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15/11/2011

Orçamento de Estado de Cabo Verde vai ter este ano um apoio externo de 21 milhões de euros

A ajuda ao Orçamento de Estado de Cabo Verde será este ano de 21 milhões de euros, refere o Grupo de Ajuda Orçamental (GAO).

O grupo, presidido pelo embaixador da União Europeia em Cabo Verde, Josep Coll, avaliou o desempenho do governo de uma forma positiva mas deixou também recomendações, nomeadamente sobre a Electra – Empresa de Electricidade e Água e a operadora de bandeira Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV).

“Ficou mais ou menos claro que Cabo Verde tem vindo a saber gerir a crise internacional, desde 2009. No entanto, em 2011, há um sinal que merece preocupação, não só do governo de Cabo Verde como também dos nossos parceiros internacionais, que é o comportamento das receitas internacionais”, adiantou Cristina Duarte no final da reunião.

Sobre a “deterioração dos indicadores”, a missão, que integra representantes de Portugal, Áustria, Espanha, Luxemburgo, União Europeia (UE), Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e Banco Mundial (BM), admitiu que se deve ao “agravamento da crise económica e financeira global”.

Nesse sentido, a ministra das Finanças de Cabo verde, Cristina Duarte, admitiu que o GAO “pediu frontalmente, ao governo, cautela e um olhar adicional na questão da estabilidade macro-económica tendo em conta os níveis elevados de incerteza, em termos de contexto internacional, nomeadamente na zona Euro”.

Por seu turno, o embaixador Josep Coll disse ter ficado “claro” que o governo cabo-verdiano está atento à evolução, sendo disso prova as medidas de contingência tomadas, como a introdução do Plano de Redução das Despesas Públicas que, de acordo com Cristina Duarte, permitiu poupar 1,5 milhões de contos aos cofres do Estado.

A preocupação maior, salientou o embaixador, tem a ver com o peso “excessivo” de duas empresas públicas deficitárias nas contas do Estado, casos da Electra e os Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV).

01/11/2011

Cabo-verdianos em Portugal procuram outros países da Europa para fugirem à crise

A ministra das Comunidades de Cabo Verde, Fernanda Fernandes, disse ontem que a crise está a levar imigrantes cabo-verdianos em Portugal a pedirem ajuda para regressarem ou voltarem a emigrar dentro da Europa, havendo já quem manifeste dificuldades em sobreviver.

Sem adiantar números, Fernanda Fernandes explicou que as embaixadas e associações parceiras do governo cabo-verdiano já estão a receber "solicitações de pessoas a quererem voltar ou a manifestar dificuldades em sobreviver. Pessoas que perderam o emprego ou idosos sem meios de sobrevivência".

A ministra, que visitava uma escola no Vale da Amoreira, Moita, onde uma turma de 20 alunos está a testar um sistema bilingue em crioulo e português, adiantou que da sua agenda em Lisboa consta ainda uma reunião com instituições de solidariedade portuguesas que trabalham, direta ou indiretamente, com a comunidade e na qual se discutirá a crise.

Fernanda Fernandes também participou no primeiro encontro nacional das associações cabo-verdianas em Portugal, organizado pela federação cabo-verdiana das associações.

Questionada pela Lusa sobre a forma como a comunidade cabo-verdiana está a reagir à crise, Fernanda Fernandes afirmou que "há pessoas com esperança, lutando". "Dizemos que sempre vivemos em crise, somos desafiadores do destino", disse.

No entanto, reconheceu que as autoridades sentem que "há gente com problemas de sobrevivência e já não é só na tradicional diáspora do sul, como em São Tomé, mas também na Europa, nomeadamente em Portugal.

"Temos notado que há uma reemigração de cabo-verdianos na Europa, seja à procura de reunificação familiar, seja à procura de emprego. Sabemos que países, como o Luxemburgo, que têm recebido alguns cabo-verdianos provenientes de Portugal".

A ministra recorda que voltar a emigrar nem sempre é solução, porque "o desemprego tem tocado todos os países da Europa".

No entanto, o regresso a Cabo Verde "é encarado com delicadeza porque o emigrante não gosta de regressar sem sucesso". Segundo Fernanda Fernandes, os emigrantes cabo-verdianos "procuram sempre alternativas antes de regressar definitivamente". A decisão de pedir ajuda para regressar "não é tomada de ânimo leve".

Fonte: RTP

08/01/2011

Ano de crescimento para Cabo Verde

O Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, afirmou ontem que 2011 será um ano exigente, para evitar que a crise financeira afecte o país, mas afirmou estar confiante no futuro do arquipélago.


O chefe de Estado, que ontem recebeu os cumprimentos de Ano Novo da Assembleia Nacional e do Governo cabo-verdiano, afirmou que os efeitos da crise estão a ser mitigados em Cabo Verde.

"O cabo-verdiano já se habitou, ao longo da sua história a lutar forma intensa e incessante para atingir os seus objectivos e não se deixa intimidar pelas dificuldades. Estou certo de que temos energia e confiança suficientes para encarar o futuro com esperança e serenidade. Posso mesmo afiançar que é imbuídos de confiança que encaramos 2011", sublinhou.

Pedro Pires salientou que Cabo Verde, apesar de uma trajectória jovem, tornou-se num caso de sucesso e referência e acrescentou que os "avanços conseguidos de forma consistente" são encorajadores e garantem a confiança no futuro.

Durante o seu discurso, o chefe de Estado aproveitou a oportunidade para felicitar o presidente da Assembleia Nacional, Aristides Lima e os deputados que o acompanharam por terem "conseguido levar a bom termo a revisão constitucional".

Fonte: DN