29/09/2010

MpD-Luxemburgo propõe alargamento do prazo do receseamento eleitoral até final do ano

A comissão política do MpD no Luxemburgo, pela voz do seu coordenador, reclama maior divulgação do processo de recenseamento e propõe que o prazo se estenda até final do ano.
Em entrevista ao Contacto, Nelson Brito (foto ao lado), da comissão política do MpD no Luxemburgo, aponta algumas fragilidades ao processo.
“90% da comunidade não sabe se há recenseamento. Se houver divulgação há possibilidade de um bom recenseamento”, apela Nelson Brito à comissão de recenseamento eleitoral no Luxemburgo.
Antevendo consequências eleitorais para o MpD em 2011, refere que “no fim, os resultados que podemos ter, podem não ser os resultados esperados porque muita gente não vai conseguir se recensear e depois votar, não porque não querem, mas porque não sabem.”
Conclui afirmando que “o estado tem o direito de informar as pessoas. Permitir que se recenseiem e participem na vida política seria uma grande homenagem aos imigrantes”.
Sobre a questão do atraso, Brito é taxativo: “A culpa é do governo. A vontade política fez com que o recenseamento não se iniciasse na data prevista – Março. Não entendemos este acto de impedir as pessoas de participar.
Como solução, propõe o “dilatamento do prazo até 31 de Dezembro para recompensar o atraso, já que as eleições podem ir até Março/Abril e é complicado recensear muita gente até Novembro.”
Questionado sobre o que tem feito o MpD sobre esta matéria, refere que “desde Março temos vindo a alertar as pessoas no sentido de se recensearem e esta entrevista também serve para isso. No entanto, não queremos politizar este processo, porque quando os partidos apelam ao recenseamento, as pessoas às vezes confundem com o voto. Não queremos uma coisa de partidos, mas um recenseamento dos cabo-verdianos”.

Sobre o recente debate do Estado da Nação, diz que o “governo não atingiu as metas que preconizou, como demonstram os 20% de desemprego, o deficit e a dívida pública, o problema da electricidade, etc.”
Como alternativa acredita que o líder do partido, Carlos Veiga, “vai apresentar novas ideias ao país”.
Uma das propostas passa pela regionalização.
“O MpD pretende fazer uma reforma do Estado, que passa pela regionalização. Não pretendemos dividir o país, mas cada ilha deve decidir o seu desenvolvimento, sem esperar pelo governo. Em Cabo Verde somos regiões, nascemos regiões”.

Por cá, e a pensar nas eleições de 2011, haverá brevemente eleições para a nova comissão política do MpD-Luxemburgo, sendo que um dos nomes apontados para a liderança é Mateus Domingos. Actual membro desta comissão, diz-se “preparado”, mas recusa ver-se já como o novo coordenador político, preferindo salientar “o reconhecimento do trabalho feito, com a participação na moção de estratégia de Carlos Veiga em Cabo Verde.”

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