06/04/2011

França apoia Cabo Verde no repatriamento dos cidadãos residentes na Costa do Marfim

O Governo francês vai apoiar Cabo Verde no repatriamento dos seus cidadãos residentes na Costa do Marfim e que pretendem abandonar o país.

O processo está em curso e vai ser dirigido pelo Consulado Geral de França, em articulação com o Ministério das Relações Exteriores, Protecção Civil, Cáritas, Cruz Vermelha e Polícia Nacional.No entanto, apesar da disponibilidade manifestada pelas autoridades francesas, neste momento não é possível proceder ao repatriamento dos cabo-verdianos porque o aeroporto internacional de Abidjan está fechado ao tráfego aéreo.

Cerca de 300 cabo-verdianos vivem naquele país e, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, 80 cidadãos manifestaram o desejo de abandonar a Costa do Marfim, tendo alguns preferido viajar para o Senegal, onde têm familiares.

Em declarações recentes à imprensa, o director de gabinete do ministro das Relações Exteriores cabo-verdiano, Luís Dupret, garantiu que os responsáveis do MRE estão a contactar os familiares, em Cabo Verde, a fim de saber da sua disponibilidade para receber os parentes que se encontram na Costa do Marfim e que querem regressar ao país.

O Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, integrou a troika da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) encarregue de tentar encontrar uma solução pacífica para a crise e o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros José Brito foi indicado pela União Africana, na semana passada, como Alto Representante para a Costa do Marfim, mas o seu nome foi chumbado pelo Presidente eleito Alassane Ouattara, por, segundo ele, «possuir relações pessoais e profissionais» com Laurent Gbagbo.

Entretanto, este sábado, o Governo de Cabo Verde emitiu um comunicado associando-se «à União Africana no apelo às forças presentes para colocarem em primeiro lugar os altos interesses da Costa do Marfim, o que pressupõe que o Presidente cessante Laurent Gbagbo declare deixar livremente o poder a ser assumido, sem transição, por parte do Presidente eleito Alassane Ouattara, no quadro de um cessar-fogo imediato».

Fonte: PNN Portuguese News Network

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