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14/12/2011

Associações luxemburguesas ajudam jovens cabo-verdianos

A delegação esteve no terreno para avaliar o projecto
As associações "Cap Vert Espoir et Développement" (CVED), Farmacêuticos sem Fronteiras (PSF) e os Black Boys levam a cabo um projecto sócio-educativo junto do município de São Miguel, na ilha de Santiago, Cabo Verde.

O concelho de São Miguel é um dos mais pobres de Cabo Verde e o trabalho sócio-educativo com os jovens é uma prioridade.

Recentemente, uma delegação luxemburguesa de seis pessoas, composta por membros da CVDE e PSF, esteve em Cabo Verde para estudar a aplicação do projecto no terreno. As associações vão agora disponibilizar 10 mil euros a uma associação local cabo-verdiana para dar corpo ao projecto.

"Apoiar a comunidade escolar de São Miguel nas actividades desportivas, culturais e educativas" são os objectivos deste projecto, que quer de uma maneira clara "lutar contra o abandono escolar, a tendência para a delinquência e o consumo de estupefacientes", referem as associações em comunicado.

Em 2010, durante a visita de uma delegação luxemburguesa ao conselho de São Miguel, a CVED foi convidada pelo presidente da Associação Juvenil Esperança e Paz (AJEP) a desenvolver um projecto sócio-educativo. Esta associação local bate-se diariamente em prol da melhoria das condições de vida dos habitantes de São Miguel, nomeadamente dos seus jovens, mas tem poucos meios financeiros. Foi já no mês de Novembro, com a visita de outra delegação, que se aprofundou o conhecimento das necessidades mais urgentes da comunidade escolar de São Miguel. Encetaram-se diversos encontros e seminários entre a delegação luxemburguesa, a AJEP e as autoridades locais. Como resultado, foram apontados alguns problemas a combater.

"Existe uma ausência de transporte escolar que dê respostas aos alunos que habitam em zonas mais recônditas do concelho, que é um dos mais pobres de Cabo Verde. As localidades são muito dispersas e afastadas do liceu da Calheta", refere a associação.

A entrega de equipamentos também faz parte do projecto
"Os jovens estão entregues a si mesmos, frequentemente ociosos e vulneráveis", uma preocupação também notada nas reuniões. "A AJEP precisa de um local para organizar actividades culturais e educativas com os jovens; de um meio de transporte para as crianças, no âmbito das actividades extra-escolares (encontros desportivos, concertos musicais, representações de dança e teatro), mas também a fim de transportar os alunos para o liceu", lê-se ainda no comunicado.

As associações luxemburguesas vão pôr à disposição da AJEP 10 mil euros para prosseguir com o projecto. Desta forma, a AJEP pode desenvolver parcerias com outras entidades cabo-verdianas (autarquia de São Miguel, diversos ministérios e liceu da Calheta), melhorar as acções que realiza em prol dos jovens e adquirir equipamentos desportivos, instrumentos musicais e trajes para as actividades com jovens.

A CVED trabalha no reforço das capacidades locais, ao fazer participar a população cabo-verdiana em acções de desenvolvimento sustentável. Os Black Boys têm-se destacado em projectos desportivos e os Farmacêuticos Sem Fronteiras fornecem e distribuem medicamentos em diversos projectos em África e na Ásia.

A comuna de Ettelbruck, o Clube Richeleau e o Ladies Circle são os parceiros financeiros deste projecto.

HB

09/05/2010

OCL passa a denominar-se Federação das Associações Cabo-verdianas no Luxemburgo (14 Março 2010)

(Foto: Henrique de Burgo. Da esquerda para a direita: José Maurício, João da Luz e Osvaldo Silva)
A Organização dos Cabo-verdianos no Luxemburgo (OCL) transformou-se domingo em Federação das Associações Cabo-verdianas no Luxemburgo (FACVL), fruto da alteração dos estatutos - decisão aprovada na assembleia geral da organização que decorreu no Centro Social, na rua de Strasbourg, na capital.
Para João da Luz, presidente da assembleia geral, o encontro foi “histórico”. “A partir de hoje começa a funcionar a nova federação. O futuro nos vai dar razão de estarmos hoje nesta sala”, acrescentou.
A revisão dos estatutos foi preparada por Jean-Pierre Dichter, Pedros Santos, entre outros, como resposta às novas exigências legais do país.
   A assembleia geral decorreu na capital Luxemburguesa e contou com a presença da comissão organizadora, diversas associações e da encarregada de negócios da embaixada de Cabo Verde – Clara Delgado.
   A diplomata cabo-verdiana usou da palavra para apelar à união da “utilidade de todas as associações numa federação” relembrando que será assim “mais fácil obter resultados”. Por outro lado, facilitará “o diálogo com os luxemburgueses e com a embaixada”.
   Clara Delgado mostrou-se ainda disponível à discussão conjunta com a FACVL, de uma “agenda útil para a sociedade”.
   O presidente cessante da OCL, José Maurício, lembra: “Desde o primeiro congresso, em que fui eleito como presidente, tentei defender uma organização que fosse neste sentido, mas agora são as associações que têm de acreditar e apoiar o projecto”.
   João da Luz apelou ainda ao “sacrifício” e “assumir das responsabilidades” por parte das associações. Estas, por sua vez, manifestaram esperança na federação.
   Germana Delgado (Comité Spencer) espera que a FACVL “consiga pôr as associações a trabalhar em conjunto para representar os cabo-verdianos aos olhos do Estado luxemburguês”.
   Deolinda dos Santos (Associação São Vicente) acredita que a federação pode coordenar o “calendário de actividades” evitando, por exemplo que “duas associações façam o mesmo torneio de Páscoa”.
   Já para Antão Freitas (Associação Estrela Amadora), quer uma federação “mais forte e coesa” e que dê às associações “confiança para aderir”.
   A associação Black Boys, representada por Victor Martins, acredita mais nos seus projectos. “Queremos criar uma escola de futebol em S. Miguel, Santiago” e agora “é mais fácil”.
   Para Joana Ferreira (APADOC), a FACVL lhes pode ajudar no “diálogo com o ministério da educação” e suprir a “ausência” das associações junto do “governo luxemburguês”.
   O próximo passo da FACVL para breve: a eleição do presidente.
HB