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13/07/2011

Grund pintado com cores cabo-verdianas nas celebrações da Independência de Cabo Verde

Da esq. para a dr.: Marie-Josée Jacobs, Clara Delgado e Paul Helminger
O 36º aniversário da independência de Cabo Verde foi celebrado na quarta-feira passada com “o melhor que o país tem”: a sua cultura. Organizada pela Embaixada de Cabo Verde e com a mediação do estilista cabo-verdiano Tony Rocha, a Abadia de Neumunster, na capital, recebeu a vernissage da exposição “Cap-Vert, l’Art Insulaire”, dos pintores Kiki Lima e Alex da Silva.

Numa mensagem à comunidade cabo-verdiana, Clara Delgado, Encarregada de Negócios da Embaixada de Cabo Verde, disse que “o momento é de união e a comunidade deve estar unida. Que saibam levar mais acima a imagem de Cabo Verde, pois queremos que cada cidadão seja um grande embaixador do país. Estamos também em festa no Luxemburgo e desejo à comunidade um feliz dia nacional.”
Kiki Lima

Kiki Lima, artista cabo-verdiano de renome, e que já expôs no Parlamento Europeu, voltou agora ao Luxemburgo com uma colecção pintada exclusivamente para esta festa, de onde se destaca a emigração feminina: uma sequência de telas de vida que apontam para o regresso à terra natal da mulher cabo-verdiana, e as condições não muito favoráveis para juntar dinheiro para esse regresso, “que é sempre o objectivo do emigrante”, salienta Kiki, mas também a alegria da chegada a Cabo Verde, “algo que supera todas as dificuldades passadas.”

O dia-a-dia da vivência cabo-verdiana - a pesca, o trapiche, a venda na rua, etc. - foi algo que muitos cabo-verdianos ali presentes puderam também revisitar.

Para Kiki Lima, a celebração da independência “é uma boa ocasião para se fazer eventos deste género porque, como dizia Cabral, a nossa elevação cultural é uma forma de luta de libertação. Uma oportunidade para mostrar o que temos de melhor: a nossa cultura, a nossa forma de ser.”

Alex da Silva

O irreverente e não menos lúcido Alex da Silva, nesta sua primeira exposição no Grão-Ducado, revela “uma dura reflexão da condição humana”.
Atraído por contrastes e contradições, diz-se “inspirado por ser frustrado, por não haver um equilíbrio neste mundo, por todo este sistema com diferenças entre: branco, preto; rico, pobre; poder, miséria...”

Depois de encontrar a sua liberdade na arte, Alex da Silva, quer manter viva “a responsabilidade de focar certos aspectos para se poder criar a lucidez”, pois “se os políticos tentam manipular, são os artistas que devem determinar o parâmetro que a sociedade tem de seguir. É um dever e o artista tem de ter essa consciência”, desabafa o ex-biólogo marítimo.

O evento contou ainda com as presenças da ministra da Família, Marie-Josée Jacobs, e do burgomestre da comuna de Luxemburgo, Paul Helminger, entre outras individualidades políticas e culturais.

HB

“Sabura” musical aquece noite cabo-verdiana no Grund


Na sequência das celebrações da independência de Cabo Verde e integrado no OMNI Festival, os artistas cabo-verdianos Beto Dias e Suzanna Lubrano animaram o resto da noite cabo-verdiana no Grund, na quarta-feira passada.

O palco foi montado no espaço central da Abadia de Neumunster e, apesar da ameaça de chuva, o público, heterogéneo, seguiu fiel até ao fim do concerto, quando já era meia-noite.

Depois da actuação do grupo nigeriano Dele Sosimi Afrobeat Orchestral, Suzanna Lubrano subiu ao palco acompanhada pela sua banda holandesa para aquecer a noite com os ritmos zouk de músicas como “Quentura tropical”, “Reservan un lugar”, entre outros sucessos.

A praiense radicada na Holanda mostrou-se uma verdadeira artista, não só pelos dotes vocais, mas também pela forma como interagia e puxava pelo público.

Mais tarde foi acompanhada no palco por Beto Dias, convidado especial, para alguns duetos.
Foram muitos os pedidos dirigidos a Beto Dias, mas nem todos correspondidos, pois como referiu o cantor ao CONTACTO no final do concerto:
"Compreendo os fãs quando me pediam para cantar certas músicas, mas eu vim como convidado especial e a banda era da Suzana. Por essa razão não pude cantar algumas daquelas músicas que me pediam, aqueles funanás, mas agradeço a força que me deram."

Também praiense, Beto Dias encontra-se nesta fase com concertos, mas ao mesmo tempo está a preparar o seu novo trabalho.
“Vim hoje [6 de Julho] dos Estados Unidos e amanhã já vou para Cabo Verde, mas estou a preparar também o meu novo álbum, com um DVD-live em Cabo Verde.”

Para a comunidade cabo-verdiana e os seus fãs no Luxemburgo deixou uma palavra de “harmonia e unidade” e sobre a independência diz: “actuei ontem em Boston nos festejos da independência e penso que não devemos esquecer a nossa terra. É uma terra de paz desde a independência e espero que continuemos a respeitar este nosso dia."

Suzanna Lubrano tem passado muitas vezes pelo Grão-Ducado, mas "infelizmente ainda não conheço muito da comunidade cabo-verdiana aqui, porque quando cá venho é sempre por um dia, mas, mesmo não a conhecendo bem, é algo especial quando o público canta e vibra. Isso é importante porque como músicos tentamos mandar uma mensagem positiva e é bom ver o público feliz."

Depois do Luxemburgo, Suzanna Lubrano actuou ainda este fim-de-semana em Bruxelas, preparando-se para rumar a Angola. O seu novo álbum vai sair este ano e conta com doze músicas de puro estilo zouk.
HB

03/07/2011

Festa da Independência Nacional celebrada a 6 de Julho, na Abadia de Neumunster

A Embaixada de Cabo Verde no Luxemburgo vai assinalar o 36º aniversário da Independência Nacional já nesta quarta-feira. O evento será abrilhantado com a participação de artistas nacionais, numa festa que promete ser de grande folia, na Abadia de Neumunster.

Os festejos do 5 de Julho (terça-feira) no Grão-ducado, serão este ano celebrados a meio da semana, quarta-feira dia 6 de Julho.

A festa terá lugar no Centro Cultural Abadia de Neumunster e aí pode ser vista uma exposição dos artistas plásticos Kiki Lima e Alex Andrade. Já mais tarde sobem ao palco os músicos Beto Dias e Suzana Lubrano, que completam o programa cultural.
HB

15/05/2011

Independência de Cabo Verde vai ser festejada no Luxemburgo

A Embaixada de Cabo Verde em Luxemburgo vai assinalar a passagem do 36º aniversário da Independência Nacional com várias figuras políticas e culturais. O evento contará com a participação de artistas nacionais e um número considerável de conterrâneos que vivem naquele país europeu.

Os festejos do 5 de Julho no Grão-ducado do Luxemburgo está a ser preparado pela representação diplomática do nosso país, em parceria com as organizações representativas dos emigrantes e homens de negócios de Cabo Verde que aqui residem.

Conforme os envolvidos no processo, a passagem da data será assinalada no dia 6 de Julho, no Centro Cultural "Abbaye de Neumunster". Além de uma recepção destinada a individualidades e emigrantes, uma exposição dos artistas plásticos Kiki Lima e Alex Andrade e um show da artista Suzana Lubrano completam o programa cultural.

Fonte: A Semana

09/05/2010

Luxemburgo reforça ajuda financeira a Cabo Verde (11 e 12 Abril 2010)

(Foto: Gerry Huberty/CONTACTO)
O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, foi recebido nesta segunda-feira pelo seu homólogo luxemburguês, Jean-Claude Juncker, na sequência do seu périplo pela Europa.
No encontro debateu-se o pacote de apoio financeiro a Cabo Verde, que Luxemburgo vai aumentar de 45 milhões para cerca de 60 milhões de euros.
Em cima da mesa esteve também o reforço da parceria em áreas estratégicas como as trocas comerciais, o turismo, a indústria e o nível das universidades. Outra hipótese avançada é a possibilidade da abertura de uma linha aérea entre os dois países para também reforçar o turismo luxemburguês em Cabo Verde.
   A novidade do encontro, no entanto, foi a parceria trilateral entre Cabo Verde, Luxemburgo e São Tomé e Príncipe.
   Recorde-se que antes de chegar a Europa, Neves passou por São Tomé e Príncipe, país que acolhe uma enorme comunidade cabo-verdiana que ainda passa por grandes dificuldades, e vê agora realizada a promessa que deixara ao seu homólogo são-tomense, Rafael Branco, de conseguir este apoio estratégico para São Tomé e Príncipe.
   Neves reuniu-se ainda com o Grão-Duque de Luxemburgo, Henri, o Presidente da Câmara dos Deputados, Laurent Mosar e com a Comissão dos Negócios Estrangeiros da Câmara dos Deputados para debater as relações entre os dois países e a política diplomática cabo-verdiana.
   Já no domingo, o primeiro-ministro cabo-verdiano encontrou-se com a comunidade na Abadia de Neumünster com o objectivo de “dialogar para avaliar o percurso e perspectivar o futuro.”
   Recordando o rumo e visão que tem para o país, JMN apresentou ao auditório as prioridades para “a profunda transformação do país”, que passam pela aposta no “turismo, transportes, cultura, aproveitamento do mar, tecnologias de informação e comunicação”.
   Outra aposta deste governo é “fazer de Cabo Verde o Luxemburgo daquela região africana, criando um centro financeiro, que até agora já conta com 12 instituições financeiras internacionais, 5 bancos e uma bolsa de valores”, refere.
   Mas para isto é preciso continuar a “investir nas potencialidades do país”.
   À cabeça dessas potencialidades está o capital humano e como prova disso, JMN referiu que “23% do orçamento do estado é dirigido à educação/formação, que conta com 50 liceus no país, 8 instituições de ensino superior suportando cerca de 10 mil estudantes”.
   Em véspera anual de eleições presidenciais e legislativas, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Carlos Brito, garantiu que “a partir de agora qualquer cabo-verdiano na diáspora pode obter a nacionalidade e se recensear”, usando os serviços consulares como Conservador dos Registos Centrais e desta forma também exercer o direito a voto.
   Com uma sala cheia, JMN teve ainda tempo para ouvir os agradecimentos e as preocupações da comunidade.
   A abrir a sessão das perguntas, o jovem António Lopes Tavares, manifestou a sua “indignação pelo facto de a formação não estar a conseguir ser a base de desenvolvimento social e humano na comunidade no Luxemburgo”.
   “Os filhos ainda não podem sonhar em ser melhor que os pais e é urgente criar um plano de reinserção dos jovens”, acrescentou.
   Entre as queixas, contam-se os preços exorbitantes da habitação, o aumento da desconfiança por parte dos bancos e a consequente dificuldade em obter garantias bancárias, o que está a gerar grandes dificuldades na comunidade.
   O auditório mostrou-se ainda atento às questões internas abordando a descentralização dos serviços, a revisão da legislação face à onda de criminalidade, a discriminação sentida pelos emigrantes quando estão de visita à sua terra natal, o hipotético cenário da construção de mesquitas e o financiamento do Banco de Desenvolvimento Árabe, entre outros temas.
HB