Mostrar mensagens com a etiqueta emigrantes. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta emigrantes. Mostrar todas as mensagens

17/08/2012

Despiste de autocarro com portugueses em França faz 22 feridos, três graves (com vídeo)

Um autocarro luxemburguês que transportava passageiros portugueses despistou-se esta sexta-feira de manhã no centro de França, na auto-estrada A10 perto de Mer (Loir-et-Cher), causando 22 feridos, três dos quais estão internados com várias fracturas.

O veículo caiu numa vala por razões ainda desconhecidas, adiantou a polícia local. Numa primeira avaliação, as autoridades concluíram que não havia outro veículo por perto, pelo que se terá tratado de um despiste, cujas razões são desconhecidas.

Dos 42 passageiros a bordo do autocarro, 22 precisaram de cuidados hospitalares: 17 foram transportados para o hospital de Blois e cinco para o de Orleães, no centro de França.

Segundo apurou o JN junto de fonte hospitalar, nenhum dos portugueses correr perigo de vida. Três sofreram fracturas múltiplas e estão internados no hospital de Blois e outros três estão sob vigilância, enquanto 11 dos feridos foram observados e já tiveram alta.

Os restantes passageiros, entre os quais quatro crianças, estão livres de perigo, assim como os dois motoristas. As autoridades locais disponibilizaram apoio psicológico para os feridos.

O motorista que conduzia o autocarro na altura do acidente ficou sob custódia até se determinar as causas do despiste, precisou a polícia.

Veja a reportagem do canal francês TF1 sobre o acidente:
Fonte: JN

31/07/2012

Lisboa: emigrantes exploram retorno a Cabo Verde

A possibilidade do retorno de emigrantes cabo-verdianos ao país perante o cenário de crise e as condições de empregabilidade em Cabo Verde dominaram o debate promovido pelo sector do PAICV-Portugal. Esta sessão, que se revelou necessária ao esclarecimento da comunidade decorreu ontem no auditório Carlos Paredes, em Lisboa, Portugal.

A mesa, constituída pelo presidente da Câmara de Santa Cruz, Orlando Sanches, o deputado pela Europa do Partido Socialista português, Paulo Pisco, a coordenadora do PAICV/Portugal, Madalena Semedo, e a vice-presidente da Junta de Freguesia de Benfica, foi coordenada por Celeste Correia, ex-deputada e secretária da Assembleia da República portuguesa e actual presidente do Congresso de Quadros Cabo-verdianos na Diáspora. Tratou-se do primeiro encontro do PAICV/Portugal com a comunidade e serve de preparação para o encontro de comunidades, que se vai realizar em Setembro.

Celeste Correia explicou que a lei da nacionalidade é “uma boa lei”, pesem embora as pressões de Bruxelas para que Portugal aplicasse, desde 2007, a Directiva de Retorno. Disse que “[a lei da nacionalidade] é uma das melhores da Europa. Permite diversas situações em que o cidadão pode ter a nacionalidade cabo-verdiana, nomeadamente se a criança já fez a quarta classe, se um dos pais é residente em Portugal".

Sobre a directiva de retorno, contendo consequências mais gravosas, estipula que o emigrante sem documentação deve ser notificado primeiro e depois tem 30 dias para sair voluntariamente do país, se não conseguir legalizar-se. Explicou as incoerências das políticas europeias, cujos estudos apontam para uma Europa envelhecida que vai precisar de muitos milhões de imigrantes, mas que actualmente está a restringi-los com medidas que vão atingir os emigrantes.

Da assistência, onde estavam muitos elementos que se reuniam em grupo pela primeira vez, vieram preocupações com o desemprego e com as situações de sobrevivência de muitas famílias cabo-verdianas, algumas “a passar fome”, como foi denunciado. A formação das pessoas, as remessas dos emigrantes e a sua aplicabilidade, as possibilidades de encontrarem formas de trabalho, quer seja em projectos de empreendedorismo, quer com a participação de quadros qualificados no desenvolvimento de Cabo Verde, foram questões discutidas.
Outras preocupações levantadas vieram dos estudantes, que vêm de Cabo Verde para estudar em Portugal, pouco informados da realidade ou dos custos das propinas e acabam por ser colocados em zonas habitacionais muito distantes dos seus locais de estudo.

A participação dos emigrantes cabo-verdianos nas autarquias e o seu papel na ajuda à comunidade nos gabinetes das juntas de freguesia, assim como a ausência da comunidade imigrante no Parlamento português, nas televisões ou noutros centros decisórios do tecido social, foram equacionadas pelos participantes.
Um dos quadros participantes sugeriu que o governo cabo-verdiano crie em Lisboa um Consulado Geral, com preparação técnica adequada para resolver com maior eficácia os problemas da comunidade.
Já Madalena Semedo lançou um repto para a criação de um gabinete de apoio à comunidade cabo-verdiana mais carenciada, e apelou à união de todos para fazerem a força e criarem a corrente de solidariedade necessária nestes tempos de muita luta: "Nós temos um país. Podemos regressar ao nosso país, podemos ir trabalhar para Angola ou para outro país qualquer. O momento é para agirmos e sermos solidários para encontrar as soluções”, disse.
O encontro teve acompanhamento musical do tocador de gaita Julinho da Concertina, e uma exposição de fotografias da autoria de Alexandre da Conceição (Xan) intitulada "Ê Quêli, quê di nós”. Também foram expostas diversas peças de artesanato feitas com pano di terra de diferentes cores, como carteiras, porta-lápis, bandoletes, pregadeiras e cintos.
Fonte: asemana/OL

29/06/2012

Emigrantes já têm balcão de atendimento prioritário nas alfândegas

A partir de 1 de Julho, os emigrantes cabo-verdianos vão ter um balcão prioritário de atendimento nas alfândegas da Praia, Mindelo e Espargos, anunciou ontem a Embaixada de Cabo Verde no Luxemburgo.

O balcão prioritário, que vai funcionar entre 1 de Julho e 30 de Setembro, surge em resposta a várias queixas de emigrantes cabo-verdianos, que denunciavam atrasos no desalfandegamento de bens pessoais e longas esperas no atendimento no regresso ao arquipélago.

A medida foi implementada pelo Ministério das Comunidades e a Direcção-Geral das Alfândegas.
Durante a época alta, os emigrantes vão ter "um atendimento mais célere e personalizado", garante o Ministério das Comunidades em comunicado.

01/11/2011

Cabo-verdianos em Portugal procuram outros países da Europa para fugirem à crise

A ministra das Comunidades de Cabo Verde, Fernanda Fernandes, disse ontem que a crise está a levar imigrantes cabo-verdianos em Portugal a pedirem ajuda para regressarem ou voltarem a emigrar dentro da Europa, havendo já quem manifeste dificuldades em sobreviver.

Sem adiantar números, Fernanda Fernandes explicou que as embaixadas e associações parceiras do governo cabo-verdiano já estão a receber "solicitações de pessoas a quererem voltar ou a manifestar dificuldades em sobreviver. Pessoas que perderam o emprego ou idosos sem meios de sobrevivência".

A ministra, que visitava uma escola no Vale da Amoreira, Moita, onde uma turma de 20 alunos está a testar um sistema bilingue em crioulo e português, adiantou que da sua agenda em Lisboa consta ainda uma reunião com instituições de solidariedade portuguesas que trabalham, direta ou indiretamente, com a comunidade e na qual se discutirá a crise.

Fernanda Fernandes também participou no primeiro encontro nacional das associações cabo-verdianas em Portugal, organizado pela federação cabo-verdiana das associações.

Questionada pela Lusa sobre a forma como a comunidade cabo-verdiana está a reagir à crise, Fernanda Fernandes afirmou que "há pessoas com esperança, lutando". "Dizemos que sempre vivemos em crise, somos desafiadores do destino", disse.

No entanto, reconheceu que as autoridades sentem que "há gente com problemas de sobrevivência e já não é só na tradicional diáspora do sul, como em São Tomé, mas também na Europa, nomeadamente em Portugal.

"Temos notado que há uma reemigração de cabo-verdianos na Europa, seja à procura de reunificação familiar, seja à procura de emprego. Sabemos que países, como o Luxemburgo, que têm recebido alguns cabo-verdianos provenientes de Portugal".

A ministra recorda que voltar a emigrar nem sempre é solução, porque "o desemprego tem tocado todos os países da Europa".

No entanto, o regresso a Cabo Verde "é encarado com delicadeza porque o emigrante não gosta de regressar sem sucesso". Segundo Fernanda Fernandes, os emigrantes cabo-verdianos "procuram sempre alternativas antes de regressar definitivamente". A decisão de pedir ajuda para regressar "não é tomada de ânimo leve".

Fonte: RTP

14/02/2011

"Quem for para Cabo Verde goza da mesma protecção de saúde que aqui [Luxemburgo] - João da Luz

Após a maioria absoluta e um terceiro mandato para o primeiro-ministro cabo-verdiano José Maria Neves, o secretário da delegação no Luxemburgo do Partido Africano para a Independência de Cabo Verde, João da Luz, reconheceu que apesar da vitória a nível global, tirou “algumas lições do trabalho no terreno do MpD [que venceu aqui com 243 votos contra 200 do PAICV], e que vão ser usadas para as presidenciais no mês de Outubro.”

Mais votos, mas menos deputados

Actualizados os últimos dados divulgados pela Cabolux/Contacto, a Comissão Nacional de Eleições atribui então definitivamente 38 deputados ao PAICV, 32 ao MpD e 2 à UCID.
Desta forma o PAICV perde 3 deputados para o MpD face ao último mandato, apesar de ter aumentado a percentagem de votos em 0.5% (51,4) e o MpD ter descido 1% (41.8).
Sobre este desfasamento João da Luz lamenta: “o PAICV foi penalizado pelo sistema eleitoral vigente, que estabelece novas normas de eleições de deputados.”
“Por exemplo, no Fogo, o PAICV conseguiu mais 4306 votos que o MpD e, deste número, 1902 votos não contaram para a determinação de mandatos, enquanto em sentido contrário, na ilha do Sal, o MpD conseguiu um mandato a mais por escassos 78 votos”, explica.

Olhando ainda para os números, “ao contrário do que a oposição dizia, houve uma maior participação nestas últimas legislativas e um aumento no número de votos [no PAICV], o que quer dizer que a política feita por José Maria Neves ao longo destes dez anos é uma política aprovada pelos cabo-verdianos”, conclui.

O balanço dos 10 anos

“Os primeiros 5 anos de governo foram para concertar um país que estava combalido” e o segundo mandato para “conseguir uma visão para Cabo Verde”, tendo então o país conquistado duas vezes o Millenium Challenge Account e passado de país atrasado para país de desenvolvimento médio.”
Para o secretário do PAICV-Luxemburgo estas foram as 4 plataformas de desenvolvimento levadas a cabo pelo governo de José Maria Neves e que se pretendem reforçar:
O primeiro pilar é “a boa governação, com estabilidade, sem corrupção e gestão sã, algo que foi provado nestes mandatos”.
Em segundo, assegurar a única potencialidade de Cabo Verde - os recursos humanos – apostando em parcerias estratégicas de integração regional, que passam pela CPLP, CEDAO, Europa, América e a nova região Macaronésia, que faz Cabo Verde entrar na periferia da Europa.”
Por outro lado “mais construção de escolas técnicas em Cabo Verde, maior abertura em termos de negócios no país” e por último “a construção de estradas, energias renováveis, renovação e criação de novos portos e a construção de 3 aeroportos internacionais.”

Já para estes próximos 5 anos pretende-se reforçar os pontos referidos e “apostar na aceleração da formação da juventude cabo-verdiana nas novas tecnologias, alargamento do poder das universidades no país (foram criadas 9 universidades de 2000 para cá) e sobretudo combater a pobreza com o projecto “casa para todos”.

Incentivos aos emigrantes

Na área da emigração, “quem for do Luxemburgo para Cabo Verde, goza da mesma protecção de saúde que aqui tem”, o mesmo acontecendo de lá para cá e dentro do acordo de segurança social que se conseguiu, sendo que “o PAICV assinou 15 deles, com 15 países diferentes, enquanto o MpD apenas 4.”
Sobre as taxas alfandegárias, relembra que “a isenção total alfandegária é aplicada quando um indivíduo volta definitivamente para Cabo Verde” e se antes era preciso provar que um artigo pertencia a alguém pelo menos há 6 meses, “hoje em dia não é preciso provar nada.”
Quanto aos investimentos em Cabo Verde apela “a toda emigração para não se deixar ser enganada por indivíduos que estão à espera de apanhar um inocente.”
“O Instituto das Comunidades faz-lhe um plano financeiro de graça em vez de procurar intermediários”, complementa.
Para além destes incentivos o emigrante “têm à disposição a Casa do Cidadão, a embaixada e o portal do cidadão.”
A criação do Banco de Cabo Verde de Investimentos visa também apoiar o emigrante “desde a criação da empresa à construção da casa em Cabo Verde.”
A finalizar, relembra que “a Embaixada está preparada para prestar estas e outras informações a qualquer cidadão.”
HB

13/11/2010

Caixa Económica quer abrir balcão no Luxemburgo

De visita ao Luxemburgo, o presidente do conselho de administração da Caixa Económica de Cabo Verde, Emanuel Miranda (foto à direita), assumiu a vontade de abrir um balcão no Grão-Ducado daqui a 3 ou 4 anos, numa apresentação de "um novo banco", no Centre Sociétere.

Segundo Miranda, esta visita ao Grão-Ducado teve como objectivo “a apresentação de uma nova Caixa Económica, que é a instituição financeira mais antiga de Cabo Verde, fundada em 1928, e dos seus produtos e serviços virados para os emigrantes.”
Um segundo objectivo “é o contacto directo com a realidade da nossa comunidade no Luxemburgo, para conhecermos as suas necessidades com vista a melhorar a qualidade e diversidade dos produtos e serviços da Caixa Económica.”
As ofertas dirigidas à comunidade são, na opinião de Emanuel Miranda, “variadas, com produtos passivos e activos. Por exemplo, oferecemos uma taxa de 5.75% para um depósito a prazo de dois anos. Temos também produtos para crédito a habitação e investimento.”
Sobre a resposta do emigrante, diz que “já há um grupo de emigrantes informados das oportunidades do país e das facilidades que foram criadas e que já começaram a investir em Cabo Verde, mas também há outro grupo que ainda não está informado e estamos aqui para trabalhar com eles.”
Da visita constaram também reuniões com instituições financeiras para “negociar condições para facilitar a vida dos emigrantes, mas também conseguir alguns recursos para apoiar a Caixa Económica na implementação do seu plano estratégico.”
HB