Mostrar mensagens com a etiqueta FACVL. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta FACVL. Mostrar todas as mensagens

12/01/2011

Praia acolhe encontro de interculturalidade e associativismo emigrante Luxemburgo/Cabo Verde

Trinta associações de Cabo Verde e outras dez associações de emigrantes cabo-verdianas no Luxemburgo (encabeçada pelo presidente da FACVL, João da Luz), reuniram-se, esta terça-feira, no Palácio das Comunidades, num encontro de intercâmbio promovido pela Rede Mill Union em parceria com o Instituto das Comunidades.
O encontro enquadra-se nas actividades do projecto Milenium, financiado pela cooperação luxemburguesa em parceria com o projecto “Cabo Verde no Coração do IC”. Segundo a organização, o encontro visa promover "o conhecimento das melhores formas de cooperação entre estas associações".

A mesa redonda tem como tema: "Migração e interculturalidade: O papel das associações comunitárias enquanto instituições locais parceiras no desenvolvimento do sucesso educativo e na integração sociocultural dos migrantes".

Durante três horas de trabalho, os participantes vão abordar temas como a interculturalidade - o papel das associações no sucesso educativo dos migrantes, a situação dos emigrantes residentes no Luxemburgo e a integração dos jovens descendentes, entre outros.

Entre os participantes do encontro estão a Verdefan, Morabi, Acarinhar, Plataforma das Ong's, Adirv, Lajut, CityHabitat, Advic, Acordar, entre outros.

O projecto Milenium pretende promover a troca de experiências, preocupações e informações sobre a gestão das associações e instituições locais e reforçar a solidariedade dos jovens no território e na diáspora cabo-verdiana.
Fonte: Expresso das Ilhas

13/12/2010

Ami ku Nhos espera resposta do governo há 6 anos

A associação Ami ku Nhos, através do seu presidente - Otílio Moreira, relembra que estão ainda à espera de uma resposta da parte das autoridades luxemburguesas ao pedido de apoio feito há 6 anos. Declarações proferidas este fim-de-semana, à margem da celebração do 10º aniversário da associação, em Schifflange.

Segundo Otílio Moreira, um dos objectivos da associação é precisamente “conseguir um local onde possamos estar unidos como hoje aqui no aniversário, seja também para um casamento, baptizado ou fim-de-semana de convívio. Mais do que dinheiro é disto que precisamos.” Lamenta a falta de apoio “principalmente dos cabo-verdianos porque não contamos com a ajuda do governo luxemburguês. Há 6 anos que esperamos uma resposta e até agora nada.”

Aproveita para deixar claro que “não precisamos de dinheiro para nós, mas sim para ajudar em Cabo Verde. Pedimos apoio e se alguém quer ajudar, ajuda. Se não quer ajudar, fazemos o que podemos.”
“Em todos pedidos que fazemos encontramos sempre alguém à nossa frente e temos de esperar a nossa vez. Até agora não encontramos nenhuma ajuda e tudo o que fazemos é do nosso trabalho, do nosso bolso por amor a Cabo Verde”, acrescenta.
A associação conta já com alguns contactos em Santa Catarina (Cabo Verde) e espera futuramente “ajudar as crianças em Cabo Verde que não têm meios para frequentar a escola. Não queremos que essas crianças sigam como os seus pais e que pelo menos aprendam a escrever o nome no papel.”

Um outro objectivo é “passar aos nossos filhos que nasceram no Luxemburgo a tradição cabo-verdiana para saberem quem somos.” Se a dança e as batukadeiras são um exemplo da força desta associação, é o grupo intergeracional dos seus associados que joga um papel importante nessa transmissão de valores, algo ímpar no seio associativo cabo-verdiano presente no Grão-Ducado.

Questionado sobre o papel da Federação das Associações Cabo-verdianas no Luxemburgo para conseguir esse espaço para todas as associações, Otílio Moreira diz que “é boa ideia, mas as associações teriam que se organizar para cada uma fazer as suas actividades sem sobreposição.”
Contudo, ainda não fazem parte da FACVL porque “não podemos andar sempre atrás deles. Já o fizemos, mas eles também têm de vir até nós. Queremos ajudá-los, mas eles têm que nos ajudar.”
“O problema é de comunicação”, lamenta.

Nestes 10 anos de existência, Ami ku Nhos tem demonstrado trabalho com 7 participações no Festival da Imigração, 4 presenças na Festa de Integração em Schifflange, duas participações na Festa da Integração em Belvaux e Sandweiler.
Neste momento contam com 75 membros activos.

A 15 de Janeiro, organizam em Paffental a missa de Stº Amaro, pelas 18h, seguido de jantar às 20h nesta mesma sala (Hondsport Club, Schifflange).
HB

09/05/2010

OCL passa a denominar-se Federação das Associações Cabo-verdianas no Luxemburgo (14 Março 2010)

(Foto: Henrique de Burgo. Da esquerda para a direita: José Maurício, João da Luz e Osvaldo Silva)
A Organização dos Cabo-verdianos no Luxemburgo (OCL) transformou-se domingo em Federação das Associações Cabo-verdianas no Luxemburgo (FACVL), fruto da alteração dos estatutos - decisão aprovada na assembleia geral da organização que decorreu no Centro Social, na rua de Strasbourg, na capital.
Para João da Luz, presidente da assembleia geral, o encontro foi “histórico”. “A partir de hoje começa a funcionar a nova federação. O futuro nos vai dar razão de estarmos hoje nesta sala”, acrescentou.
A revisão dos estatutos foi preparada por Jean-Pierre Dichter, Pedros Santos, entre outros, como resposta às novas exigências legais do país.
   A assembleia geral decorreu na capital Luxemburguesa e contou com a presença da comissão organizadora, diversas associações e da encarregada de negócios da embaixada de Cabo Verde – Clara Delgado.
   A diplomata cabo-verdiana usou da palavra para apelar à união da “utilidade de todas as associações numa federação” relembrando que será assim “mais fácil obter resultados”. Por outro lado, facilitará “o diálogo com os luxemburgueses e com a embaixada”.
   Clara Delgado mostrou-se ainda disponível à discussão conjunta com a FACVL, de uma “agenda útil para a sociedade”.
   O presidente cessante da OCL, José Maurício, lembra: “Desde o primeiro congresso, em que fui eleito como presidente, tentei defender uma organização que fosse neste sentido, mas agora são as associações que têm de acreditar e apoiar o projecto”.
   João da Luz apelou ainda ao “sacrifício” e “assumir das responsabilidades” por parte das associações. Estas, por sua vez, manifestaram esperança na federação.
   Germana Delgado (Comité Spencer) espera que a FACVL “consiga pôr as associações a trabalhar em conjunto para representar os cabo-verdianos aos olhos do Estado luxemburguês”.
   Deolinda dos Santos (Associação São Vicente) acredita que a federação pode coordenar o “calendário de actividades” evitando, por exemplo que “duas associações façam o mesmo torneio de Páscoa”.
   Já para Antão Freitas (Associação Estrela Amadora), quer uma federação “mais forte e coesa” e que dê às associações “confiança para aderir”.
   A associação Black Boys, representada por Victor Martins, acredita mais nos seus projectos. “Queremos criar uma escola de futebol em S. Miguel, Santiago” e agora “é mais fácil”.
   Para Joana Ferreira (APADOC), a FACVL lhes pode ajudar no “diálogo com o ministério da educação” e suprir a “ausência” das associações junto do “governo luxemburguês”.
   O próximo passo da FACVL para breve: a eleição do presidente.
HB