Mostrar mensagens com a etiqueta Hall Irbicht. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Hall Irbicht. Mostrar todas as mensagens

28/10/2010

Hall Irbicht recebe cantores cabo-verdianos

Ravidson e Djédjé "in tha house"

O rapper cabo-verdiano Djédjé e o cantor Ravidson Correia, revelação cabo-verdiana 2010 no Luxemburgo, foram a grande atracção de um espectáculo que teve lugar no sábado, 23 de Outubro, no Hall Irbicht, em Beringen/Mersch.

Djédjé, que marcou a adolescência de muitos cabo-verdianos no mundo inteiro, com o seu famoso álbum "Ka bu Kunfia", de 1998, não se esqueceu de cantar canções desse disco mítico. Mas o cantor, radicado nos EUA há cerca de 10 anos, aproveitou para interpretar canções do seu novo álbum, lançado este ano e oferecido à entrada do espectáculo. Um disco que aborda um estilo diferente do habitual, "mais tradicional, mas com a mesma energia", explicou o cantor ao CONTACTO. Segundo o artista, assim a sua música chega a um público mais alargado. "Para podermos evoluir, temos que estudar e compreender a origem da nossa música. Depois cabe a cada um de nós fazer o melhor para marcar a sua época", diz. Djédjé encontra-se actualmente em digressão pela Europa e Cabo Verde para divulgar este novo disco.

Ravidson abriu o concerto com os seus recentes singles zouk "Braçam" e "Invadi sala". O jovem cantor e compositor, cujos primeiros passos foram dados no hip hop, iniciou a sua carreira musical aos 15 anos, como compositor e só depois adoptou um estilo r'n'b, evoluindo mais tarde para o zouk.

Ravidson posiciona-se assim entre dois tipos de música diferentes no estilo mas muito próximos no conteúdo. "Não tenho um estilo de música obrigatório, faço aquilo que gosto e que me agrada", diz o artista, que possui a sua própria assinatura musical, intitulada "Modjimusic". AO CONTACTO revela ainda que participou na compilação "More than Rnb", álbum lançado no ano passado e que contou com o apoio do Serviço Nacional da Juventude (SNJ) e da UE. Ravidson participou também há pouco na realização de um álbum de um artista r'n'b do Luxemburgo e está a estudar algumas propostas para um novo álbum. Da sua agenda fazem ainda parte concertos em Portugal, República Checa, França e Estados Unidos.

A festa, organizada por "Semedo & Friends", foi ainda animada pela noite dentro por alguns DJs locais e por DJ Xecs, vindo da famosa discoteca africana da região de Lisboa, Ondeando (Corroios).

Texto: Cristina Francês Lopes
1a Imagem: Djéjé Foto: Sérgio Lontro
2a Imagem: Radison e DJ Cox Foto: Sérgio Lontro

09/05/2010

Cordas do Sol em concerto no Luxembugo (1 Maio 2010)

Com o concerto de sábado à noite no Hall Irbicht (Beringen/Merch), ficámos com a certeza que o novo álbum Lume d’Lenha, dos Cordas do Sol é já o resultado natural do amadurecimento do grupo de S. Antão.
   O concerto arrancou ao som de Viva Kel Bolo, levando de imediato o público a dissolver-se no ambiente ritmado e quente, ao estilo kolá, que os Cordas do Sol emanavam do palco.
O repertório englobava temas de alguns trabalhos anteriores e novidades como Kalá Kalá ou Manhe Joana, entre outras, que, em crescendo, contagiaram as cerca de oitocentas pessoas, com danças, aplausos, e outras manifestações de carinho e reconhecimento da performance da banda cabo-verdiana.
      Segundo o líder do grupo, Arlindo Évora, neste novo álbum - Lume d’Lenha (que, segundo a crítica, é o melhor do grupo) “houve mais paciência, mais maturidade. Falamos não só de temas da nossa ilha, mas também de assuntos globais como a problemática dos direitos da criança, liberdade de expressão, direito ao ensino e outros temas sociais, bem como do amor imaterial”. Cordas do Sol tem 15 anos e vida e 10 de estrada e o paralelismo com o seu percurso é claro: “a comida feita no lume de lenha demora a ficar pronta, mas no fim é muito saborosa”, acrescenta.
   Esta é a segunda da vez que os Cordas do Sol actuam no Luxemburgo, fechando desta vez a tournée de promoção de Lume d’Lenha, depois da passagem por Paris, Portugal e Holanda.
   Para breve, Arlindo Évora garante a participação da banda no festival Baía das Gatas e em mais outros dois festivais.
   Sem perder tempo, já neste próximo fim-de-semana voltam a promover o disco na capital cabo-verdiana.
A primeira parte do concerto esteve a cargo de uma das promessas da música cabo-verdiana, Cassandra Lobo (na foto ao lado), que num tom intimista e marcado com fusões do afro-jazz, fez lembrar as sonoridades de Lura ou Mayra Andrade.
Segundo o seu representante, Rodrigues Joaquim, “até ao momento tem actuado em festas cabo-verdianas e não só, mas espera-se para breve a apresentação do seu trabalho no mercado para que as pessoas possam conhecer a identidade de Cassandra Lobo, radicada no Luxemburgo e sobrinha de Ildo Lobo”.
Para a organização, Neusa Monteiro (Associação S. Vicente), o balanço foi positivo. “Trabalhar na cultura é o nosso objectivo e o espectáculo foi perfeito”. Já para Antão Freitas (Associação Estrela Amadora do Norte), a presença dos Cordas do Sol foi uma prenda para o 26º aniversário da associação.
HB