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14/12/2011

Escuteiros de Santo Afonso em acção por Cabo Verde

Os pioneiros de Santo Afonso contam a a ajuda do Comité Spencer neste projecto Foto: Edna Tavares
O grupo de escuteiros de Santo Afonso vai sair novamente à rua neste fim-de-semana por uma boa causa: angariar fundos para o envio de material didáctico para Cabo Verde. O agrupamento português no Luxemburgo montou no sábado passado uma barraquinha na rue des Capucins, na capital, para sensibilizar quem passava para o projecto. Parte do grupo de escuteiros esteve também em Oberpallen (às portas da fronteira belga e perto de Redange), onde recolheu diversos materiais escolares. Esta acção repete-se neste sábado e domingo.

"Este projecto partiu do grupo de pioneiros de Santo Afonso e tem a parceria do Comité Spencer. Estamos a angariar fundos para ajudar crianças que não têm livros, cadernos, lápis ou outro tipo de material escolar. Se as pessoas não têm esses materiais escolares, em alternativa podem também entregar fundos, que com esse dinheiro vamos comprar material para essas crianças de Cabo Verde", refere o responsável dos caminheiros, Manuel Taveira.

O polo educativo de Santa Cruz conta com cerca de 300 alunos
Os montantes recolhidos vão servir para ajudar o pólo educativo no 5 do concelho de Santa Cruz, na ilha de Santiago, que compreende cerca de 300 alunos e tem carência de material didáctico. A escola tem cinco salas, uma cozinha, duas casas de banho e um refeitório.

"Os donativos ainda fazem diferença para muitas crianças", garante Edna Tavares, do Comité Spencer, que assegura também o envio de alguns computadores e fotocopiadoras cedidos pela comuna do Luxemburgo.

Ao longo de todo o dia, a cabana, montada na rue dos Capucins, foi local de paragem para muita gente que passava por aquela zona do centro histórico da capital, sobretudo portugueses.

"Abordamos as pessoas que passam e há quem dê e outros que não, mas o escuteiro está sempre com um sorriso nos lábios. Os portugueses são os que ficam mais por aqui", diz Manuel Taveira.

Os escuteiros de Santo Afonso são o único grupo escutista de língua portuguesa no Grão-Ducado, e contam ainda com "quatro ou cinco cabo-verdianos".

O material didáctico ainda faz diferença
O grupo tem viajado também para o estrangeiro, e já no Verão de 2012 vai participar num acampamento internacional, na Áustria.

O agrupamento conta com cerca de 80 membros, mas continua aberto a todos que queiram participar nas actividades dos Lobitos (dos seis aos 10 anos), Exploradores (dos 11 aos 14), Pioneiros (dos 15 aos 18) ou Caminheiros (dos 18 aos 23 anos). As actividades decorrem aos sábados entre as 15h e as 17h, nas traseiras da igreja de Santo Afonso, na capital.

Esta acção dos escuteiros vai repetir-se no sábado, dia 17 de Dezembro, na capital, ao lado do "Théatre des Capucins" (rue des Capucins).

Para mais informações sobre este projecto solidário, os interessados podem dirigir-se à sede dos escuteiros de Santo Afonso (4, rue du Curé) ou contactar o Comité Spencer (pelo email henri.fischbach@education.lu ou pelos telefs. 691 834 356 e 30 86 18).

HB

15/01/2011

ONU apoia programa de segurança alimentar escolar em Cabo Verde


As Nações Unidas, em parceria com o governo de Cabo Verde, lançam esta sexta-feira um programa de apoio à segurança alimentar e nutrição escolar no país.

A iniciativa é financiada pelo governo do Luxemburgo e envolve US$ 5,6 milhões, a serem aplicados até 2014.

Integração

O desenvolvimento do projeto inclui o Programa Mundial da Alimentação, o Fundo para Agricultura e Alimentação, Fundo das Nações Unidas para a Infância e a Organização Mundial da Saúde.

Em entrevista à Rádio ONU, na cidade da Praia, o representante da FAO em Cabo Verde, Frans Van De Ven, disse que o trabalho, pioneiro por integrar várias agências no país, vai servir mais de 80 mil crianças.

"É o primeiro programa comum da ONU que envolve o PMA, FAO, Unicef e Organização Mundial da Saúde. Pretende dar uma resposta a necessidade de consolidar e de continuar a reforçar todo o programa nacional de alimentação escolar. O programa teve apoio do PMA durante os últimos 30 anos. Agora passou completamente para a responsabilidade do governo que precisa de assistência técnica", disse.

Economia Local

Segundo o representante, a assistência técnica a ser prestada pela ONU vai permitir consolidar e aprofundar o programa, que será desenvolvido em ligação com a economia local.

"Criar valores para permitir aos produtores locais, que participem no abastecimento do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Dar uma educação nutricional e, ao mesmo tempo, permitir que haja uma componente de hortas escolares como mecanismo e instrumento educativo ao lado das escolas", sublinhou.

Segundo o Escritório da ONU em Cabo Verde, o programa visa consolidar os Objectivos do Milénio ao garantir a escolarização das crianças do arquipélago.

30/11/2010

Escola Lusófona no Luxemburgo, novamente o debate

A 18 de Novembro o Governo luxemburguês aprovou uma verba de 160 milhões de euros para financiar uma escola francesa. Esta decisão veio reacender a discussão da criação de uma escola lusófona no Grão-Ducado.
( http://bomdia.news352.lu/edito-9057-estado-luxemburgues-recusa-escola-portuguesa-e-da-160-milhoes-para-liceu-privado-frances.html )

Como reacção, a Confederação da Comunidade Portuguesa no Luxemburgo (CCPL) organizou já ontem uma reunião para debater esta questão. Esperamos mais tarde obter alguma reacção por parte dos dirigentes da CCPL sobre esta matéria, bem como por parte dos serviços consulares cabo-verdianos, dado que a nossa comunidade cabo-verdiana não pode ignorar a lusofonia.

No entanto, já foi criado um espaço social no facebook , aberto a debates sobre este tema: 
http://www.facebook.com/profile.php?id=100001903428411  

«Este espaço serve para que todos aqueles que acreditam que uma escola lusófona pode permitir o sucesso escolar dos alunos, independentemente da sua classe social.

O projecto de Escola Portuguesa surgiu no Luxemburgo há dois anos e foi vetado por ser "contrário à integração".

Parece que as políticas governamentais luxemburguesas apontam para uma integração "à deux vitesses" – une de première classe, pour nos amis francophones et une autre, pour les "derniers de la classe, les mauvais élèves" – nous les lusophones?

Haverá esquizofrenia quando se fala do conceito de ghetto? Há ghetto quando se aponta para a comunidade lusófona, mas não o há quando falamos de francofonia.

Parafraseando Denis Scuto, “Será que as questões sobre a integração são colocadas na forma correcta. Isto é, quando nos perguntam se os Portugueses estão integrados, ou se eles se sentem integrados, a pergunta a fazer não seria "se achamos que têm havido políticas justas e adequadas propícias à integração"!

Já passámos quadro décadas à espera que nos proporcionassem a integração, mas apontando com o dedo para "o gehtto" que supostamente construímos e que em nada corresponde à realidade.

Será que a "verdadeira integração" não passa pela criação de uma Escola lusófona que permita uma ascensão social e económica? Uma escola onde se aprenda também o Luxemburguês e a História do Luxemburgo, factores importantes da identidade nacional.

Independentemente do método, o importante é o sucesso escolar.»
HB