27/04/2011

Abertas as candidaturas para Miss Global Cabo Verde

O concurso de beleza Miss Global Cabo Verde é uma nova iniciativa que pretende levar uma miss do Luxemburgo ao concurso internacional que se realiza na Jamaica em Setembro.

A ideia original partiu da empresa Beauties of Luxembourg através da ex-miss Natascha Bintz.

Para concorrer a Miss Global Cabo Verde é preciso ter entre 17 e 26 anos, medir pelo menos 1m63 e ter origem cabo-verdiana (a nacionalidade não é obrigatória).

As interessadas devem passar um casting numa das datas seguintes:

Luxembourg-cidade: 8 de Maio no Zs Bar (16, rue des Bains, Luxembourg)
Luxembourg-Norte: 14 de Maio no Tropicale Club (5, rue Principale, Wilwerdange)
Luxembourg-Sul: 15 de Maio na Boutique Glam (53, rue du Brill, Esch-sur-Alzette)

Fonte: Bomdia.lu

22/04/2011

Tráfego de passageiros cresce 13% nos aeroportos de Cabo Verde

Um total de 456 mil 177 passageiros embarcaram e desembarcaram nos aeroportos de Cabo Verde no primeiro trimestre deste ano, representando um acréscimo de 13 % ( 52.292 passageiros) relativamente ao período homólogo de 2010, é o que informa uma fonte da empresa cabo-verdiana de Aeroporto e Segurança Aérea (ASA), sefundo a Panapress.


Os dados da ASA confirmam ainda a tendência de uma maior dinâmica nas atividades do tráfego internacional, que cresceu 17,4%, do que o doméstico, cujo crescimento se cifrou em apenas 8,2%.

Também o movimento de aeronaves no aeroportos cabo-verdianos aumentou 22,5%, com registos de mais 4,4% nos voos internacionais e mais 30,9% nos domésticos.

Estima-se que a estabilidade política em Cabo Verde, em contraponto com os conflitos que afetam a região do Magrebe e da África Subsariana, terão motivado a atração de mais do tráfego turístico para o arquipélago e, consequentemente, o aumento do tráfego aéreo internacional.

O aeroporto do Sal, a mais importante infraestrutura aeroportuária cabo-verdiana, movimentou o maior número de passageiros (180.440, 12%), sendo 128.820 internacionais ( 19%) e 51.620 domésticos (-2,1%).

Por sua vez, o aeroporto da Praia movimentou um total de 120.992 passageiros (10,3%), dos quais 50.682 internacionais ( 4,6%) e 70.240 domésticos ( 14,7%).

O aeroporto internacional da Boa Vista, inaugurado em 2007, posicionou-se em terceiro lugar, tendo reforçado a segunda posição em termos de tráfego internacional (62.668 passageiros, 20,2%) e crescido no tráfego doméstico (19.302 passageiros, 24,2%).

O movimento do aeroporto de São Vicente, que passou a receber voos internacionais a partir de 2009, cresceu 8% no primeiro trimestre de 2011, com maior expressão no setor internacional ( 545%, 3.566 passageiros) do que no doméstico ( 0,7%, 41.461 passageiros).

Igualmente, todos os aeródromos do país apresentaram resultados positivos no primeiro trimestre, nomedamente em S. Filipe ( 20,8%), S.Nicolau ( 1,2%) e Maio ( 24,2%).
Fonte: Africadigital

18/04/2011

"Journée Solidarité Valdino" a 7 de Maio

No âmbito da "Journée Solidarité Valdino" as asscociações Cultura Cabo Verde - Luxemburgo, Amizade Cabo-verdiana e APADOC organizam "Le Second Hand", onde adultos e crianças podem vender roupa e brinquedos (dos 0 aos 12 anos). 

Le Second Hand aura lieu le samedi 7 mai de 14h00 à 17 heures au Centre Culturel de Cessange(Lux-Sud).

Informations pratiques :
* Chaque personne (adulte ou enfant) intéressée à vendre leurs vêtements ou jouets aura une table numérotée sur laquelle elle pourra déposer ses objets à vendre aux heures indiqués ci-dessus.
* La participation au Second Hand et la réservation d’une table est GRATUITE.
* Par contre, une tirelire sera mise sur chaque table pour collecter des dons en faveur de Valdino. Vous pourrez librement décider, après chaque vente, quelle somme dédiée à Valdino.
* Vous fixerez vous-mêmes le prix de vente de vos vêtements ou jouets.
* Si vous êtes intéressés à participer au Second Hand Shop, vous êtes priés à vous inscrire au plus tard pour le vendredi 6 mai à 20h00 aux numéros suivants : 691 106 247 ou 661 720 911
* Un numéro de table vous sera communiqué au cours du même appel téléphonique.
* En cas d’inscription, votre présence lors de la vente est obligatoire.

N’hésitez pas à nous contacter en cas de questions éventuelles au N° Tel 621 700 544 (Cultura Cab. Lux., Nelson Neves) ou par mail cultura.cabolux@live.fr .

Les Asbls organisateurs de l’événement
CULTURA CABO-VERDIANA LUXEMBURGO, G.AMIZADE CABO-VERDIANA et ASS. LUX. DES PARENTS D’ELEVES D’ORIGINE CAPVERDIENNE

15/04/2011

Luxemburgo está empenhado em novas formas de parceria com Cabo Verde – Embaixador Paul Schmit

O novo embaixador do Luxemburgo em Cabo Verde, Paul Schmit, disse hoje que o seu país está empenhado em encontrar novas formas de parceria com Cabo Verde, sobretudo, nesse momento de crise em que o mundo atravessa.

“Pensamos que é essencial diversificar a parceria, sobretudo do domínio económico, sendo muito importante, sobretudo por causa da crise que todos nós atravessamos”, disse, Paul Schmit, quando discursava no acto de apresentação das cartas credenciais que o acreditam como novo embaixador de Luxemburgo no arquipélago.

“Pensamos que outras áreas de parcerias podem surgir”, sublinhou o diplomata luxemburguês, salientando a necessidade de se incrementar a cooperação no domínio do turismo e ao nível das ligações áreas, iniciada no ano de 2010 entre os dois países.

Paul Schmit, lembrou que Cabo Verde tem uma relação privilegiada a vários níveis com o seu país, sobretudo no domínio da migração, reportando à existência de uma importante comunidade cabo-verdiana residente em Luxemburgo, que na sua perspectiva vem “contribuindo grandemente” para a prosperidade daquele país europeu.

O diplomata luxemburguês fez ainda referência ao III Programa Indicativo de Cooperação (PIC III) a vigorar de 2011 a 2015, assinado no mês de Julho do ano passado e dos vários projectos financiados pela cooperação luxemburguesa nas áreas de formação profissional, da saúde escolar e o programa de cantina escolar.

Refira-se que Paul Schmit foi o último de um grupo de oito novos embaixadores que entregaram cartas credenciais ao Presidente da República, Pedro Pires, no espaço de menos de 24 horas.

Esta quarta-feira entregaram as cartas credenciais os embaixadores extraordinários e plenipotenciários do Gana, do Sudão, da Guiné-Bissau, do Japão, do Koweit, da Turquia, e esta manha para além do representante do Luxemburgo foi também acreditado o embaixador da Áustria.

Fonte: MJB Inforpress

12/04/2011

Vítimas africanas da pilhagem dos oceanos alertam para os danos da pesca em larga escala

Sensibilizar as autoridades luxemburguesas e europeias sobre a pilhagem dos oceanos foi o principal objectivo do "Tour d'Europe", organizado pela Greenpeace em parceria com a Maison d'Afrique. Para além de um encontro com o governo luxemburguês, realizou-se neste Sábado uma conferência-debate, no Centre Societaire do Luxemburgo, que contou com o testemunho de três representantes de comunidades piscatórias da costa ocidental africana.

Segundo a FAO (Food & Agriculture Organization), nas águas da União Europeia, 88% dos stocks de peixe estimam-se em estado de sobre pesca, o que tem forçado frotas de pesca industrial da UE, nomeadamente Espanha, França e Holanda a pescar cada vez mais longe.

Praticamente no animato, já que não há meios suficientes de vigilância, documenta a Greenpeace que eles pilham a costa ocidental africana todos os dias e muitos deles com embarcações superiores a 100 metros, causando grandes danos aos recursos marítimos e às comunidades piscatórias africanas.

"Antes escolhíamos que peixe queríamos pescar, mas agora não e viemos dizer dos perigos que estão por vir", refere Issa Diop, membro de organização de pescadores e especialista da história da pesca, na Mauritânia.

O represente senegalês Mamadou Thioune aponta "a responsabilidade da União Europeia por usar as nossas águas, sendo que os armadores recebem subvenções para transferir a unidade de pesca para o Senegal, onde beneficiam do pavilhão do Senegal, pescam no mar do Senegal, mas depois o patrão é obrigado a descarregar o seu produto no norte, os salários são pagos no norte, assegura-se a alimentação do norte e o mais perigoso é quando esses produtos nos chegam do norte e dão cabo nosso mercado."

Do lado cabo-verdiano, Celestino Oliveira, presidente da associação dos pescadores de São Pedro (São Vicente), reconhece que "o peixe é o produto que ainda não importamos e é o garante da segurança alimentar de quase toda a população cabo-verdiana. É um recurso a preservar com unhas e dentes para que amanhã não venhamos a importá-lo."

Quanto às consequências, "se nos anos 80 os pescadores não precisavam de andar mais de 500 metros para pescar, nem usavam motores, hoje é impossível, pois temos de percorrer 20 milhas ou mais, gastando combustível e pondo em risco a vida de homens. As comunidades mais pobres, que praticam a pesca artesanal com pequenas embarcações, são as mais afectadas," acrescenta.

Para reverter estes danos, diz que "estamos aqui para sensibilizar. Que poupem os nossos recursos!" já que “não há meios suficientes para controlar a pesca não declarada, bem como a não regulamentada e a clandestina."

Do contacto com o governo luxemburguês, Maurice Losch, encarregado da campanha Oceanos da Greenpeace Luxemburgo, diz que as propostas "foram bem acolhidas, esperando agora que a nova regulamentação europeia da pesca venha a proteger os oceanos e as comunidades de pequenos pescadores, bem como a biodiversidade marinha e os ecossistemas submarinos que têm sido destruídos pela pesca de larga escala."

HB

07/04/2011

«Creio que haverá possibilidades de ganhar à primeira volta» - Jorge Carlos Fonseca

O candidato às eleições presidenciais de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, defende que as relações com Portugal “são fáceis” e afirma que “Portugal é um parceiro natural de Cabo Verde”, independentemente dos Governos que estão em Cabo Verde ou em Portugal.

Jorge Carlos Fonseca está convicto de que face ao actual cenário político em Cabo Verde, poderá ser eleito Presidente da República de Cabo Verde logo na 1ª volta. “Os outros dois candidatos (Manuel Inocêncio e Aristides Lima) são dois candidatos do PAICV, que repartirão uma boa parte dos votos dos eleitores desse partido. Creio que haverá possibilidades de ganhar à primeira volta”, refere.

O candidato apoiado pelo MpD alicerça a sua convicção no facto de se assumir como “um candidato de raiz da cidadania”, com capacidade para recolher os votos dos eleitores, não só do MpD e independentes, mas também de muitos que terão votado PAICV nas legislativas de Fevereiro último. “É uma candidatura abrangente e transversal aos partidos. Mas não sei se no dia das eleições seremos 3 ou seremos 2 candidatos apenas”, lança Jorge Carlos Fonseca. O candidato às próximas presidenciais de Cabo Verde assegura que o facto de ter anunciado a sua candidatura em Novembro último marca uma clara distinção relativamente aos adversários. “É uma candidatura irreversível e incondicionada. Assumi-me como independente, como um candidato da cidadania. Os outros precisaram de uma bênção partidária para avançar e até fizeram campanha eleitoral por um partido nas legislativas. Creio que depois será mais complicado afirmarem que serão o Presidente de todos os cabo-verdianos”.

Jorge Carlos Fonseca é peremptório ao afirmar que o Presidente da República deve ser uma pessoa com sentido de Estado e capaz de manter uma cooperação institucional leal. Mas refere também que “em casos de necessidade, deve accionar os instrumentos que tem à sua disposição”, afirma. “É bom para o governo ter um Presidente que não seja propriamente um cúmplice de governação. Deve sim cooperar. Acho que ajuda mais a governação existir um Presidente que tem condições de, em certos momentos, ter posições diferentes, ser crítico e não um que seja um braço do governo”.

Fonseca afirma que a sua função natural é a de defender a Constituição e potenciar a sua efectivação. Em concreto, considera que o Presidente da República tem funções de intervenção em áreas específicas, fundamentalmente nas áreas da justiça e nas relações externas.

O desemprego é um dos temas que mais preocupa Jorge Carlos Fonseca, na medida em que atravessa toda a sociedade cabo-verdiana e em especial a juventude, onde as taxas atingem mais de 30%. “Já há muitos jovens licenciados que não tem emprego, algo que não existia em Cabo Verde há dez anos. É urgente combater este grave problema e tomar medidas políticas viradas para o crescimento económico e poder gerar emprego e, sobretudo, emprego jovem”. Por outro lado, Fonseca alerta para o aumento da violência juvenil. Por exemplo, o fenómeno dos «thugs» é uma ameaça à segurança interna, sobretudo na Praia e Mindelo. De acordo com Fonseca “as pessoas sentem-se inseguras e portanto tem que haver contenção da insegurança, para níveis que sejam suportáveis comunitariamente. Tem de haver políticas de segurança publica, reforço dos meios policiais, e também a aposta consistente dos meios técnicos e científicos ao serviços da polícia, não só a de segurança pública, mas também de investigação criminal, que é fraca do ponto de vista técnico”, explica.

Mas Fonseca acrescenta que há outros terrenos que são fundamentais, como o terreno da segurança interna, o problema da igualdade de oportunidades entre as ilhas, a afirmação do poder local, advertindo que “tudo isso implica a luta por um estado de direito mais consistente e uma democracia mais avançada e mais moderna”.

Atenção especial merecerá também a Diáspora de Cabo Verde. “Eles são parte integrante de uma nação que é diaspórica, muito anterior ao estado de Cabo Verde, e que, no fundo, dá força a uma identidade nacional que é muito especial, uma espécie de identidade cultural do país”. A ideia que defende é a de “os motivar, de os levar a sentirem-se ligados cada vez mais a Cabo Verde”, não só na vertente das remessas enviadas para o país, mas também ao nível da participação política, explica o candidato. Em seu entender “a nação é toda ela diaspórica, e a votação dos emigrantes deveria corresponder a critérios de proporcionalidade, mas é difícil, politicamente, isso ser compreendido pela maioria das pessoas que vivem em Cabo Verde. Tratando-se de governação, as pessoas que mais sofrem o impacto são as que residem nas ilhas e não as que vivem fora. Já nas Presidenciais, as coisas são diferentes, porque aí é a escolha do representante da nação”, defende.

Em suma, Fonseca defende que são três os pilares essenciais que devem estar na linha de prioridades do Presidente da República: segurança, justiça e liberdade de imprensa. “Cabe ao Presidente trabalhar para a afirmação da cidadania, o que se traduz por uma sociedade civil mais forte, capaz de funcionar como uma instância crítica em relação a todos os poderes”, refere. “Um dos principais campos de acção presidenciais residem nos poderes invisíveis do Presidente, de dialogar permanentemente com os cidadãos, com a sociedade, com as associações, com a comunidade da diáspora, com os quadros, com o sindicatos. Esse é o maior poder que o PR tem no nosso sistema, de influenciar pela palavra, pela opinião, sempre que necessário”.

Na área da política externa, Jorge Carlos Fonseca defende que apesar de “quem define e dirige os destinos do país é o governo”, o Presidente deve adoptar sempre uma postura de cooperação com o governo pelos conhecimentos que tem dos parceiros internacionais, de outros chefes de estado e de chefes de governo, e pela participação que irá ter em outras instâncias internacionais. Mas Jorge Carlos Fonseca tem ideias concretas do que deseja ao nível da política externa. “No quadro dos poderes de cooperação institucional com o Governo, a minha ideia é a de que o país precisa de diversificar as suas relações diplomáticas e de cooperação. Estamos perante uma crise económica que ainda não desapareceu e que incide sobretudo em parceiros tradicionais do país, como a União Europeia, Portugal e Espanha. Seria bom que Cabo Verde diversificasse as relações com países emergentes como o Brasil, Angola e China”, defende.

Jorge Carlos Fonseca, ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros, acredita que nesta área em concreto, “talvez precisemos de ser um país mais ousado, mais atrevido do ponto de vista externo, porque isso pode trazer-nos benefícios na construção do próprio desenvolvimento interno. Devemos também trabalhar em cooperação com os outros países para que a CPLP se torne numa verdadeira comunidade dos povos que usam a língua portuguesa. Tem que se trabalhar seriamente para que a CPLP seja menos dos Estados e mais dos cidadãos”, defende.

“Creio que somos um país africano com características especiais. Somos um arquipélago e país com uma identidade cultural própria. Mas devemos inserir-nos de forma efectiva e de forma descomplexada nas instâncias internacionais. Assumirmo-nos como país africano que tem opções pela democracia, pelo estado de direito e esses valores devem ser também defendidos no plano externo. Sempre defendi que não pode haver uma realpolitik pura e dura. Os valores da democracia e liberdade devem ser a base do nosso Estado. Não devemos ter nenhum complexo de sermos aquilo que somos”, explica.

Jorge Carlos Fonseca defende também que “Cabo Verde deve batalhar para que África se afirme no plano internacional como uma África com futuro, moderna, avançada, desenvolvida, que respeite os direitos humanos, uma África da democracia e do estado de direito. E estaremos sempre disponíveis para mediar e para prevenir conflitos”, à semelhança do que ocorreu recentemente na Costa do Marfim e na vizinha Guiné-Bissau.

A obtenção de um lugar no Conselho de Segurança da ONU é o exemplo desta ousadia no plano externo do país. O candidato acredita que Cabo Verde “deve participar activamente na reforma institucional do sistema das Nações Unidas, para que seja mais representativa e mais democrática do ponto de vista da comunidade internacional”, afirma

Quanto às relações com Portugal, Fonseca é peremptório em afirmar que Portugal é um parceiro natural de Cabo Verde. “Hoje as relações são muito boas e sobretudo são independentes dos Governos que estão em Cabo Verde ou em Portugal. Existe uma boa relação entre os Chefes de Estado, quer a nível bilateral, quer a nível da CPLP, e que pode dar uma contribuição muito boa para que haja criatividade, nestes momento em que Portugal atravessa momentos difíceis, para que os níveis de cooperação se mantenham e possam crescer. Mas são relações fáceis, em que há uma grande experiência, há canais institucionais e também boas relações pessoais entre os diversos órgãos”, conclui.

Fonte: Portuguese News Network

06/04/2011

França apoia Cabo Verde no repatriamento dos cidadãos residentes na Costa do Marfim

O Governo francês vai apoiar Cabo Verde no repatriamento dos seus cidadãos residentes na Costa do Marfim e que pretendem abandonar o país.

O processo está em curso e vai ser dirigido pelo Consulado Geral de França, em articulação com o Ministério das Relações Exteriores, Protecção Civil, Cáritas, Cruz Vermelha e Polícia Nacional.No entanto, apesar da disponibilidade manifestada pelas autoridades francesas, neste momento não é possível proceder ao repatriamento dos cabo-verdianos porque o aeroporto internacional de Abidjan está fechado ao tráfego aéreo.

Cerca de 300 cabo-verdianos vivem naquele país e, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, 80 cidadãos manifestaram o desejo de abandonar a Costa do Marfim, tendo alguns preferido viajar para o Senegal, onde têm familiares.

Em declarações recentes à imprensa, o director de gabinete do ministro das Relações Exteriores cabo-verdiano, Luís Dupret, garantiu que os responsáveis do MRE estão a contactar os familiares, em Cabo Verde, a fim de saber da sua disponibilidade para receber os parentes que se encontram na Costa do Marfim e que querem regressar ao país.

O Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, integrou a troika da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) encarregue de tentar encontrar uma solução pacífica para a crise e o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros José Brito foi indicado pela União Africana, na semana passada, como Alto Representante para a Costa do Marfim, mas o seu nome foi chumbado pelo Presidente eleito Alassane Ouattara, por, segundo ele, «possuir relações pessoais e profissionais» com Laurent Gbagbo.

Entretanto, este sábado, o Governo de Cabo Verde emitiu um comunicado associando-se «à União Africana no apelo às forças presentes para colocarem em primeiro lugar os altos interesses da Costa do Marfim, o que pressupõe que o Presidente cessante Laurent Gbagbo declare deixar livremente o poder a ser assumido, sem transição, por parte do Presidente eleito Alassane Ouattara, no quadro de um cessar-fogo imediato».

Fonte: PNN Portuguese News Network