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07/07/2011

Fernanda Fernandes visita cabo-verdianos nas roças de S. Tomé

 Foto: PNN. Fernanda Fernandes em S. Tomé
A ministra das Comunidades de Cabo Verde, Fernanda Fernandes (ex-cônsul no Luxemburgo), visitou as roças de Água Izé e Boa Entrada, em São Tomé e Príncipe, e depois almoçou com a sua comunidade na Ké Morabeza.

A governante cabo-verdiana, anunciou aos cabo-verdianos a parceria entre Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e o Luxemburgo, no sentido de encontrar uma solução para as pessoas que saíram de Cabo Verde e foram trabalhar nas roças de São Tomé e Príncipe na era colonial e que agora estão na terceira idade sozinhos e desamparados.

«Vamos agora apostar num acordo com São Tomé e Príncipe e o Luxemburgo, para resolver e mudar a vida dos cabo-verdianos da terceira idade, neste arquipélago. O Governo de Cabo Verde decidiu aumentar o subsídio de assistência social em mais dez euros, como prometeu o primeiro-ministro José Maria Neves», afirmou Fernanda Fernandes.

É a primeira visita da ministra das Comunidades ao estrangeiro e São Tomé e Príncipe foi o país escolhido. Fernanda Fernandes acompanhou a partida de futebol no Estádio Nacional12 de Julho, junto do comandante do Exército. Procedeu ainda à entrega da taça à equipa de descendentes de cabo-verdianos Ké Morabeza.

Fonte: PNN Portuguese News Network

12/12/2010

Cabo Verde vai ser o primeiro país a receber ajuda orçamental do Luxemburgo

Cabo Verde vai ser o primeiro país a receber ajuda orçamental por parte de Luxemburgo, disse esta semana à Inforpress, o representante da Cooperação Luxemburguesa na Cidade da Praia, Thierry Lippert.
De acordo com Thierry Lippert, essa nova forma de cooperação entre Cabo Verde e Luxemburgo, a ser inaugurada em 2011, é o reconhecimento do “bom trabalho” que o país vem fazendo ao nível da gestão das contas públicas.

“Creio a ajuda orçamental é melhor forma de ajudar no desenvolvimento de um país. Mas o problema é que nem todos apresentam um nível aceitável em termos de gestão das contas públicas”, disse, adiantando que depois de uma análise do caso cabo-verdiano constatou-se que há as condições para essa modalidade de ajuda.

“Para nós foi uma grande decisão porque é a primeira vez que fazemos isso”, precisou Thierry Lippert.

Luxemburgo disponibilizou a Cabo Verde um total de 53 milhões de euros de 2006 a 2010, referentes ao II Programa Indicativo de Cooperação (PIC 2001-2010), com uma avaliação “bastante positiva”, conforme Thierry Lippert.

“Luxemburgo em 2006 prometeu 45 milhões de euros para os projectos até 2010. Já desembolsamos 53 milhões. Isto é uma indicação que os projectos se desenvolvem muito bem”, frisou aquele responsável em entrevista à Inforpress.

Através do III PIC, a vigorar de 2011 a 2015, assinado no mês de Julho, aquele país europeu vai disponibilizar ao arquipélago cabo-verdiano um total de 60 milhões de euros, um aumento de 33 por cento face ao PIC anterior.

A formação profissional, investimentos nos sectores da criação de emprego, micro-finanças para a promoção do auto-emprego, água, energias renováveis, a saúde escolar e o programa de cantina escolar são as áreas prioritárias desse novo programa.

Após as eleições, a representação de Luxemburgo na Cidade da Praia vai reunir-se com o novo Governo para juntos definirem as actividades concretas a serem desenvolvidas, adiantou Thierry Lippert.

Além da cooperação bilateral vai-se dar início em 2011 a um relacionamento trilateral com o envolvimento Tomé e Príncipe, através de uma cooperação Norte/Sul/Sul.

Fonte: Inforpress/Fim

09/05/2010

Luxemburgo reforça ajuda financeira a Cabo Verde (11 e 12 Abril 2010)

(Foto: Gerry Huberty/CONTACTO)
O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, foi recebido nesta segunda-feira pelo seu homólogo luxemburguês, Jean-Claude Juncker, na sequência do seu périplo pela Europa.
No encontro debateu-se o pacote de apoio financeiro a Cabo Verde, que Luxemburgo vai aumentar de 45 milhões para cerca de 60 milhões de euros.
Em cima da mesa esteve também o reforço da parceria em áreas estratégicas como as trocas comerciais, o turismo, a indústria e o nível das universidades. Outra hipótese avançada é a possibilidade da abertura de uma linha aérea entre os dois países para também reforçar o turismo luxemburguês em Cabo Verde.
   A novidade do encontro, no entanto, foi a parceria trilateral entre Cabo Verde, Luxemburgo e São Tomé e Príncipe.
   Recorde-se que antes de chegar a Europa, Neves passou por São Tomé e Príncipe, país que acolhe uma enorme comunidade cabo-verdiana que ainda passa por grandes dificuldades, e vê agora realizada a promessa que deixara ao seu homólogo são-tomense, Rafael Branco, de conseguir este apoio estratégico para São Tomé e Príncipe.
   Neves reuniu-se ainda com o Grão-Duque de Luxemburgo, Henri, o Presidente da Câmara dos Deputados, Laurent Mosar e com a Comissão dos Negócios Estrangeiros da Câmara dos Deputados para debater as relações entre os dois países e a política diplomática cabo-verdiana.
   Já no domingo, o primeiro-ministro cabo-verdiano encontrou-se com a comunidade na Abadia de Neumünster com o objectivo de “dialogar para avaliar o percurso e perspectivar o futuro.”
   Recordando o rumo e visão que tem para o país, JMN apresentou ao auditório as prioridades para “a profunda transformação do país”, que passam pela aposta no “turismo, transportes, cultura, aproveitamento do mar, tecnologias de informação e comunicação”.
   Outra aposta deste governo é “fazer de Cabo Verde o Luxemburgo daquela região africana, criando um centro financeiro, que até agora já conta com 12 instituições financeiras internacionais, 5 bancos e uma bolsa de valores”, refere.
   Mas para isto é preciso continuar a “investir nas potencialidades do país”.
   À cabeça dessas potencialidades está o capital humano e como prova disso, JMN referiu que “23% do orçamento do estado é dirigido à educação/formação, que conta com 50 liceus no país, 8 instituições de ensino superior suportando cerca de 10 mil estudantes”.
   Em véspera anual de eleições presidenciais e legislativas, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Carlos Brito, garantiu que “a partir de agora qualquer cabo-verdiano na diáspora pode obter a nacionalidade e se recensear”, usando os serviços consulares como Conservador dos Registos Centrais e desta forma também exercer o direito a voto.
   Com uma sala cheia, JMN teve ainda tempo para ouvir os agradecimentos e as preocupações da comunidade.
   A abrir a sessão das perguntas, o jovem António Lopes Tavares, manifestou a sua “indignação pelo facto de a formação não estar a conseguir ser a base de desenvolvimento social e humano na comunidade no Luxemburgo”.
   “Os filhos ainda não podem sonhar em ser melhor que os pais e é urgente criar um plano de reinserção dos jovens”, acrescentou.
   Entre as queixas, contam-se os preços exorbitantes da habitação, o aumento da desconfiança por parte dos bancos e a consequente dificuldade em obter garantias bancárias, o que está a gerar grandes dificuldades na comunidade.
   O auditório mostrou-se ainda atento às questões internas abordando a descentralização dos serviços, a revisão da legislação face à onda de criminalidade, a discriminação sentida pelos emigrantes quando estão de visita à sua terra natal, o hipotético cenário da construção de mesquitas e o financiamento do Banco de Desenvolvimento Árabe, entre outros temas.
HB