verde e ainda prometer trabalhar para criar uma embaixada no Luxemburgo.

Uma década depois de ter chefiado o governo de Cabo Verde, Veiga justifica o seu regresso à política, com as eleições já em início de 2011: “Achamos que foi desviada a dinâmica criada nos anos 90 e que podia ter conduzido Cabo Verde a um bom plano desenvolvimento. É preciso retomar outra vez o caminho do desenvolvimento e esse é o grande desafio deste regresso”.

Num encontro movimentado com sessão aberta a perguntas, o líder ventoinha viu-se purificado no fogo, sobretudo através de desafios lançados por elementos do PAICV e de alguns simpatizantes do MpD. Após o discurso esperado, foram vários os temas lançados pelo público, desde a segurança, desemprego, regionalização, recenseamento, obras públicas, etc.

Os momentos mais calorosos foram marcados pelas críticas de Antão Freitas, activista do PAICV, recebendo vários apupos quando ainda usava da palavra, já após ter ultrapassado os dois minutos determinados.
Já no final do encontro, a CABOLUX ouviu Veiga sobre a visita ao consulado, representado por Clara Delgado: “Vou colocar-me à disposição do nosso consulado para ser porta-voz das dificuldades que eventualmente existem, mas também porta-voz dos casos de sucesso.”
“Quando for governo, dada a importância do consulado no Luxemburgo, vamos ter a preocupação de o transformar numa verdadeira embaixada, porque o Luxemburgo é um parceiro fora de série de Cabo Verde e tem de ter também um tratamento fora de série”, acrescenta o líder do MpD.

Quanto às preocupações para com a diáspora, aponta a “preocupação permanente em relação à integração plena na sociedade de acolhimento; o papel do governo em criar um bom ambiente de recepção dos nossos imigrantes que vêm de férias ou regressam definitivamente a Cabo Verde.” 

Em terceiro lugar, “despartidarizar as relações entre Cabo Verde e as comunidades. Nas questões de Estado todos devem ser tratados com isenção, igualdade e não deve haver partidos. Os serviços têm de ser eficientes, não para criar problemas, mas sim para resolvê-los. Consulados e embaixadas têm que dar atenção à relação da nossa comunidade com Cabo Verde e isso faz-se com a ideia de que não há comissários políticos nas embaixadas.”
Por último, refere “o investimento da diáspora em Cabo Verde” também como linha de aposta.

Sobre as áreas prioritárias para o seu mandato, “primeiro temos de pensar nas pessoas, isso quer dizer, dar atenção a questões como o desemprego, pobreza, habitação, educação e saúde”. Depois desta fase aponta como caminho “o crescimento da economia aliado ao emprego de qualidade, que se faz através da criação de um bom ambiente de negócio, com investimento privado, seja nacional, emigrante ou estrangeiro.”

Perfil migratório de Cabo Verde
Em reacção à notícia do estudo “Perfil migratório de Cabo Verde” que dava conta de um aumento de 20% de imigrantes em 2009, na maioria da África Ocidental, e de um aumento da emigração qualificada, Veiga afirma que “como país pequeno, não podemos receber indiscriminadamente qualquer pessoa que vai para Cabo Verde, sobretudo os que para lá vão fazer uma competição no mercado de trabalho. Claro que somos a favor da livre circulação e da mesma maneira que queremos os cabo-verdianos bem integrados, queremos também os que lá estão a trabalhar bem integrados, regularizados, legalizados, a pagar os seus impostos e a contribuir para a segurança social, mas temos de criar barreiras a novas entradas de imigrantes condicionando a possibilidade de nos virem a criar problemas.”

Em relação aos emigrantes qualificados “precisamos de quadros, mas se calhar, se investirmos demasiado na educação vamos ter quadros em excesso. Exportação de quadros pode ser um dos serviços que podemos fazer, mas neste momento ainda estamos a precisar deles e não é bom sinal se os nossos quadros estão a ir para Angola ou outros países.

Dá o exemplo das câmaras municipais como fonte de absorção desses quadros “se apoiarmos, com certeza que as câmaras municipais podem ser uma fonte de absorção dessas mãos-de-obra qualificadas. Mas neste momento observamos o oposto, que é o governo a travar a admissão de quadros nos municípios, o que é inconcebível.”

CEDEAO
Sobre a recomendação feita a Cabo Verde para presidir a comissão da CEDEAO, Veiga afirma que “É bom e acho que devemos ser mais activos na CEDEAO para que este organismo seja posto num lugar certo que possa interessar a Cabo Verde. Acho difícil, mas se isso for conseguido é muito bom para Cabo Verde. Será uma boa medida e boa orientação de política que deve ser seguida. Se formos governo vamos continuar esta ideia de colocar quadros importantes em lugares de direcção na CEDEAO”.
HB

18/11/2010

Carlos Veiga encontra-se com a comunidade no dia 21

O Movimento para a Democracia, MPD, convida toda a comunidade cabo-verdiana, militantes, amigos e simpatizantes para um encontro-convívio com o Dr. Carlos Veiga, candidato a primeiro ministro de Cabo-Verde, acompanhado pelo Engenheiro Jorge Santos e José Luís Livramento. O evento terá lugar no centro Sociétaire, na rua de Strasbourg no Domingo, dia 21 de Novembro entre as 14h00 e as 20h00. Haverá muita animação. Para mais informações ligue para o 621 21 93 85.

29/09/2010

MpD-Luxemburgo propõe alargamento do prazo do receseamento eleitoral até final do ano

A comissão política do MpD no Luxemburgo, pela voz do seu coordenador, reclama maior divulgação do processo de recenseamento e propõe que o prazo se estenda até final do ano.
Em entrevista ao Contacto, Nelson Brito (foto ao lado), da comissão política do MpD no Luxemburgo, aponta algumas fragilidades ao processo.
“90% da comunidade não sabe se há recenseamento. Se houver divulgação há possibilidade de um bom recenseamento”, apela Nelson Brito à comissão de recenseamento eleitoral no Luxemburgo.
Antevendo consequências eleitorais para o MpD em 2011, refere que “no fim, os resultados que podemos ter, podem não ser os resultados esperados porque muita gente não vai conseguir se recensear e depois votar, não porque não querem, mas porque não sabem.”
Conclui afirmando que “o estado tem o direito de informar as pessoas. Permitir que se recenseiem e participem na vida política seria uma grande homenagem aos imigrantes”.
Sobre a questão do atraso, Brito é taxativo: “A culpa é do governo. A vontade política fez com que o recenseamento não se iniciasse na data prevista – Março. Não entendemos este acto de impedir as pessoas de participar.
Como solução, propõe o “dilatamento do prazo até 31 de Dezembro para recompensar o atraso, já que as eleições podem ir até Março/Abril e é complicado recensear muita gente até Novembro.”
Questionado sobre o que tem feito o MpD sobre esta matéria, refere que “desde Março temos vindo a alertar as pessoas no sentido de se recensearem e esta entrevista também serve para isso. No entanto, não queremos politizar este processo, porque quando os partidos apelam ao recenseamento, as pessoas às vezes confundem com o voto. Não queremos uma coisa de partidos, mas um recenseamento dos cabo-verdianos”.

Sobre o recente debate do Estado da Nação, diz que o “governo não atingiu as metas que preconizou, como demonstram os 20% de desemprego, o deficit e a dívida pública, o problema da electricidade, etc.”
Como alternativa acredita que o líder do partido, Carlos Veiga, “vai apresentar novas ideias ao país”.
Uma das propostas passa pela regionalização.
“O MpD pretende fazer uma reforma do Estado, que passa pela regionalização. Não pretendemos dividir o país, mas cada ilha deve decidir o seu desenvolvimento, sem esperar pelo governo. Em Cabo Verde somos regiões, nascemos regiões”.

Por cá, e a pensar nas eleições de 2011, haverá brevemente eleições para a nova comissão política do MpD-Luxemburgo, sendo que um dos nomes apontados para a liderança é Mateus Domingos. Actual membro desta comissão, diz-se “preparado”, mas recusa ver-se já como o novo coordenador político, preferindo salientar “o reconhecimento do trabalho feito, com a participação na moção de estratégia de Carlos Veiga em Cabo Verde.”