09/05/2010

Cordas do Sol em concerto no Luxembugo (1 Maio 2010)

Com o concerto de sábado à noite no Hall Irbicht (Beringen/Merch), ficámos com a certeza que o novo álbum Lume d’Lenha, dos Cordas do Sol é já o resultado natural do amadurecimento do grupo de S. Antão.
   O concerto arrancou ao som de Viva Kel Bolo, levando de imediato o público a dissolver-se no ambiente ritmado e quente, ao estilo kolá, que os Cordas do Sol emanavam do palco.
O repertório englobava temas de alguns trabalhos anteriores e novidades como Kalá Kalá ou Manhe Joana, entre outras, que, em crescendo, contagiaram as cerca de oitocentas pessoas, com danças, aplausos, e outras manifestações de carinho e reconhecimento da performance da banda cabo-verdiana.
      Segundo o líder do grupo, Arlindo Évora, neste novo álbum - Lume d’Lenha (que, segundo a crítica, é o melhor do grupo) “houve mais paciência, mais maturidade. Falamos não só de temas da nossa ilha, mas também de assuntos globais como a problemática dos direitos da criança, liberdade de expressão, direito ao ensino e outros temas sociais, bem como do amor imaterial”. Cordas do Sol tem 15 anos e vida e 10 de estrada e o paralelismo com o seu percurso é claro: “a comida feita no lume de lenha demora a ficar pronta, mas no fim é muito saborosa”, acrescenta.
   Esta é a segunda da vez que os Cordas do Sol actuam no Luxemburgo, fechando desta vez a tournée de promoção de Lume d’Lenha, depois da passagem por Paris, Portugal e Holanda.
   Para breve, Arlindo Évora garante a participação da banda no festival Baía das Gatas e em mais outros dois festivais.
   Sem perder tempo, já neste próximo fim-de-semana voltam a promover o disco na capital cabo-verdiana.
A primeira parte do concerto esteve a cargo de uma das promessas da música cabo-verdiana, Cassandra Lobo (na foto ao lado), que num tom intimista e marcado com fusões do afro-jazz, fez lembrar as sonoridades de Lura ou Mayra Andrade.
Segundo o seu representante, Rodrigues Joaquim, “até ao momento tem actuado em festas cabo-verdianas e não só, mas espera-se para breve a apresentação do seu trabalho no mercado para que as pessoas possam conhecer a identidade de Cassandra Lobo, radicada no Luxemburgo e sobrinha de Ildo Lobo”.
Para a organização, Neusa Monteiro (Associação S. Vicente), o balanço foi positivo. “Trabalhar na cultura é o nosso objectivo e o espectáculo foi perfeito”. Já para Antão Freitas (Associação Estrela Amadora do Norte), a presença dos Cordas do Sol foi uma prenda para o 26º aniversário da associação.
HB

2 comentários:

Ana Simões disse...

Música boa, gente gira e boa companhia ;-)
Gostei muito do concerto!
Parabéns!

Anónimo disse...

Ana, tb gostei...
já viste a foto 55?
:)
bjs