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23/09/2012

EUA diz que Cabo Verde faz pouco para combater o tráfico de pessoas e prostituição infantil

Cabo Verde é um país onde as crianças são submetidas ao trabalho doméstico forçado e um paraíso para o tráfico sexual e de drogas para o Brasil, Portugal e outros países. A acusação é do Departamento de Estado dos Estados Unidos e está expresso no 12º Relatório sobre Tráfico Humano em 186 países.
 
O documento revela que "o turismo sexual, às vezes envolvendo crianças que se prostituem, é um problema crescente em Cabo Verde" e que as crianças são usadas na prática de crimes em vários lugares do país, "incluindo o transporte forçado de drogas". O relatório do Departamento de Estado norte-americano é corrosivo e revela que "as crianças de rua estão vulneráveis à criminalidade e, em raras ocasiões, à prostituição".
 
"Relatórios anteriores indicam que meninos e meninas - alguns dos quais podem ser estrangeiros - são explorados na prostituição em Santa Maria, Praia e Mindelo", lê-se no documento que aborda também os imigrantes, particularmente da Costa Ocidental africana.
 
As fontes do Departamento de Estado indicam que os homens provenientes da Guiné-Bissau, Senegal, Nigéria e Guiné recebem salários baixos e trabalham sem contrato e durante longas jornadas, criando vulnerabilidades tanto pessoais, como no sector da construção civil. No entanto, o relatório alerta que esses "imigrantes podem atravessar o arquipélago a caminho de situações de exploração na Europa".
 
Apesar de colocar Cabo Verde na segunda classe do ranking, o documento acusa o Governo de "não cumprir totalmente os padrões mínimos para a eliminação do tráfico", embora reconheça que o Executivo "está a fazer esforços significativos nesse sentido".
 
Durante 2011, o Governo investigou 44 casos de abuso sexual de crianças, alguns dos quais podem ter incluído crimes de tráfico, diz o relatório. Entretanto, o Departamento de Estado lamenta que, "apesar destes esforços, o Governo não processou os criminosos durante o ano de 2011, incluindo os autores de crimes de tráfico sexual de crianças ocorridas dentro do país".
 
Além disso, continua o relatório, as autoridades cabo-verdianas "não desenvolveram esforços para identificar as vítimas de tráfico em 2011, nem para reduzir o apelo ao comércio e turismo sexual envolvendo crianças".
 
O Governo ainda não reagiu ao 12º Relatório sobre Tráfico de Pessoas do Departamento de Estado norte-americano, mas a Presidente da Comissão Nacional para os Direitos Humanos e Cidadania reconheceu as situações descritas, embora diga que são necessários dados concretos e não apenas advertências.
 
A nível da prostituição de menores, Zelinda Cohen admite que a situação tende a agravar-se, mas considera que Cabo Verde "não pode ser considerado um país de prostituição infantil, porque apenas há casos isolados e não um circuito de tráfico".
 
De referir que o relatório deu nota negativa a todos os países de língua portuguesa, que pouco fizeram para combater o tráfico de pessoas, nomeadamente Angola e Guiné-Bissau.
Fonte: DD/PNN

26/07/2012

Cabo Verde e EUA reforçam cooperação no combate ao tráfico de droga

Cabo Verde e os Estados Unidos da América manifestaram, quarta-feira, na cidade da Praia, a sua disponibilidade para reforçar a cooperação no combate ao tráfico de droga na sub-região oeste-africana, apurou a PANA na capital cabo-verdiana de fonte oficial.

Na sequência de um encontro com o comandante para as Actividades Civis e Militares do Comando Africano dos Estados Unidos (Africom), o general Carter Ham, o ministro cabo-verdiano da Defesa Nacional, Jorge Tolentino, adiantou que os dois países assumiram o compromisso de reforçar a cooperação no domínio da defesa marítima, com destaque para o combate ao narcotráfico.

"É extremamente importante que (o general Carter Ham) tenha vindo a Cabo Verde para debater connosco temas ligados à segurança e paz neste corredor do Atlântico. Temos preocupações convergentes, por isso vamos aprofundar a cooperação neste domínio", declarou o governante cabo-verdiano à imprensa no termo do encontro.

Por sua vez, o general Ham disse que os Estados Unidos querem uma maior cooperação de Cabo Verde no combate ao tráfico de droga na África Ocidental, apesar de "estarem satisfeitos" com os esforços cabo-verdianos neste sentido.

Ele disse achar "muito encorajador" ver Cabo Verde "posicionar-se fortemente" contra o narcotráfico, manifestando ao mesmo tempo "a satisfação" dos Estados Unidos por participar nesses esforços.

"Até agora, os esforços de combate ao tráfico de droga (em Cabo Verde) têm tido resultados notáveis. Mas também temos de entender que os traficantes estão muito bem financiados, são muito imaginativos e muito adaptáveis. É necessário, por isso, um esforço coordenado de todos os países e organizações internacionais para estarem a um passo à frente dos traficantes", frisou.

"Já muito foi feito (em Cabo Verde) e tem havido muitos êxitos, mas há ainda um longo caminho a percorrer", acrescentou, lembrando que os Estados Unidos têm uma operação em curso com a Guarda Costeira cabo-verdiana, com quem efectuam operações conjuntas para garantir maior eficácia na segurança marítima do arquipélago e da sub-região.
Fonte: África 21 Digital