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27/09/2013

Projecto do governo cabo-verdiano apoia regresso definitivo a Cabo Verde

Viviane van Hueck, da Organização Mundial das Migracoes,
Nadir Delgado, coordenadora da CAMPO, e Clara Delgado,
Encarregada de Negócios de Cabo Verde no Luxemburgo Foto: Aleida Vieira
A comunidade cabo-verdiana assistiu no domingo, no Centre Sociétaire, na cidade de Luxemburgo, à apresentação do projecto "Reforço das capacidades de Cabo Verde na gestão das Migrações". Este projecto tem origem numa parceria entre a União Europeia (UE) e Cabo Verde e tem como objectivo o apoio à reintegração económica dos emigrantes cabo-verdianos que desejem regressar a Cabo Verde e aí criar uma empresa ou integrar-se no mercado de trabalho daquele país.

O projecto foi apresentado por Clara Delgado, encarregada de Negócios da Embaixada de Cabo Verde no Luxemburgo, Viviane Van Hoeck, da Organização Mundial das Migrações (OIM), e Nadir Delgado, coordenadora do Centro de Apoio ao Migrante no País de Origem (CAMPO). Muitos foram os cabo-verdianos que compareceram a esta sessão de esclarecimento.

No âmbito da parceria de mobilidade entre Cabo Verde e a UE, o projecto "Reforço das capacidades de Cabo Verde na gestão das Migrações" prevê um apoio económico de cerca de 4.000 euros para os cabo-verdianos emigrantes nos países como Portugal, Holanda, França ou Luxemburgo que queiram regressar ao seu país de origem. Apenas os cabo-verdianos residentes num destes quatro países e que nunca tenham sido alvos de medidas de afastamento de um dos estados membros da EU podem beneficiar deste projecto.

O apoio à criação de uma empresa é feito em quatro fases. Apoio técnico para a criação de uma empresa, ou seja, após a apresentação do seu projecto à OIM ou directamente ao CAMPO, o emigrante irá ser aconselhado por um consultor especializado que analisará o projecto e aconselhará quanto à viabilidade do projecto.

Após a certificação da viabilidade do projecto, o emigrante recebe uma ajuda financeira de cerca de 4.000 mil euros e vai, também, ser acompanhado no lançamento e implementação do seu negócio. Uma formação inerente à sua actividade é também garantida.

Para quem queira regressar ao arquipélago e integrar o mercado de trabalho, a coordenadora do CAMPO informou que "é possível disponibilizar online o CV através da ferramenta PQuE, que irá partilhar o currículo pelas diferentes instituições do país de acordo com a formação e experiência da pessoa", garantiu Nadir Delgado, sublinhando que desta forma a comunicação entre as instituições será garantida.

Nadir Delgado informou ainda que 10 % das pessoas que apresentaram os seus projectos já foram seleccionadas.

O projecto "Reforço das capacidades de Cabo Verde na gestão das Migrações" tem uma duração de 36 meses e o empresário é acompanhado durante o primeiro ano da empresa. Para apresentar um projecto ou simplesmente pedir informações, deve ser enviado um email para campo@campo.com.cv ou ainda consultar a página em linha da CAMPO (www.campo.com.cv).

Fonte: CONTACTO/AV

09/09/2013

Jorge Carlos Fonseca visita Luxemburgo de 26 a 28 de Setembro

O Presidente da República de Cabo Verde, José Carlos Fonseca, vai estar no Luxemburgo entre os dias 26 e 28 de Setembro, com o objectivo principal de visitar a comunidade cabo-verdiana residente no Grão-Ducado.

No dia 27, sexta-feira, a Embaixada de Cabo Verde no Luxemburgo convida a comunidade para um encontro/convívio com o Presidente da República a partir das 17h30, no hotel Parc Belle-Vue (5, Av. Marie-Therese, cidade do Luxemburgo).

02/09/2013

Juventude em Marcha a 14 de Setembro no Luxemburgo

Juventude em Marcha, o grupo teatral mais antigo de Cabo Verde, vai estar no Luxemburgo no dia 14 de Setembro para apresentar a peça "Cabo Verde Terra Sabe" (Cabo Verde terra agradável). O espectáculo vai ter lugar às 19h30, no Kinneksbond, em Mamer.

A encenação conta a história de um casal que chega a uma agência de viagem à procura de um destino de paz e tranquilidade. Na viagem ao estrangeiro, o casal vive momentos inesquecíveis e a conhecida "morabeza" cabo-verdiana.

Fundado a 25 de Março de 1984, o brilhante percurso do grupo Juventude em Marcha conta já com três dezenas de obras que visam a promoção dos valores socioculturais cabo-verdianos e cinco produções audiovisuais: Problemas de Família, Rabo da Bruxa, Dilema, o Preço de um Contrabando e Órfãos do Penedo.

O grupo teatral cabo-verdiano actuou já em Setembro de 2011 no Centro Cultural Tramsschapp, em Limpertsberg, na cidade do Luxemburgo e, no mesmo mês do ano passado, em Florange (França).
O preço da entrada, no local, custa 30 euros, mas os bilhetes podem ser adquiridos em pre-venda, a 25 euros, na Épicerie Créole de Bonnevoie e de Ettelbrück ou através da associação Comité Spencer, que organiza o evento.

Parte dos fundos revertem a favor dos projectos do Comité Spencer para a ajuda ao desenvolvimento em Cabo Verde.

Mais informações na internet (www.comitespencer.lu)

22/06/2013

Família de Beatriz Fernandes nega falta apoio à jovem

A comunidade esteve unida em torno de Beatriz, mas alguns familiares
e amigos ainda
estão de costas voltadas
A família da jovem cabo-verdiana encontrada morta em casa, a 4 de Junho, em Bonnevoie, nega falta de apoio a Beatriz Lima Fernandes (Bety).
 
Os familiares disseram ao CABOLUX/CONTACTO que quando tiveram conhecimento da morte de Bety, as coisas já estavam tratadas e não tiveram tempo para nada.
"Na quarta-feira [5 de Junho] ouvi a notícia na Rádio Latina, de morte natural, mas não disseram o nome. Só quando cheguei a casa é que soube que era ela. No próprio dia já tinham tudo no Facebook e não tivemos tempo para nada", diz o marido da tia Fernanda, António Rocha.

"Se ela veio para a Europa foi através de nós. Fui eu e a minha mulher que recebemos a Beatriz quando chegou a Portugal para tratar a diabetes. Legalizamos as coisas para ela e a mãe. Nós ajudámos a Beatriz", garante o tio por afinidade.

A mãe também nega a falta de apoio de que a família foi acusada por Zenaida, com quem Beatriz viveu quando veio para o Luxemburgo, há dois anos. "Soube na véspera que a minha filha ia para o Luxemburgo tomar conta das crianças da Zenaida", revela Maria de Fátima, residente em Portugal, e que sempre foi contra esta vinda para o Luxemburgo.

"Eu é que criei a Beatriz até aos 21 anos e sempre fui contra a ideia de ela ir para o Luxemburgo, por causa da doença [diabetes tipo 1]. Mas mesmo assim ligava-lhe sempre à noite porque era quando me dava maior preocupação", garante Maria de Fátima.

"Quando a Zenaida ia para comprar casa a Bety passou a morar sozinha, mas os médicos disseram que ela não podia viver sozinha. Tinha de tomar insulina três vezes ao dia e a Zenaida devia saber disso, até porque a Bety já tinha tido uma crise na sua casa, em que foi assistida pelo marido", conta a mãe.

No Luxemburgo, teria sido a Beatriz a não procurar apoio, diz a família. "Ela não nos disse que estava cá. Encontrei-a por acaso numa festa. Dei-lhe o nosso contacto e ela disse que ia ligar. Via-a sempre nas festas, mas nunca se quis dirigir à família. Dizia 'vou ligar à tia' e nada. Se ela estava bem com a Zenaida não íamos impedir isso", explica a filha do casal Rocha, a prima Andreia.

Mesmo assim, António Rocha garante ter procurado a Bety em Bonnevoie e diz que a família estava pronta para ajudá-la."Se ela nos tivesse procurado aqui, teríamos ajudado como em Portugal. Mesmo assim agradeço a contribuição da comunidade", diz António Rocha, referindo-se às contribuições para pagar o funeral.

"Não é verdade que a família não se interessou. Eu fui com a família à morgue para ver como podiam fazer as coisas em conjunto para enterrá-la em paz, mas a Zenaida disse que tinha tudo tratado. Eles não foram lá para reclamar o corpo da Bety", conta Etelvina dos Santos, que acompanhou António Rocha e a mulher à morgue.

"Além disso pôs no Facebook que a Beatriz não tinha família no Luxemburgo. É uma história mal contada", defende a amiga do casal Rocha.

Nesta história, e quanto ao pai, "ligava de Cabo Verde todos os minutos e dizia que tinha condições para enterrar a filha em Cabo Verde. Ele também queria enterra-la em paz", acrescenta Etelvina, "mas daqui não quiseram falar com a família". Do lado da mãe: "Até agora estou à espera da conta do funeral para pagar", conclui Maria de Fátima.

Henrique de Burgo

05/06/2013

Comunidade cabo-verdiana chocada com o caso da agressão no comboio

Para o dirigente associativo cabo-verdiano João da Luz o caso é
"lamentável" e deve ter uma "condenação severa" Foto: Rui Melo
O caso da agressão no comboio julgado na semana passada nos tribunais luxemburgueses está a chocar a comunidade cabo-verdiana no Luxemburgo. As autoridades cabo-verdianas e os dirigentes associativos ouvidos pelo CABOLUX/CONTACTO lamentam o caso e dizem que vão agir contra a violência.
 
"É de lamentar o sucedido porque toca a boa imagem dos cabo-verdianos no Luxemburgo. Lamento também porque são pessoas jovens e a tendência é para uma pena pesada", disse ao CABOLUX/CONTACTO a encarregada de Negócios da Embaixada de Cabo Verde no Luxemburgo, Clara Delgado.

Em causa está a agressão violenta a um homem de 49 anos num comboio entre a cidade do Luxemburgo e Rodange, em Dezembro de 2011, alegadamente por três jovens de origem cabo-verdiana, julgados na semana passada.

"A questão da violência é algo discutido há algum tempo com as autoridades luxemburguesas, mas este é um caso que sai das nossas esferas, e que não vai beliscar as relações entre os dois países. É um caso isolado, mas estamos atentos e a acompanhá-lo", garante Clara Delgado.

A associação cabo-verdiana contra a violência, Comité Spencer, diz que está já a preparar projectos para combater casos como estes.

"Temos agora uma nova direcção, mas já falámos deste caso em duas reuniões. Estamos a preparar um projecto em conjunto com a comuna de Esch-sur-Alzette, que deve arrancar depois do Verão. Queremos fazer uma 'workshop' contra a violência", conta a nova secretária da associação sediada no Luxemburgo, Dominique Rocha.

"Vamos ter peças de teatro sobre o tema. Pequenos sketches onde os jovens simulam situações conflituosas, como por exemplo em discotecas. Aí vamos ver as reacções do público, mas vamos também convidar o público jovem a subir ao palco e a entrar na peça para reagir de forma diferente", explica Dominique Rocha, que quer ver os jovens a passar pela associação (26, place de la Gare, Galerie Kons) na cidade do Luxemburgo.

"Os jovens que venham ter connosco. Estamos cá para os ajudar na inserção laboral, mas também no voluntariado. Aí, eles podem conhecer outras pessoas do Luxemburgo, misturar-se com outras culturas. Além disso, vão estar mais activas", apela Dominique Rocha.

Já o presidente da Federação das Associações Cabo-verdianas no Luxemburgo (FACVL), João da Luz, mostra mais firmeza. Diz que este caso é "lamentável" para a comunidade, mas que deve ter uma "condenação severa".

"Este é um caso lamentável, e a condenação contra a violência deve ser severa", diz o dirigente associativo, que felicita a polícia pela rápida intervenção. "Quero dar os parabéns à polícia por ter reagido de forma rápida. A divulgação do vídeo ajudou a perceber o que se estava a passar. Foi positivo".

Para o dirigente associativo, é preciso desenvolver uma "nova política dirigida aos jovens recém-chegados", que "não conhecem bem" esta sociedade. "É preciso um melhor enquadramento, e isto tem de ser feito pelo Serviço Nacional da Juventude e pelas associações. A sociedade civil tem uma grande responsabilidade em relação a esses jovens", diz.

O dirigente associativo vai aproveitar a próxima assembleia geral da federação, marcada para 15 de Junho, para "pedir às associações para aumentarem as acções para jovens", anunciou o presidente da FACVL, que apela também ao envolvimento das associações portuguesas.

"Quando falo em associações, falo nas cabo-verdianas, mas também nas associações portuguesas, porque muitos desses jovens recém-chegados vêm de Portugal, nasceram e cresceram lá, e identificam-se mais com Portugal do que com Cabo Verde", conclui.

Herique de Burgo

Miss Global Cabo Verde chama-se Traece Monteiro e veio da Holanda

Traece Monteiro, a Miss Global Cabo Verde 2013 (ao centro), com a primeira e segunda damas de honor, Melanie Ortet (esq.) vinda de França e Irene Tavares (dta.) vinda da Suíça  Foto: Flavio da Costa
Traece Monteiro Rodrigues, de 19 anos, é a nova Miss Global Cabo Verde. A jovem, que também foi eleita Miss Simpatia, veio de propósito da Holanda para participar na 3a edição do concurso organizada no Luxemburgo, e ficou emocionada quando ouviu o seu nome.

A noite foi longa para as candidatas ao título Miss Global Cabo Verde ontem no Centre Drosbach, na Cloche d'Or. As jovens cabo-verdianas na diáspora vieram do Luxemburgo, Portugal, França, Suíça, Holanda e Reino Unido para disputar o título que até ontem pertencia a Soraia Dias.

O espectáculo só acabou às 3h da manhã, com a vitória de Traece Monteiro Rodrigues, residente na Holanda, onde há uma importante comunidade cabo-verdiana. Traece, que também foi eleita Miss Simpatia, recebeu a coroa das mãos de Soraia Dias, muito emocionada.

Modesta, a jovem de 19 anos disse ao CONTACTO que "a beleza vem do interior" e garantiu não estar à espera de ser a vencedora.

Agora, Traece Monteiro vai representar Cabo Verde em concursos internacionais na Jamaica e no Curaçao. Já a primeira-dama de honor é Melanie Ortet, de 18 anos, a viver em França, e tem à sua espera uma viagem a Cabo Verde. A segunda dama de honor chama-se Irene Jesus Tavares, tem 19 anos, veio da Suíça e vai receber 350 euros.

Fonte: CONTACTO/Patrícia Marques

02/06/2013

Cabo-verdianos contribuem com medalhas para o Luxemburgo


Edna Semedo                                                      Foto: Michel Dell'Aiera
Os cabo-descendentes contribuíram para a vitória do Luxemburgo nos Jogos dos Pequenos Estados da Europa com duas medalhas de Prata.

O Luxemburgo foi o grande vencedor do evento, que terminou este sábado e que reúne os Estados europeus com menos de um milhão de habitantes, com 105 medalhas, 37 de ouro, 38 de prata e 30 de bronze.

Edna Semedo, no salto à vara, e Jairo Delgado, uma das figuras do basquete masculino do Luxemburgo, levaram para casa a medalha de Prata.

A grande desilusão foi para o velocista Lionel Évora Delgado, finalista nos 4x100. O Luxemburgo desistiu da prova devido à falha na transição do testemunho no último percurso.

Edna Semedo não conseguiu defender o título que conquistou nos últimos jogos, em Liechtenstein, mas garantiu o segundo lugar, ao saltar três metros e sessenta, ficando a 10 centímetros do seu recorde pessoal.

A cabo-luxemburguesa foi superada, esta quinta-feira, pela também luxemburguesa Gina Reuland, que saltou quatro metros e bateu o recorde nacional.

No entanto, Edna confessou que esperava "fazer melhor"."Tinha a minha família toda a ver e gostava de lhes ter podido oferecer o primeiro lugar e a medalha de ouro", disse.

"Estive algo nervosa e cometi alguns erros técnicos que normalmente não cometo", explicou. "Sabia que a Kim iria saltar bem, mas pelo menos gostava de ter batido o meu recorde".
"Não compreendo muito bem este resultado. Nos treinos saltei os três metros e oitenta e hoje não consegui", lamentou.

Já no final da prova de 4x110 metros estafetas em atletismo, Lionel Évora tinha no rosto estampada a imagem da desilusão.
 
Lionel Évora Delgado                          Foto: Christian Kemp

Na sua primeira participação oficial ao serviço do Grão-Ducado nos Jogos dos Pequenos Estados da Europa (JPEE), o Luxemburgo desistiu da prova devido a uma falha na transmissão do último testemunho entre Tom Hutmacher e Marek Hoffmann.

"Estou muito decepcionado com a nossa final. Fui o primeiro a correr e inicialmente senti-me satisfeito porque fiz um bom percurso, mas depois quando o testemunho caiu entre os meus dois últimos colegas, foi como se o céu me caísse em cima, nem queria acreditar", conta o jovem velocista português de 17 anos.

"Podíamos ter conquistado uma medalha neste estádio com um ambiente de festa... mas ter que desistir assim, é muito duro e decepcionante", confessa.

"Tudo correu bem nos treinos", lembra. "Estávamos todos confiantes para a final, mas afinal as contas saíram furadas... paciência. Temos de continuar a trabalhar e esperar que nos próximos JPEE, não tenhamos mais nenhum percalço destes", concluiu.

Fonte: Wort.lu/Á.Cruz

Caso de agressão no comboio: Acusados arriscam 12 anos de prisão

O julgamento dos seis jovens acusados de agressão e roubo no comboio entre Luxemburgo e Rodange terminou esta tarde. O Ministério Público pediu ontem 12 anos de prisão para os dois principais acusados no processo. Hoje, o MP pediu penas até 18 meses para os acusados de omissão de auxílio.

Além dos principais acusados por agressão, o Ministério Público  pediu hoje também penas de 18 meses de prisão para um dos jovens, acusado de omissão de auxílio, e nove meses para outro, com a mesma acusação.

Uma jovem também acusada de omissão de auxílio não vai ser julgada pelo mesmo tribunal, por ser menor. O juiz disse ainda que a jovem foi a única no grupo alegadamente envolvido no incidente a tentar pôr fim às agressões.

Ontem, o Ministério Público já tinha pedido 12 anos de prisão para dois dos acusados de agressão, além de oito anos para a única arguida pelo mesmo crime.

Os factos remontam a 14 de Dezembro de 2011, quando um homem de 49 anos foi brutalmente agredido no comboio entre a cidade do Luxemburgo e Rodange, alegadamente por três dos acusados.
A leitura da sentença vai ser feita dia 2 de Julho.
HB

29/05/2013

Seis jovens cabo-descendentes acusados de agressão e roubo

Foto: CFL/Polícia Grã-Ducal
Seis jovens de origem cabo-verdiana – quatro rapazes e duas raparigas – respondem desde a passada quarta-feira em tribunal pelo alegado ataque a um passageiro no comboio entre a cidade do Luxemburgo e Rodange, em 14 de Dezembro de 2011.
 
Os arguidos são acusados de agressão, roubo com recurso à força e omissão de auxílio a pessoa em perigo. Uma câmara de vigilância filmou a agressão.

No vídeo abaixo, vêem-se os ataques à vítima, um homem de 49 anos residente em Arlon, que foi roubado e deixado ferido e inconsciente no chão da carruagem.


Um dos agressores foi identificado e detido pela polícia no dia seguinte. Os outros jovens foram detidos depois de a polícia ter divulgado publicamente o vídeo e ter apelado a testemunhas, em Janeiro de 2012. Os arguidos tinham entre 17 e 19 anos na altura dos factos.

A vítima sofreu uma comoção cerebral, fracturas no rosto e uma hemorragia cerebral, entre outros ferimentos. Depois do ataque, segundo a acusação, sofreu de dores de cabeça, vertigens, perturbações da memória e do sono, sintomas de stress, e continua a ter tratamento psicoterapêutico.

O juiz Prosper Klein viu o vídeo e um agente da polícia reconstituiu a agressão, adiantando que os agressores estavam alcoolizados. O polícia diz que tudo terá começado com uma discussão entre a vítima e um dos jovens.

A vítima disse que foi quando pediu aos jovens para deixarem a carruagem da primeira classe que começaram os insultos e se seguiu a agressão.
Segundo um dos jovens, o homem foi o primeiro a agredi-lo. Depois disso, chegou um segundo jovem, que veio ajudar o amigo.

Uma das arguidas disse ter subido ao primeiro andar da carruagem para ver o que se passava, sabendo que os seus companheiros estavam alcoolizados e podiam ser violentos.

A jovem, que depois de detida foi encontrada com o dinheiro da vítima, nega ter roubado a carteira, que terá sido o segundo jovem a roubar.

Pouco antes dos factos, o jovem que alegadamente se envolveu primeiro com a vítima tinha sido condenado a dois anos de prisão, num outro caso de agressão.

O primeiro jovem, que se encontra actualmente a cumprir uma pena de dois anos de prisão, reconheceu ter agido erradamente.

Os dois rapazes e a rapariga respondem por agressão e roubo diante do Tribunal Criminal. Os outros três, por cumplicidade, respondem no Tribunal Correccional.

Fonte: Contacto/Wort.lu/pt

22/05/2013

Edna Semedo e Lionel Évora querem conquistar medalhas para o Luxemburgo

Edna Semedo quer defender o título de campeã do salto
à vara conquistado nos JPEE em 2011 no Liechtenstein
Edna Semedo, no salto à vara, e Lionel Évora Delgado, na estafeta de 4x100 metros, têm como denominador comum vencer medalhas nos Jogos dos Pequenos Estados da Europa.

Os dois atletas de origem cabo-verdiana representam o Luxemburgo e querem inscrever o nome na história da competição.

Edna Semedo, de 22 anos, é a única que participa pela segunda vez nos Jogos dos Pequenos Estados da Europa, enquanto Lionel Évora se estreia na competição.

A atleta, filha de pais cabo-verdianos, mas com nacionalidade luxemburguesa, conquistou a medalha de ouro no salto à vara na última edição dos JPEE, que se realizaram no Liechtenstein, em 2011, atingindo os 3,80m.

Para a jovem saltadora, "ultrapassar os quatro metros e bater o recorde nacional" é um dos seus objectivos, e depois, se possível, "defender o título" que conquistou no Liechtenstein.

"Sei que não vai ser fácil, porque a concorrência é grande, mas vou dar o meu melhor", garante.
Para a campeã nacional Indoor do Grão-Ducado em 2013, "os treinos – cinco vezes por semana – e as últimas competições têm sido muitos importantes para atingir o pico de forma durante os jogos", explica.

"Espero poder estar à altura das minhas responsabilidades", sublinha.

Lionel tem apenas 16 anos
Lionel Évora Delgado vai também representar o Luxemburgo em atletismo, na estafeta de 4x100 metros.

Apesar de ter a nacionalidade portuguesa, o atleta do Fola beneficia do facto de cada país poder integrar na sua comitiva um estrangeiro.

O jovem velocista, recordista nacional dos 60 metros indoor e dos 100 metros na categoria de cadets com o tempo de 11,24 segundos, sente-se bastante feliz por participar pela primeira vez nos Jogos dos Pequenos Estados da Europa.

"Esta competição vai proporcionar-me uma maior visibilidade. Competir com atletas de elite é sempre muito gratificante. Foi com grande alegria que recebi a convocação, porque tinha muitas dúvidas na minha participação", argumenta.

Chegar "ao pódio" com a equipa de 4x100 metros estafetas é o grande objectivo do atleta português, que tem como referências o sprinter francês Jimmy Vicaut, campeão europeu dos 60 metros e Carlos Nascimento, atleta do Benfica, recordista luso dos 100 metros.

Sobre o futuro, o jovem atleta do Fola gostava de participar nas grandes competições, como "os Jogos Olímpicos e os campeonatos da Europa e do Mundo".

Fonte: Contacto/A.Cruz

Selecção de Santiago vence Torneio Inter-Ilhas

A equipa de Santiago este 19 anos à espera
para voltar a conquistar o torneio
                       Foto: SL
A selecção da ilha de Santiago venceu o torneio de futebol cabo-verdiano no Luxemburgo 19 anos depois da última conquista.

O evento decorreu sábado e domingo no estádio do Beggen, numa organização da associação "Inter-Ilhas".

A equipa de Santiago, que terminou o torneio com 9 pontos, impôs-se durante os dois dias da competição às outras três equipas participantes.

No final, a selecção de São Vicente foi a segunda classificada, a de Santo Antão foi terceira, e a equipa União das Ilhas teve que se contentar com o quarto e último lugar.

O troféu de melhor jogador foi atribuído a Chalana, do São Vicente, e o de melhor marcador a Keu Barbosa, jogador do Santiago.

O único incidente que ensombrou um dos momentos da competição, no domingo à tarde, foi quando o guarda-redes da União das Ilhas se sentiu mal, perdeu os sentidos e teve que ser transportado para o hospital.

Segundo a organização o jogador acabou por recuperar do susto e voltou ainda ao terreno do jogo, para entrega dos troféus.

Para o próximo ano "vão ser tomadas novas precauções, como a presença da protecção civil no local e outras medidas de prevenção, para evitar casos semelhantes", garantiu um responsável da organização.
Fonte: Contacto/JLC/HB


08/05/2013

Mosar e Schmit homenageiam pioneiros cabo-verdianos

Laurent Mosar (dta.) e Nicolas Schmit (esq.)



O presidente da Câmara dos Deputados, Laurent Mosar, e o ministro da Imigração e do Trabalho, Nicolas Schmit, são os oradores da conferência "A importância da integração política dos estrangeiros no Grão-Ducado", a ter lugar no Hotel Parc Belle-Vue, esta sexta-feira, às 19h45.

O evento decorre à margem do jantar de homenagem à primeira geração de cabo-verdianos no Luxemburgo. A abertura do jantar/conferência vai contar com intervenções da embaixadora de Cabo Verde no Luxemburgo, Maria de Jesus Mascarenhas, do burgomestre de Bascharage, Michel Wolter, e do presidente de Câmara de Ribeira Grande (Cabo Verde), Orlando Delgado.

O jantar de homenagem está aberto à comunidade. Mais informações pelo tel. 691 850 722.

24/04/2013

Primeira geração de cabo-verdianos no Luxemburgo vai ser homenageada


Arminda Monteiro e Manuel Neves (dta.) são alguns dos homenageados
no jantar organizado pela comissão representada por Nelson Brito (esq.)
A primeira geração de cabo-verdianos a chegar ao Luxemburgo vai ser homenageada, num jantar de gala a 10 de Maio. Autoridades locais de Cabo Verde e luxemburguesas vão fazer-se representar naquele que será um evento de reconhecimento aos primeiros emigrantes a abrir as portas do Grão-Ducado à comunidade cabo-verdiana.

"É uma homenagem de toda a comunidade cabo-verdiana e de várias associações às pessoas que fizeram com que hoje ainda tenhamos uma boa imagem no Luxemburgo. E se hoje temos uma grande cooperação com o Luxemburgo é graças a eles", explicou o representante da comissão organizadora, Nelson Brito. 

A título simbólico foram escolhidas cinco pessoas das mais antigas desta comunidade, curiosamente todas da zona de Chã de Pedra, no concelho de Ribeira Grande (ilha de Santo Antão).

Arminda Monteiro é uma delas. Deixou Cabo Verde em 1965, um ano depois do marido. Pelo caminho parou ainda uma semana em Portugal e em Fevereiro do mesmo ano chegou ao Luxemburgo. Diz que no início quase não havia cabo-verdianos e que a língua era o maior problema. Por isso, no trabalho tinha de "ver e copiar".

"Cheguei junto com a Virgínia Monteiro e nesse tempo só havia quatro cabo-verdianos no Luxemburgo. O país estava a crescer e a imigração também, mas a crise ainda não existia (risos), por isso não foi difícil arranjar trabalho. O difícil mesmo era a língua e a adaptação teve de ser 'ver e copiar' os luxemburgueses. Foi um bom país para os cabo-verdianos" conta a já quase septuagenária.

Hoje na reforma, Arminda Monteiro, ainda está reticente num regresso à terra natal. Afinal, a família está praticamente toda por cá e em Santo Antão só lhe resta uma irmã.

Se oficialmente os primeiros cabo-verdianos chegaram ao Luxemburgo na década de 60, oficiosamente, hoje são "entre 12 a 15 mil residentes no Grão-Ducado, a maioria de Santo Antão", diz o conterrâneo Nelson Brito.

Manuel Neves nascido também na mesma ilha, e outro dos homenageados, teve conhecimento do Luxemburgo através de familiares nos Estados Unidos, na altura em que a Grã-Duquesa Charlotte estava exilada naquele país.

"No tempo da Segunda Guerra, a Grã-Duquesa esteve exilada na América e o meu padrinho Teodoro Monteiro conheceu-a por lá e a outros luxemburgueses. Foi através desses contactos entre cabo-verdianos e luxemburgueses que tive conhecimento do país e que decidi vir para aqui em 1964", conta o santantonense, apontado por alguns como o primeiro cabo-verdiano a chegar ao Luxemburgo.

Os irmãos Manuel e Lúcia Neves, Arminda Monteiro, Virgínia Monteiro e Avigília Monteiro são os cinco nomes escolhidos para o jantar de homenagem, aberta à comunidade, e que vai ter lugar no hotel Parc Belle-Vue (7, rue Marie Thérèse), na cidade do Luxemburgo.

Mas para os que não vão poder estar presentes, há outra forma de homenagear a primeira geração. "Outra forma de prestar homenagem é fazer o que a primeira geração não podia fazer na altura. Hoje os desafios são outros e não podemos ser só operários. Podemos ser engenheiros, médicos, mecânicos, ou outra coisa qualquer. Já a primeira geração, até podia querer ser isso tudo, mas não podia. Eles criaram-nos as condições e nós temos de aproveitar e dar seguimento à afirmação da comunidade", desafia Nelson Brito.

Além do jantar, no sábado dia 11, está agendado um torneio internacional de futebol (com equipas provenientes de Cabo Verde, Portugal, França, Holanda e Luxemburgo), no estádio Union, em Bonnevoie, a partir das 10h. A noite musical, no Centro Cultural de Walfedange, vai ser animada pelo grupo santantonense Eclipse e alguns DJ's locais.

Já no domingo, o parque Kockelscheier vai ser palco, a partir das 12h, de exposições de pintura e fotografia, música, dança tradicional e teatro.

Mais informações e reservas através dos telefones 621850722, 691566347 ou 621370519.
Henrique de Burgo

23/03/2013

Cabo-verdianos vítimas de "escravatura moderna" no Luxemburgo

Depois de na passada terça-feira o sindicato luxemburguês OGB-L ter acusado a Açomonta de praticar «escravatura moderna» através de subempreiteiros «duvidosos», surge agora a confirmação da polícia francesa de que a empresa alojava trabalhadores recrutados num edifício abandonado. Entre eles, cabo-verdianos.

Do alojamento ao transporte, passando pelo pagamento dos salários, entre os 300 e os 700 euros, tudo seria organizado pela Açomonta no Luxemburgo, do grupo português com o mesmo nome, diz à Lusa um trabalhador português de origem guineense, que pediu o anonimato.

Em 2011, o operário nascido na Guiné-Bissau, especializado em armações de ferro, foi recrutado para trabalhar no Luxemburgo por uma empresa em nome unipessoal, a Talentos e Oportunidades.

«Assinei contrato na rua, na rotunda do Areeiro [em Lisboa], não foi no escritório», conta o português, casado e com filhos, que estava desempregado há dois meses.

O armador de ferro recebeu um bilhete de autocarro e viajou com dois guineenses. À espera dos três homens, à chegada ao Luxemburgo, estava um dos diretores da Açomonta.

«Ele é que nos recebeu. Levou-nos para uma fábrica abandonada em França, numa carrinha. Estávamos lá 20», conta.

O edifício fica na antiga fábrica de Micheville, em Villerupt, em França, a seis quilómetros da fronteira com o Luxemburgo e a quatro do armazém que a Açomonta tem em Redange.
A Polícia Municipal de Villerupt confirma que o edifício abandonado foi adquirido pela Açomonta.
A empresa transformou o local em habitação «sem a devida autorização de construção, o que é proibido, porque é reservado exclusivamente a atividades industriais», diz o brigadeiro-chefe Raymond Hoffmann.

O chefe da Polícia lembra que no local viviam «trabalhadores africanos, alguns de Cabo Verde», a maioria «armadores de ferro a trabalhar no Luxemburgo».

«Vinham buscá-los numa carrinha da empresa para os levarem para o trabalho», conta. «Os trabalhadores queixavam-se que a Açomonta não lhes pagava o que lhes tinha prometido. Vinham a pensar receber bons salários e afinal viviam em condições de mendicidade».

Segundo o responsável da polícia, a empresa foi notificada para regularizar a licença de habitabilidade, o que nunca chegou a acontecer, levando a autarquia a transmitir o processo ao
Procurador da República, em França.

O local está abandonado há vários meses, segundo o chefe da Polícia. Mas na altura em que o trabalhador português lá viveu dormiam «quatro pessoas» em cada quarto.

Os vinte trabalhadores só tinham um fogão e uma casa de banho, e a fila para o único chuveiro arrastava-se «até à meia-noite, duas da manhã».

Durante o primeiro mês, o português trabalhou 11, 12 e mesmo 13 horas por dia, indica o mapa de ponto, que tem no cabeçalho o logótipo da Açomonta e em baixo, em letras mais pequenas, o nome da Talentos e Oportunidades. Mas depois de um mês inteiro a trabalhar, incluindo «muitos sábados», recebeu pouco mais de 300 euros. tinham nada», diz o emigrante português, que pediu para não ser identificado.
 
Fonte: RL

19/10/2012

Luxemburgo garante entrada no Conselho de Segurança da ONU, com apoio de Cabo Verde

O Luxemburgo foi eleito ontem membro não permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
A candidatura do Grão-Ducado recebeu 131 votos deixando de fora o outro candidato europeu, a Finlândia. Lançada em 2001 pela ministra dos Negócios Estrangeiros de então, Lydie Polfer, a candidatura foi finalizada pelo actual detentor da pasta, Jean Asselborn (foto).
Para 2013 e 2014 foram ainda eleitos para o conselho permanente a Austrália, a Argentina, o Ruanda e a Coreia do Sul.

Já ontem, durante a conferência de imprensa* entre a ministra luxemburguesa da Família e da Cooperação, Marie-Josée Jacobs, e o ministro cabo-verdiano das Relações Externas, Jorge Borges, o ambiente era de "muita expectativa".

"Hoje [quinta-feira] estamos a seguir com muita expectativa a votação para o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. A candidatura luxemburguesa é um projecto que abarcamos juntos. O Luxemburgo é um país irmão e seguimos com muita atenção a votação", referiu o ministro cabo-verdiano Jorge Borges.

"A cooperação não é só num sentido e nós [Luxemburgo] estamos reconhecidos a Cabo Verde por ter apoiado a nossa candidatura. Um muito obrigado", respondeu  Marie-Josée Jacobs.

O Conselho de Segurança da ONU é composto por cinco membros permanentes com direito ao veto (EUA, China, França, Rússia e Reino Unido) e 10 membros não permanentes.

HB
* Por compromisso editorial com o Jornal Contacto, o essencial da reunião sobre a cooperação entre os dois países será publicado na próxima semana.

09/07/2012

São Tomé: Autoridades acordaram intensificar a cooperação com Cabo Verde e Luxemburgo

As autoridades santomenses acordaram intensificar a cooperação com Cabo Verde em múltiplas áreas, particularmente na educação, com o "reforço" na contratação de professores cabo-verdianos para leccionarem em São Tomé e Príncipe. O anúncio foi feito pelo responsável diplomático de Cabo Verde  em São Tomé, à margem 37º aniversário da independência de Cabo Verde.

José Maria e Silva, cônsul de Cabo Verde em São Tomé apontou as prioridades na cooperação bilateral entre ambos países: Agricultura, Saúde e Educação. Em 2013 o número de quadros docentes cabo-verdianos que dão aulas em São Tomé e Príncipe vai ser reforçado, particularmente na ilha do Príncipe.

No domínio da agricultura, o cônsul referiu a cooperação trilateral envolvendo o Luxemburgo, que "já notificou a parte cabo-verdiana" para o efeito, podendo "a cooperação evoluir ainda este ano visualizando a formação profissional".

Além de capacitação e reciclagem de quadros são-tomenses,
José Maria e Silva explicou que as partes podem desenvolver a cooperação à luz do acordo fito-sanitário, existente entre Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, com o auxílio técnico-financeiro do Luxemburgo.

Na saúde, o diplomata citou a recente visita de três dias da ministra de Estado e da Saúde
de Cabo Verde, Cristina Lima, ao arquipélago, na qual permitiu às autoridades dos dois países gizarem um acordo visando a importação de medicamentos de fabrico cabo-verdiano, assim como a reanimação do intercâmbio de quadros santomenses em laboratórios e outras instituições sanitárias de Cabo Verde.

Ainda na esfera da saúde, e para dar corpo ao protocolo assinado pelos titulares da Saúde dos dois países, resultante do Tratado de 2007, Praia e São Tomé decidiram criar uma empresa chamada "Inpharma/STP", ligada à "Inpharma/Cabo Verde", para garantir a reserva de fármacos a diversos hospitais santomenses, bem como viabilizar a comercialização de medicamentos em São Tomé e Príncipe.

Instado pelos jornalistas a comentar a situação da comunidade cabo-verdiana no arquipélago,
José Maria e Silva considerou que "ela não é boa", mas comparou-a a dos próprios santomenses, angolanos ou moçambicanos residentes em São Tomé, reconhecendo, no entanto, que "os Governos dos dois países já identificaram os problemas e têm consciência da situação".

20/01/2012

Veríssimo Pinto: "Luxemburgo é o único país onde é impossível fazer lavagem de capitais"

Em entrevista ao jornal A Nação a partir da penitenciária onde se encontra preventivamente preso, sob alegação de estar ligado ao tráfico de droga e lavagem de capitais, o ex-presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde, Veríssimo Pinto nega estas acusações e diz-se vítima de uma das “maiores injustiças” na história de Cabo Verde.

O ex-PCA da BVC questiona a atitude da Polícia Judiciária (PJ) e de outros agentes da Justiça que, segundo afirma, “andam a passar informações falsas a um jornal da praça, com o objectivo de confundir a opinião pública”.

“Viajei sete vezes para o Luxemburgo e não 19, como maldosamente querem fazer passar”, afirma Veríssimo Pinto, explicando que as viagens se realizaram no quadro da formação, onde foi distinguido com notas elevadas que rondam os 75 por cento naquele Grão-Ducado da Europa.

“É preciso ser-se muito ignorante para afirmar que as viagens a Luxemburgo eram para fazer lavagem de capitais”, declarou, remetendo as pessoas para o Google, a fim de verificarem que Luxemburgo é “o único país” onde é impossível fazer lavagem de capitais, devido aos “elevados requisitos” de diligência (Knowyourcostumer – KYC).

Segundo o semanário, o antigo homem forte da Bolsa de Valores está ansioso para ver chegar a hora do seu julgamento, porque segundo ele, “quem não deve não teme”.

Questiona o porquê da sua detenção no meio da rua com “muito escândalo”, enquanto outros indivíduos alegadamente implicados no caso eram chamados para serem ouvidos na sede da PJ.

Veríssimo Pinto acredita que os motivos que levaram à sua detenção têm a ver com “inveja, alguma maldade adoçada com alguma gota de política”.

Quanto ao barco, a lancha que se convencionou chamar de “voadora” esclarece que foi um negócio feito com a “máxima transparência”, envolvendo nomeadamente o reconhecimento de assinatura e transferência bancária.

Nega que existam documentos que o possam comprometer e pergunta em que país do mundo vender um barco, respeitando toda a legalidade ou convidar alguém para fazer parte do capital social de uma sociedade comercial, constitui crime.

Por isso, no seu entender, tudo indica que o que levou à sua prisão não foram factos, mas sim “linchamento público e procura de mediatismo”.

Veríssimo Pinto foi preso no quadro da operação “Lancha Voadora” que começou a 8 de Outubro, quando a Polícia Judiciária fez a maior apreensão de droga de sempre no arquipélago de Cabo Verde: 1,5 toneladas de cocaína em elevado estado de pureza, armas, equipamentos e dinheiro.

Fonte: Inforpress/FIM

28/12/2011

2012: Algumas mudanças no Luxemburgo

ADEM promete melhorar o serviço aos desempregados
Para o ano esperam-se algumas alterações na Agence pour le Développement de l'Emploi (Centro de Emprego).
A Agence pour le Développement de l'Emploi passa a chamar-se Administration de l'Emploi, mas o acrónimo mantém-se (ADEM). A nova ADEM vai ser dirigida por um director e dois directores-adjuntos. Vai haver uma "comissão de acompanhamento", que vai verificar se a ADEM cumpre a sua missão. Um aumento de funcionários e das suas qualificações vai ser outra das novidades para 2012. O tradicional "placeur" vai ser agora "conseiller professionnel". O processo de inscrição vai ser simplificado e o tempo até à primeira reunião encurtado.
Esperam-se também sanções para quem não respeitar a assinatura da convenção de colaboração com a ADEM. Os transfronteiriços que percam o emprego no Luxemburgo vão ter acesso sem restrição às ofertas da ADEM.

Caixa Mutualista Médico-Cirúrgica aumenta quotização em Janeiro
A Caixa Mutualista Médico-Cirúrgica (CMCM) vai aumentar a quotização da garantia Denta & Optiplus, a partir de 1 de Janeiro de 2012.
Os membros com menos de 40 anos vão pagar 24 % a mais. Quem tenha entre 40 e 59 anos vê aumentada a sua quotização em 29 %, enquanto os maiores de 60 anos serão aumentados em 32 %. Estas limitações resultam numa redução da cobertura das taxas dentárias em cerca de 80 %, com um limite máximo de 3.000 euros para próteses e a 70 %, com um limite máximo de 2.500 euros.
São 115 mil as pessoas no país cobertas pelos serviços Dent & Optiplus e 200 mil pela Prestaplus, elevando o total para 285.000 pessoas, ou seja, mais de 60 % da população.

Étienne Schneider
Étienne Schneider vai ser o novo ministro da Economia 
Étienne Schneider, o delfim do actual ministro da Economia do Luxemburgo, Jeannot Krecké, vai assumir a pasta da Economia a partir de 1 de Fevereiro de 2012.
Para Jeannot Krecké, o ministro demissionário, Étienne Schneider é o homem certo para o lugar: "É a pessoa mais importante que está no ministério no que se refere ao desenvolvimento económico". Krecké reforçou a sua confiança política em Schneider: "Ele trabalha há muito tempo comigo".
Étienne Schneider recebeu 83 % dos votos do partido socialista luxemburguês, composto por representantes do governo, deputados e burgomestres.

Imposto de crise termina em Janeiro 
O imposto de crise vai ser suprimido já em Janeiro de 2012. Em 2010, durante a declaração sobre o Estado da Nação, o governo luxemburguês anunciava várias medidas. Entre elas, a aplicação de um novo imposto de crise na ordem dos 0,8 % sobre todos os rendimentos a partir do salário mínimo.
Depois de verificar que as finanças públicas estavam melhores, o governo anunciou desistir do imposto de crise em 2012, garantia o primeiro-ministro Jean-Claude Juncker, em Julho deste ano, durante o acordo salarial com a Confederação da Função Pública.

Salários: Indexação só aumenta uma vez em 2012
 De 2012 até 2014, a indexação dos salários vai ser aplicada só uma vez por ano. Os trabalhadores apenas vão poder beneficiar de uma actualização salarial, no mês de Outubro do próximo ano.
A decisão do governo em acabar com a indexação automática surgiu depois da anulação, ainda este mês, da Tripartida, de que o Executivo faz parte juntamente com empregadores e sindicatos.
"Durante os próximos três anos, haverá apenas uma actualização salarial por ano", anunciava então o primeiro-ministro Jean-Claude Juncker.

Doentes podem escolher o seu médico de referência
Os pacientes podem, a partir de 1 de Janeiro, escolher o seu médico de referência, se assim o desejarem.
A livre escolha do médico pelo paciente foi garantido pelo ministro da Saúde, Mars Di Bartolomeo. "Não há nenhuma obrigação de ter um médico de referência, mas é algo do interesse do assegurado."
O médico de referência (sucessor do médico de família) vai ter a seu cargo a supervisão da saúde da pessoa que o escolheu e com quem ele vai passar a ter uma espécie de contrato.
O médico vai ter na sua posse todos os diagnósticos da "carreira" do doente, feitos com os outros profissionais de saúde.
Esta medida é importante para determinar as causas da doença e procedimentos médicos a ter em conta, mas também permitir um melhor desenvolvimento da prevenção.

Reforma do Ensino: Votação da lei em Abril
O texto do projecto de lei sobre a reforma do sistema de ensino deve ser votado em Abril de 2012. As discussões sobre o diploma prolongam-se até ao próximo mês de Janeiro, garante a ministra da Educação, Mady Delvaux-Stehres, mas as novas medidas só deverão ser aplicadas no início do ano lectivo de 2013-2014.
Em causa estão a reforma da formação profissional, bem como a reforma do ensino secundário e técnico.

Menores de 25 anos: Pílula comparticipada a partir de Janeiro
Os contraceptivos vão passar a ser comparticipados pela Caixa Nacional de Saúde (CNS) a partir de Janeiro, mas só para menores de 25 anos.
A convenção assinada entre o governo luxemburguês a CNS prevê o reembolso de 80 % do preço pago pela pílula contraceptiva, no caso de jovens até aos 25 anos.
A decisão é um recuo em relação ao anúncio feito em Maio pelo ministro da Saúde. Nessa altura, Mars di Bartolomeo propunha que a contracepção fosse totalmente gratuita para menores de 25 anos.
A partir de Janeiro de 2012, os contraceptivos vão ser mais baratos para os jovens, que terão ainda assim de pagar 205% do preço tabelado.

04/09/2011

Emigrantes no Luxemburgo festejam Nossa Senhora do Livramento e Nossa Senhora do Rosário

Esta é a primeira vez que a comunidade cabo-verdiana local festeja as padroeiras de duas das quatro freguesias do concelho da Ribeira Grande e a organização preparou um programa que integra uma "noite cabo-verdiana", no dia 23 de Setembro, com a participação de artistas da comunidade e dos grupos "Ká e Banda" e, ainda, "Repertório de amigos" que viajarão de Cabo Verde. O evento terá lugar no Centro Cultural Alen Tramsschap, Luxembourg-ville.

O sector cultural do programa conta também com a participação do grupo teatral Juventude em Marcha com uma peça a ser apresentada no domingo, dia 25, no mesmo Centro Cultural Alen Tramsschapp.

O desporto também marca presença no programa das festas de Nossa Senhora do Livramento e Nossa Senhora do Rosário, no Luxemburgo, com a realização de um torneio de futebol em que participação equipas que viajarão de Cabo Verde, dos Estados Unidos da América, de Portugal, da França e da Holanda para se juntarem a uma equipa local, isto no dia 24, pelas 11:00h.

O objectivo da iniciativa é promover a cultura cabo-verdiana no Grão-ducado do centro da Europa e "incentivar a comunidade cabo-verdiana, e não só, a participar nas eleições municipais de 9 de Outubro no Luxemburgo".

Por isso, as festas decorrerão sob o lema, "vivemos no Luxemburgo e também votamos cá" e pretende-se que, além de um momento de promoção cultural, seja ocasião de promoção da integração política da comunidade cabo-verdiana no Luxemburgo.

Fonte: Inforpress/HB